PUT YOUR MONEY WHERE YOUR MOUTH IS
FMS
«... depois dos três impérios dos Assírios, Persas e Gregos, que já passaram, e depois do quarto, que ainda hoje dura, que é o romano, há-de haver um novo e melhor império que há-de ser o quinto e último» Padre António Vieira oquintodosimperios@gmail.com
terça-feira, novembro 30, 2004
Crise, pastéis de nata e o escorpião
Diziam os comentadores políticos bem pensantes quando este governo iniciou funções que a legislatura duraria o tempo que Paulo Portas quisesse. Depois, quando Durão abandona o barco (pouco mais de 2 anos após Guterres ter feito igual), os mesmos comentadores garantiam que o Governo estava refém de Sampaio e que, mais tarde ou mais cedo, a defesa do “regular funcionamento das instituições” resultaria na convocação de eleições antecipadas. Nada disso. 4 meses volvidos de governação “santanista” plena de peripécias e sobressaltos, chega-se à conclusão que afinal quem tinha razão era Ferro Rodrigues. A dúvida que se levanta é pois o que pensa o seu sucessor sobre a suposta “crise do DVD”? O PS (que não os inimputáveis Soares, Alegre e companhia) exige eleições antecipadas a Sampaio ou não? Afinal cada um tem a sua própria natureza.
FA
Diziam os comentadores políticos bem pensantes quando este governo iniciou funções que a legislatura duraria o tempo que Paulo Portas quisesse. Depois, quando Durão abandona o barco (pouco mais de 2 anos após Guterres ter feito igual), os mesmos comentadores garantiam que o Governo estava refém de Sampaio e que, mais tarde ou mais cedo, a defesa do “regular funcionamento das instituições” resultaria na convocação de eleições antecipadas. Nada disso. 4 meses volvidos de governação “santanista” plena de peripécias e sobressaltos, chega-se à conclusão que afinal quem tinha razão era Ferro Rodrigues. A dúvida que se levanta é pois o que pensa o seu sucessor sobre a suposta “crise do DVD”? O PS (que não os inimputáveis Soares, Alegre e companhia) exige eleições antecipadas a Sampaio ou não? Afinal cada um tem a sua própria natureza.
FA
segunda-feira, novembro 29, 2004
MEMÓRIA
Jerónimo de Sousa fala do PCP como um partido com mais projecto que memória. Ignoro a proporção da diferença. Mas, seja como for, tal não é especialmente difícil. Num "colectivo" que se dedica, sem riso nem hesitação, à exaltação das glórias do marxismo-leninismo, a memória é coisa que não abunda.
FMS
Jerónimo de Sousa fala do PCP como um partido com mais projecto que memória. Ignoro a proporção da diferença. Mas, seja como for, tal não é especialmente difícil. Num "colectivo" que se dedica, sem riso nem hesitação, à exaltação das glórias do marxismo-leninismo, a memória é coisa que não abunda.
FMS
Para além da bola (redonda)
Quem está a par da evolução do rugby Português dos últimos anos? Quando foi o último jogo da selecção nacional (de XV ou de VII) que passou na RTP? Quantos nomes de jogadores da selecção sabemos de cabeça? Sabiam que estamos no 17º lugar do ranking internacional acima de equipas como a Espanha e a Alemanha? Alguém celebrou nas ruas a vitória Portuguesa no torneio das 6 Nações "B"? E o nosso terceiro título europeu de Sevens consecutivo conquistado este verão?
FA
Quem está a par da evolução do rugby Português dos últimos anos? Quando foi o último jogo da selecção nacional (de XV ou de VII) que passou na RTP? Quantos nomes de jogadores da selecção sabemos de cabeça? Sabiam que estamos no 17º lugar do ranking internacional acima de equipas como a Espanha e a Alemanha? Alguém celebrou nas ruas a vitória Portuguesa no torneio das 6 Nações "B"? E o nosso terceiro título europeu de Sevens consecutivo conquistado este verão?
FA
domingo, novembro 28, 2004
sexta-feira, novembro 26, 2004
"WHAT´S IN A NAME?"
Uma das questões essenciais dos maus das fitas é o nome. Têm que ter um bom nome. Se vários melhor ainda. Aliás, como a partícula "de" é um sinal aristocrático em algumas sociedades, no underworld qualquer malfeitor que se preze tem de ter um "aka" entre apelidos. "Also known as" é essencial para todos entenderem que eles são maus.
Vejamos, o John Gotti (also known as The Dapper Don and The Teflon Don), Leland Varain (also known as Louis "Two Gun" Alterie), Francesco Ioele (also known as Frankie Yale), Arthur Fleggenheimer (also known as
Dutch Schultz),Lucchese (also known as “Tommy Brown”), entre muitos "maus" mais.
Ou no cinema o Billy Cristal:“My name is Ben Sobel...-lioni. Ben Sobellioni. I’m also known as, uh, Benny the Groin, Sammy the Schnazz, Elmer the Fudd, Tubby the Tuba, and once as Miss Phyllis Levine.”
Também outro tipo de "maus" usa mais que um nome. Basta ler as notícias sobre a Palestina com Mahmoud Abbas (also known as Abu Mazen), Yasser Arafat (also known as Abu Ammar) ou Mustafa
Dib Khalil (also known as Abu Ta'an).
Talvez isto também tenha alguma relação com o problema que causa às autoridades (ver esta lista).
E daqui poderíamos partir para Fernando Pessoa (vários aka como sabemos), o Alexandre Soares Silva (aka ASS, aka A. Silva Esq., aka Cavalheiro de Beri-Beri), mas agora não há tempo.
DBH
Uma das questões essenciais dos maus das fitas é o nome. Têm que ter um bom nome. Se vários melhor ainda. Aliás, como a partícula "de" é um sinal aristocrático em algumas sociedades, no underworld qualquer malfeitor que se preze tem de ter um "aka" entre apelidos. "Also known as" é essencial para todos entenderem que eles são maus.
Vejamos, o John Gotti (also known as The Dapper Don and The Teflon Don), Leland Varain (also known as Louis "Two Gun" Alterie), Francesco Ioele (also known as Frankie Yale), Arthur Fleggenheimer (also known as
Dutch Schultz),Lucchese (also known as “Tommy Brown”), entre muitos "maus" mais.
Ou no cinema o Billy Cristal:“My name is Ben Sobel...-lioni. Ben Sobellioni. I’m also known as, uh, Benny the Groin, Sammy the Schnazz, Elmer the Fudd, Tubby the Tuba, and once as Miss Phyllis Levine.”
Também outro tipo de "maus" usa mais que um nome. Basta ler as notícias sobre a Palestina com Mahmoud Abbas (also known as Abu Mazen), Yasser Arafat (also known as Abu Ammar) ou Mustafa
Dib Khalil (also known as Abu Ta'an).
Talvez isto também tenha alguma relação com o problema que causa às autoridades (ver esta lista).
E daqui poderíamos partir para Fernando Pessoa (vários aka como sabemos), o Alexandre Soares Silva (aka ASS, aka A. Silva Esq., aka Cavalheiro de Beri-Beri), mas agora não há tempo.
DBH
quinta-feira, novembro 25, 2004
3 milhas 2 estádios e 110 jardas
Ainda ando a pensar naquele remate lapidar: "a direita gosta de cavalos vencedores". Não sei já alguém tinha dito uma coisa deste género mas, se não, acho que é das coisas que melhor resume uma certa atitude tipicamente de direita. Pragmática. Realista. Empreendedora. Que gosta de apostar forte e ganhar bem.
Eu, como ainda sou novo e percebo pouco da vida, mais do que de cavalos vencedores tenho é imenso gosto em ir às corridas. Por falar nisso, acho que £12 no Royal Auclair na Hennessy Gold Cup este Sábado não é mal jogado. Com um nome destes só pode ser de direita.
FA
Ainda ando a pensar naquele remate lapidar: "a direita gosta de cavalos vencedores". Não sei já alguém tinha dito uma coisa deste género mas, se não, acho que é das coisas que melhor resume uma certa atitude tipicamente de direita. Pragmática. Realista. Empreendedora. Que gosta de apostar forte e ganhar bem.
Eu, como ainda sou novo e percebo pouco da vida, mais do que de cavalos vencedores tenho é imenso gosto em ir às corridas. Por falar nisso, acho que £12 no Royal Auclair na Hennessy Gold Cup este Sábado não é mal jogado. Com um nome destes só pode ser de direita.
FA
quarta-feira, novembro 24, 2004
A réplica
O Pedro Mexia já replicou e não posso deixar de pensar que a Direita tem imensa sorte em ter alguém como ele que, indiscutivelmente do "nosso" lado, não se coíbe de dizer o que pensa, de nos provocar, de nos fazer pensar. Chamava só a atenção para o facto de "freitas do amaral" ser, nos dias que correm, muito pior apodo que "filho da puta". Eu acho. E não sou o único.
Gostava ainda de corrigir o Pedro Mexia noutra coisa que é a seguinte. Eu (e o FMS presumo que também) não sou nada civilizado (perguntem ao José!). Não consigo é, neste caso, transformar uma crítica institucional (talvez por vir do Pedro Mexia e ainda que injusta e a destempo) num ataque pessoal. Se calhar, aliás, a única razão pela qual não me sinto traído, enganado, triste e magoado tem a haver com o facto de estar tão longe do Caldas vai para 4 anos. Se o Pedro Mexia disser mal do Michael Howard vai ver como elas fervem!
Por último, no que toca a cavalos vencedores, gostava de saber se o Pedro se inclina mais para o Best Mate ou para o Moscow Flyer?
FA
O Pedro Mexia já replicou e não posso deixar de pensar que a Direita tem imensa sorte em ter alguém como ele que, indiscutivelmente do "nosso" lado, não se coíbe de dizer o que pensa, de nos provocar, de nos fazer pensar. Chamava só a atenção para o facto de "freitas do amaral" ser, nos dias que correm, muito pior apodo que "filho da puta". Eu acho. E não sou o único.
Gostava ainda de corrigir o Pedro Mexia noutra coisa que é a seguinte. Eu (e o FMS presumo que também) não sou nada civilizado (perguntem ao José!). Não consigo é, neste caso, transformar uma crítica institucional (talvez por vir do Pedro Mexia e ainda que injusta e a destempo) num ataque pessoal. Se calhar, aliás, a única razão pela qual não me sinto traído, enganado, triste e magoado tem a haver com o facto de estar tão longe do Caldas vai para 4 anos. Se o Pedro Mexia disser mal do Michael Howard vai ver como elas fervem!
Por último, no que toca a cavalos vencedores, gostava de saber se o Pedro se inclina mais para o Best Mate ou para o Moscow Flyer?
FA
terça-feira, novembro 23, 2004
Quer dizer… (expressão típica Santomense equivalente tropical do "não confirmo nem desminto")
O Pedro Mexia é das pessoas que eu mais respeito na blogoesfera. Normalmente a seguir a uma afirmação como esta vem uma série de acusações, discórdias, desagravos. Neste caso não. Quer dizer, neste caso nem por isso.
Este artigo do Pedro diz algumas coisas acertadas a par de outras não tanto mas constitui, acima de tudo, uma análise válida do papel (passado e presente – futuro parece que não há) do CDS/PP. O Pedro acha que o partido corre o risco de acabar. Eu também acho. Mais, acho que os factores que o Pedro aponta – excesso de "unipessoalização", fraca implantação autárquica, alterações ao discurso político – exemplificam (a serem verdade) a acuidade desse risco.
No entanto (há sempre um "no entanto"!) convirá não desprezar as pessoas que dentro do partido sabem tão bem ou melhor que o Pedro identificar esse risco. E, já agora, é bom não esquecer que qualquer partido político corre o risco de acabar (sempre por factores mais ou menos evidentes). Lembro a esse propósito os partidos eleitorais Americanos que se juntavam a cada época eleitoral para unir esforços e depois "dispersavam" até à próxima. Para mim pelo menos, que tenho uma visão profundamente "desligada" da política que encaro como uma obrigação acidental resultante da condição de cidadão, esta visão de partido acidental atrái e coloca outra questão.
O que importa saber nao será antes saber qual vai ser o legado do CDS/PP quando (e não se) desaparecer? O seu percurso, as pessoas que o fizeram, o projecto político que propôs, o seu balanço final. Só a resposta constante a esta pergunta que se colocará qualquer dia (1 ano? 10 anos? 25 anos?) permite justificar o que fazemos agora. Obrigado pois ao Pedro Mexia por nos questionar a existência e utilidade.
Acabar todos nós acabaremos um dia, importante é saber o que andamos a fazer enquanto andarmos por cá. Nem que seja de táxi.
FA
O Pedro Mexia é das pessoas que eu mais respeito na blogoesfera. Normalmente a seguir a uma afirmação como esta vem uma série de acusações, discórdias, desagravos. Neste caso não. Quer dizer, neste caso nem por isso.
Este artigo do Pedro diz algumas coisas acertadas a par de outras não tanto mas constitui, acima de tudo, uma análise válida do papel (passado e presente – futuro parece que não há) do CDS/PP. O Pedro acha que o partido corre o risco de acabar. Eu também acho. Mais, acho que os factores que o Pedro aponta – excesso de "unipessoalização", fraca implantação autárquica, alterações ao discurso político – exemplificam (a serem verdade) a acuidade desse risco.
No entanto (há sempre um "no entanto"!) convirá não desprezar as pessoas que dentro do partido sabem tão bem ou melhor que o Pedro identificar esse risco. E, já agora, é bom não esquecer que qualquer partido político corre o risco de acabar (sempre por factores mais ou menos evidentes). Lembro a esse propósito os partidos eleitorais Americanos que se juntavam a cada época eleitoral para unir esforços e depois "dispersavam" até à próxima. Para mim pelo menos, que tenho uma visão profundamente "desligada" da política que encaro como uma obrigação acidental resultante da condição de cidadão, esta visão de partido acidental atrái e coloca outra questão.
O que importa saber nao será antes saber qual vai ser o legado do CDS/PP quando (e não se) desaparecer? O seu percurso, as pessoas que o fizeram, o projecto político que propôs, o seu balanço final. Só a resposta constante a esta pergunta que se colocará qualquer dia (1 ano? 10 anos? 25 anos?) permite justificar o que fazemos agora. Obrigado pois ao Pedro Mexia por nos questionar a existência e utilidade.
Acabar todos nós acabaremos um dia, importante é saber o que andamos a fazer enquanto andarmos por cá. Nem que seja de táxi.
FA
sexta-feira, novembro 19, 2004
Loucuras mesmo à beirinha do fim-de-semana
Mais esotérica e mirabolante que a pergunta do referendo sobre a Constituição Europeia (tema que vai dar muito que falar) só mesmo a opinião do Pai Soares sobre o (mau) estado da Nação. Pegando num sketch destes senhores, é caso para dizer que o Pai Soares não está tontinho, caduco, ultrapassado. Não. Está é kunami. Kunami. Com capa.
FA
Mais esotérica e mirabolante que a pergunta do referendo sobre a Constituição Europeia (tema que vai dar muito que falar) só mesmo a opinião do Pai Soares sobre o (mau) estado da Nação. Pegando num sketch destes senhores, é caso para dizer que o Pai Soares não está tontinho, caduco, ultrapassado. Não. Está é kunami. Kunami. Com capa.
FA
quinta-feira, novembro 18, 2004
Flexibilidade e polivalência no emprego
Jornalistas que querem ser politicos. Políticos que gostavam de ser jornalistas. Jornalistas que querem ser jornalistas mas também amigos dos políticos. Amigos dos jornalistas que querem ser amigos dos políticos. Políticos que não são nem políticos nem jornalistas. Jornalistas que não são nem políticos, nem jornalistas, nem amigos de ninguém (incluindo deles próprios). Políticos que já foram jornalistas e ainda não perderam o jeito. Comentadores que são políticos aposentados e que dão ares de jornalista no activo. Jornalistas que querem ser comentadores mas que não querem ser políticos para não melindrar jornalistas e/ou políticos e/ou amigos de uns e outros. Jornalistas e políticos que não querem saber quem melindram ou, pelo menos, aparentam não se importar com isso.
Isto, claro está, para não falar de juízes, magistrados, advogados e bastonários, sindicalistas, professores, polícias e militares, ecologistas e caçadores, conservacionistas e pescadores, padres, rabis, videntes e fumadores, futebolistas e dirigentes, anti-tabagistas, escritores, poetas e historiadores, sociólogos de ocasião, bloguistas de opinião, psicólogos e arquitectos, economistas, gestores e empresários pouco empreendedores.
Todos opinamos sobre tudo. Se cada um se limitasse apenas a falar sobre aquilo que realmente percebe, o nosso país era uma chatice. Felizmente ninguém tem vergonha na cara.
FA
Jornalistas que querem ser politicos. Políticos que gostavam de ser jornalistas. Jornalistas que querem ser jornalistas mas também amigos dos políticos. Amigos dos jornalistas que querem ser amigos dos políticos. Políticos que não são nem políticos nem jornalistas. Jornalistas que não são nem políticos, nem jornalistas, nem amigos de ninguém (incluindo deles próprios). Políticos que já foram jornalistas e ainda não perderam o jeito. Comentadores que são políticos aposentados e que dão ares de jornalista no activo. Jornalistas que querem ser comentadores mas que não querem ser políticos para não melindrar jornalistas e/ou políticos e/ou amigos de uns e outros. Jornalistas e políticos que não querem saber quem melindram ou, pelo menos, aparentam não se importar com isso.
Isto, claro está, para não falar de juízes, magistrados, advogados e bastonários, sindicalistas, professores, polícias e militares, ecologistas e caçadores, conservacionistas e pescadores, padres, rabis, videntes e fumadores, futebolistas e dirigentes, anti-tabagistas, escritores, poetas e historiadores, sociólogos de ocasião, bloguistas de opinião, psicólogos e arquitectos, economistas, gestores e empresários pouco empreendedores.
Todos opinamos sobre tudo. Se cada um se limitasse apenas a falar sobre aquilo que realmente percebe, o nosso país era uma chatice. Felizmente ninguém tem vergonha na cara.
FA
quarta-feira, novembro 17, 2004
INCLINAÇÃO CONSENSUALIZADA
JV
O gabinete de imprensa do PCP diz que existe uma "inclinação consensualizada" nos órgãos executivos do partido no sentido de propor Jerónimo de Sousa para secretário-geral.
Consensualizada, não sei se é. Mas não restam dúvidas quanto à inclinação.
JV
terça-feira, novembro 16, 2004
Crime de guerra
Não há desculpa para actos de crueldade. Não há sequer que discorrer muito sobre circunstâncias desculpantes ou atenuantes da culpa (que as há). Quem mata um inimigo de guerra desarmado, ferido, derrotado, não merece que percamos tempo com ele. Merece antes uma punição exemplar.
A guerra levada a cabo por democracias tem que ser assim. Mais difícil. Mais transparente. Mais justa. Esperemos, neste caso, que seja tanto mais difícil quanto mais duradoura seja a paz que se lhe seguir. Tanto mais transparente quanto mais transparente for o regime político que ela criar. Tanto mais justa quanto mais justa for a sociedade que depois dela venha.
FA
Não há desculpa para actos de crueldade. Não há sequer que discorrer muito sobre circunstâncias desculpantes ou atenuantes da culpa (que as há). Quem mata um inimigo de guerra desarmado, ferido, derrotado, não merece que percamos tempo com ele. Merece antes uma punição exemplar.
A guerra levada a cabo por democracias tem que ser assim. Mais difícil. Mais transparente. Mais justa. Esperemos, neste caso, que seja tanto mais difícil quanto mais duradoura seja a paz que se lhe seguir. Tanto mais transparente quanto mais transparente for o regime político que ela criar. Tanto mais justa quanto mais justa for a sociedade que depois dela venha.
FA
Talk is cheap
Se isto é um artigo de opinião vou ali já venho. Se fosse um blog, a coluna do José Vitor Malheiros seria um daqueles sites anónimos de maldicência que já ninguém tem pachorra para ler.
Diz o JVM ao criticar o PM que “cada nação produz o que produz”. Perante esta descoberta inédita, publicada com ares de grande cronista num jornal dito de referência, não consigo deixar de concordar.
FA
Se isto é um artigo de opinião vou ali já venho. Se fosse um blog, a coluna do José Vitor Malheiros seria um daqueles sites anónimos de maldicência que já ninguém tem pachorra para ler.
Diz o JVM ao criticar o PM que “cada nação produz o que produz”. Perante esta descoberta inédita, publicada com ares de grande cronista num jornal dito de referência, não consigo deixar de concordar.
FA
segunda-feira, novembro 15, 2004
NOTAS DE FIM-DE-SEMANA
As televisões acusaram Santana de não ter falado do essencial, dos assuntos de fundo, dos interesses cruciais do País. As televisões abriram os noticiários com a ausência de Paulo Portas do Congresso do PSD.
As televisões acham que o CDS anda mortinho por ir a eleições com o PSD. As televisões deviam ter passado o fim-de-semana comigo.
FMS
As televisões acusaram Santana de não ter falado do essencial, dos assuntos de fundo, dos interesses cruciais do País. As televisões abriram os noticiários com a ausência de Paulo Portas do Congresso do PSD.
As televisões acham que o CDS anda mortinho por ir a eleições com o PSD. As televisões deviam ter passado o fim-de-semana comigo.
FMS
quinta-feira, novembro 11, 2004
COMPLEXIDADES
JV
Para gáudio da esquerda presente hoje na Fundação Gulbenkian, Freitas do Amaral defendeu que Portugal deve acabar com o "complexo imperial" e cingir a sua presença militar à CPLP.
Mesmo fazendo vista grossa ao paradoxo latente nestas suas afirmações, não seria mau se começasse por dar o exemplo: acabando de vez com os próprios complexos.
JV
SÓ MESMO ESSES ISRAELITAS MALUCOS PARA PENSAREM EM TAMANHA LOUCURA
"O líder da Autoridade Palestiniana, Yasser Arafat, morreu esta madrugada em Paris, confirmou Saeb Erakat, um dos principais negociadores palestinianos. Com a morte de Arafat, vítima de doença de origem ainda não divulgada, desaparece o principal rosto da resistência palestiniana e Prémio Nobel da Paz (1994), mas também uma personalidade polémica que é apontada como terrorista por Israel".
in Público
FMS
"O líder da Autoridade Palestiniana, Yasser Arafat, morreu esta madrugada em Paris, confirmou Saeb Erakat, um dos principais negociadores palestinianos. Com a morte de Arafat, vítima de doença de origem ainda não divulgada, desaparece o principal rosto da resistência palestiniana e Prémio Nobel da Paz (1994), mas também uma personalidade polémica que é apontada como terrorista por Israel".
in Público
FMS
quarta-feira, novembro 10, 2004
LONDRES, UMA ELEGIA - Os pubs
O Coach & Horses e o Good Mixer
Era coisa que eu faria sem grande esforço. Passar uma temporada enfiado nos pubs de Londres, conhecendo-lhes as personagens e os hábitos, naquele "conforto dos climas frios" que amo tanto quanto, segundo Eça, Pedro da Maia. Um périplo adequado permite-nos conhecer as várias dimensões da cidade como, suspeito, não o conseguiríamos de outra forma. A Londres artística, snob e aristocrática de Jeffrey Bernard, Peter O'Toole, Lucian Freud e Francis Bacon no "Coach & Horses" de Greek Street. A Londres moderna da Britpop, da Cool Britannia, dos vendedores ambulantes no "Good Mixer" de Camden Town. A Londres suburbana, quase rural, da "Well's Tavern", poiso de sindicalistas, prostitutas e west-enders adúlteros em Hampstead, essa terra de bons costumes. Nos seus pubs, Londres mostra-se inteira e sem complexos. E, lembrando a frase célebre do Dr. Johnson, Londres inteira não é mais nem menos do que a vida inteira.
FMS
O Coach & Horses e o Good Mixer
Era coisa que eu faria sem grande esforço. Passar uma temporada enfiado nos pubs de Londres, conhecendo-lhes as personagens e os hábitos, naquele "conforto dos climas frios" que amo tanto quanto, segundo Eça, Pedro da Maia. Um périplo adequado permite-nos conhecer as várias dimensões da cidade como, suspeito, não o conseguiríamos de outra forma. A Londres artística, snob e aristocrática de Jeffrey Bernard, Peter O'Toole, Lucian Freud e Francis Bacon no "Coach & Horses" de Greek Street. A Londres moderna da Britpop, da Cool Britannia, dos vendedores ambulantes no "Good Mixer" de Camden Town. A Londres suburbana, quase rural, da "Well's Tavern", poiso de sindicalistas, prostitutas e west-enders adúlteros em Hampstead, essa terra de bons costumes. Nos seus pubs, Londres mostra-se inteira e sem complexos. E, lembrando a frase célebre do Dr. Johnson, Londres inteira não é mais nem menos do que a vida inteira.
FMS
terça-feira, novembro 09, 2004
HÁ 15 ANOS
15 anos passados, ainda é possível usar a foice e o martelo sem ser alvo do repúdio que a suástica naturalmente provoca. Apesar dos relatos na primeira pessoa, que demonstram mais do que paralelismo entre as práticas e as ideias dos modelos totalitários, 15 anos volvidos, o comunismo continua por julgar e a fascinar a intelectualidade balofa do mundo ocidental. O mesmo que foi poupado às garras do monstro. Milhões de mortos contados, ainda há quem o proclame e o deifique. Para quando um memorial europeu das suas vítimas? Para quando o fim definitivo do mito?
JV
15 anos passados, ainda é possível usar a foice e o martelo sem ser alvo do repúdio que a suástica naturalmente provoca. Apesar dos relatos na primeira pessoa, que demonstram mais do que paralelismo entre as práticas e as ideias dos modelos totalitários, 15 anos volvidos, o comunismo continua por julgar e a fascinar a intelectualidade balofa do mundo ocidental. O mesmo que foi poupado às garras do monstro. Milhões de mortos contados, ainda há quem o proclame e o deifique. Para quando um memorial europeu das suas vítimas? Para quando o fim definitivo do mito?
JV
segunda-feira, novembro 08, 2004
MISCASTING
Pode ser picuinhice minha, mas parece-me que um assessor de um grupo parlamentar, tendo em conta que trabalha no órgão de soberania legislativo, não devendo ser obrigatoriamente um jurista, deverá pelo menos conhecer as regras básicas de funcionamento da lei e da relação desta com os restantes órgão de soberania. A não ser, claro, que falemos do Bloco, que, como sabemos, vive alegremente num regime de excepção. Um exemplo: na estreia do Eixo do Mal, o Daniel Oliveira resolveu parabenizar uma determinada juíz por não ter aplicado a lei num caso de aborto sobre o qual se debruçou. O Daniel e o seu argumentário simplista e populista fica optimamente na televisão, disso não há dúvida. Só foi pena ninguém o ter alertado para a ignorância do comentário. O que a Juíz fez foi precisamente aplicar a lei. Num Estado de Direito, em que vigora a separação de poderes, a liberdade do julgador na aplicação da lei, a possibilidade de este a conformar com as especificidades do caso concreto, é condição essencial de cumprimento daquele princípio fundamental. Daí o Código Penal prever os expedientes da substituição, da atenuação e até da dispensa da pena. Eu percebo que o Daniel não esteja habituado a esta tradição assim a atirar para o anglo-saxónico e que prefira a ideia do juíz enquanto mera "boca da lei", isto é, puro cão de fila do soberano iluminado. Mas, sendo assim, talvez seja melhor mudar de ramo.
FMS
Pode ser picuinhice minha, mas parece-me que um assessor de um grupo parlamentar, tendo em conta que trabalha no órgão de soberania legislativo, não devendo ser obrigatoriamente um jurista, deverá pelo menos conhecer as regras básicas de funcionamento da lei e da relação desta com os restantes órgão de soberania. A não ser, claro, que falemos do Bloco, que, como sabemos, vive alegremente num regime de excepção. Um exemplo: na estreia do Eixo do Mal, o Daniel Oliveira resolveu parabenizar uma determinada juíz por não ter aplicado a lei num caso de aborto sobre o qual se debruçou. O Daniel e o seu argumentário simplista e populista fica optimamente na televisão, disso não há dúvida. Só foi pena ninguém o ter alertado para a ignorância do comentário. O que a Juíz fez foi precisamente aplicar a lei. Num Estado de Direito, em que vigora a separação de poderes, a liberdade do julgador na aplicação da lei, a possibilidade de este a conformar com as especificidades do caso concreto, é condição essencial de cumprimento daquele princípio fundamental. Daí o Código Penal prever os expedientes da substituição, da atenuação e até da dispensa da pena. Eu percebo que o Daniel não esteja habituado a esta tradição assim a atirar para o anglo-saxónico e que prefira a ideia do juíz enquanto mera "boca da lei", isto é, puro cão de fila do soberano iluminado. Mas, sendo assim, talvez seja melhor mudar de ramo.
FMS
domingo, novembro 07, 2004
sexta-feira, novembro 05, 2004
ADVOGADOS EM CASA PRÓPRIA
Foi com brio profissional e orgulho classista verdadeiramente preocupantes que visitei o edifício da Law Society, a Ordem dos Advogados inglesa. À porta, com o zelo tipicamente britânico, um aviso alertava para o degrau da entrada, o que prova que o imenso sentido de humor da velha Albion se sente até no reservado mundo causídico. Quando nos preparamos para entrar num edifício repleto de advogados, há perigos bem mais importantes com que nos preocuparmos do que uma mera saliência no chão.
FMS
Foi com brio profissional e orgulho classista verdadeiramente preocupantes que visitei o edifício da Law Society, a Ordem dos Advogados inglesa. À porta, com o zelo tipicamente britânico, um aviso alertava para o degrau da entrada, o que prova que o imenso sentido de humor da velha Albion se sente até no reservado mundo causídico. Quando nos preparamos para entrar num edifício repleto de advogados, há perigos bem mais importantes com que nos preocuparmos do que uma mera saliência no chão.
FMS
MANDEM DIZER AO COLECTIVO QUE LANCHO COM ELES MAS QUE PREFIRO EU PRÓPRIO ESCOLHER O MEU PRÓPRIO MENU
Este é um grande post do Pedro Mexia, daqueles que ele resolve escrever quando lhe apetece que sintamos saudades dos tempos em que escrevia diariamente sobre política. Por muito paradoxal que possa parecer, é um texto com o qual me identifico apesar de não concordar com uma parte substancial do mesmo.
Identifico-me com o individualismo radical do Pedro e com a pouca paciência para integrar paradas intelectuais. É uma disposição libertária que tem desenvolvido em muitos outros textos, em muitos outros lugares, tendo normalmente como alvo de eleição as cliques partidárias. Nisso tem feito escola, com a ajuda sempre leal de um país pouco dado à opinião independente.
O problema é que, de tanto insistir neste auto-retrato, de tanto tempo dispendido a desenvolver a imagem da ovelha negra orgulhosa, o Pedro deixa-se resvalar para o extremo oposto, insinuando que nenhum espírito livre pode algum dia exercer essa manifestação clássica da Liberdade que é a liberdade de associação e partindo do princípio que apenas se podem associar pessoas com ideias absolutamente idênticas.
Eu, por exemplo, partilho este blog com quatro amigos com quem, em muitos assuntos, tenho divergências acentuadas, precisamente as mesmas demonstradas na organização partidária onde os conheci. E, de todos os meus amigos, digo-o sem qualquer dúvida, são os que mais livremente pensam a sua circunstância. Pelo humor com que aceitam os seus estereótipos, pelo desprendimento perante a carneirice e por todas as qualidades que, segundo o que dele conheço, o Pedro tanto preza. Incluindo, claro, a patológica mas admiravelmente aristocrática impreparação do Diogo para conhecer "as bases".
Mas podemos também desinstitucionalizar o raciocínio e falar do assunto du jour. Eu detesto, pelo menos tanto como o Pedro, que pensem que tenho um pensamento padronizado e ancorado em raciocínios alheios, o que, em bom rigor, é um não pensamento. Mas por que razão serei menos independente por preferir Bush a Kerry?
Se o ser-se de direita não se afere aos pontos, também não se é mais ou menos livre consoante os pontapés que cada um vá dando na lógica. Acredito, pelo que leio, não ser essa a ideia que o Pedro quer transmitir. Mas confesso sentir uma leve irritação quando o vejo acoplar a cada declaração de dissidência a vaidade da independência. E não é pela vaidade. É pela repetição.
E Pedro, não me lixes. Porque, precisamente pela tua aversão à standardização intelectual e à submissão das massas às ideias banais e frágeis de documentaristas sem escrúpulos e estrelas pop em decadência, gostaste tanto da vitória de Bush como eu e todos aqueles cujo cérebro pareces julgar formatado.
FMS
Este é um grande post do Pedro Mexia, daqueles que ele resolve escrever quando lhe apetece que sintamos saudades dos tempos em que escrevia diariamente sobre política. Por muito paradoxal que possa parecer, é um texto com o qual me identifico apesar de não concordar com uma parte substancial do mesmo.
Identifico-me com o individualismo radical do Pedro e com a pouca paciência para integrar paradas intelectuais. É uma disposição libertária que tem desenvolvido em muitos outros textos, em muitos outros lugares, tendo normalmente como alvo de eleição as cliques partidárias. Nisso tem feito escola, com a ajuda sempre leal de um país pouco dado à opinião independente.
O problema é que, de tanto insistir neste auto-retrato, de tanto tempo dispendido a desenvolver a imagem da ovelha negra orgulhosa, o Pedro deixa-se resvalar para o extremo oposto, insinuando que nenhum espírito livre pode algum dia exercer essa manifestação clássica da Liberdade que é a liberdade de associação e partindo do princípio que apenas se podem associar pessoas com ideias absolutamente idênticas.
Eu, por exemplo, partilho este blog com quatro amigos com quem, em muitos assuntos, tenho divergências acentuadas, precisamente as mesmas demonstradas na organização partidária onde os conheci. E, de todos os meus amigos, digo-o sem qualquer dúvida, são os que mais livremente pensam a sua circunstância. Pelo humor com que aceitam os seus estereótipos, pelo desprendimento perante a carneirice e por todas as qualidades que, segundo o que dele conheço, o Pedro tanto preza. Incluindo, claro, a patológica mas admiravelmente aristocrática impreparação do Diogo para conhecer "as bases".
Mas podemos também desinstitucionalizar o raciocínio e falar do assunto du jour. Eu detesto, pelo menos tanto como o Pedro, que pensem que tenho um pensamento padronizado e ancorado em raciocínios alheios, o que, em bom rigor, é um não pensamento. Mas por que razão serei menos independente por preferir Bush a Kerry?
Se o ser-se de direita não se afere aos pontos, também não se é mais ou menos livre consoante os pontapés que cada um vá dando na lógica. Acredito, pelo que leio, não ser essa a ideia que o Pedro quer transmitir. Mas confesso sentir uma leve irritação quando o vejo acoplar a cada declaração de dissidência a vaidade da independência. E não é pela vaidade. É pela repetição.
E Pedro, não me lixes. Porque, precisamente pela tua aversão à standardização intelectual e à submissão das massas às ideias banais e frágeis de documentaristas sem escrúpulos e estrelas pop em decadência, gostaste tanto da vitória de Bush como eu e todos aqueles cujo cérebro pareces julgar formatado.
FMS
A Sanha ou 1776 e 1976 revisitados
Há disparates que não podem passar em claro. O artigo do MST no Público mistura valores morais com tele-evangelistas, junta uma pitada de politicamente correcto, mexe tudo muito bem para chegar à conclusão que ele já tinha à partida e que lhe importava justificar: os EUA deixaram de ser um espaço de liberdade por causa da teocracia de Bush.
Isto é desonesto. Baseia-se em pressupostos falsos. Revela um desconhecimento profundo do que é a realidade Americana.
O combate ao “sexual harassment” e as leis anti-tabagistas são fruto do espírito politicamente correcto das duas costas – da Nova-Inglaterra dos grandes centros financeiros onde as mulheres foram conquistando penosamente o seu espaço, e da Califórnia do life-style alternativo e saudável. Não têm rigorosamente nada a ver com os tele-evangelistas do mid-west. Aposto aliás o que o MST quiser que é mais fácil e seguro “light up” o seu Marlboro full flavour num boteco de beira de estrada na sua querida Flagsstaff, AR enquanto trata a criada por “honey” do que fazer o mesmo num restaurante chique de Manhattan.
O resto do artigo, incluindo a despropositada referência ao PP, revela apenas aquilo que já sabíamos. Para MST os valores dos outros só são bons se forem iguais aos seus. Curioso que nisso não difere muito dos que pretende criticar com tanto afã.
FA
Há disparates que não podem passar em claro. O artigo do MST no Público mistura valores morais com tele-evangelistas, junta uma pitada de politicamente correcto, mexe tudo muito bem para chegar à conclusão que ele já tinha à partida e que lhe importava justificar: os EUA deixaram de ser um espaço de liberdade por causa da teocracia de Bush.
Isto é desonesto. Baseia-se em pressupostos falsos. Revela um desconhecimento profundo do que é a realidade Americana.
O combate ao “sexual harassment” e as leis anti-tabagistas são fruto do espírito politicamente correcto das duas costas – da Nova-Inglaterra dos grandes centros financeiros onde as mulheres foram conquistando penosamente o seu espaço, e da Califórnia do life-style alternativo e saudável. Não têm rigorosamente nada a ver com os tele-evangelistas do mid-west. Aposto aliás o que o MST quiser que é mais fácil e seguro “light up” o seu Marlboro full flavour num boteco de beira de estrada na sua querida Flagsstaff, AR enquanto trata a criada por “honey” do que fazer o mesmo num restaurante chique de Manhattan.
O resto do artigo, incluindo a despropositada referência ao PP, revela apenas aquilo que já sabíamos. Para MST os valores dos outros só são bons se forem iguais aos seus. Curioso que nisso não difere muito dos que pretende criticar com tanto afã.
FA
quinta-feira, novembro 04, 2004
A vitória moral
Ha sempre um Nader que atrapalha ou um voto por correspondência que não é contado. Foi o discurso não passou ou o candidato ("mal menor") que não o soube passar. Dá sempre jeito apontar o dedo à mobilização fanática dos tele-evangelistas, os truques baixos como telefonemas aos eleitores afro-americanos ou as campanhas de desinformação junto dos mais pobres e iletrados. Quando nada mais resta são as máquinas de votação que podem ser manipuladas.
A culpa é sempre de alguém que não da nossa verdade, da inatacável evidência da nossa mensagem política, dos nossos militantes ou dos eleitores. Como é possível pois perder. Devem ser estúpidos estes Americanos, dizem alguns em desespero. Nada mais simples. Nada mais redutor. Nada mais estúpido.
FA
Ha sempre um Nader que atrapalha ou um voto por correspondência que não é contado. Foi o discurso não passou ou o candidato ("mal menor") que não o soube passar. Dá sempre jeito apontar o dedo à mobilização fanática dos tele-evangelistas, os truques baixos como telefonemas aos eleitores afro-americanos ou as campanhas de desinformação junto dos mais pobres e iletrados. Quando nada mais resta são as máquinas de votação que podem ser manipuladas.
A culpa é sempre de alguém que não da nossa verdade, da inatacável evidência da nossa mensagem política, dos nossos militantes ou dos eleitores. Como é possível pois perder. Devem ser estúpidos estes Americanos, dizem alguns em desespero. Nada mais simples. Nada mais redutor. Nada mais estúpido.
FA
quarta-feira, novembro 03, 2004
It’s all about Springfield
As eleições afinal estão a ser menos renhidas do que se pensava. Quando chegaram as primeiras informações da enorme afluência de eleitores às urnas os Democratas sorriram. Historicamente os seus eleitores são reconhecidamente menos miltantes e isso eram boas notícias. No entanto a noite era cada vez mais dos Republicanos à medida que cada sondagem à boca das urnas era cilindrada pela realidade inapelável dos votos contados. Isto foi por volta das 4 e meia da manhã quando acordei mesmo a tempo de ver o Estado da Florida pender para o lado do presidente Bush. Às cinco e meia, quando voltei para a cama, era claro que tudo dependia do Ohio e que a tarefa de John Kerry era quase impossível.
Os 10 votos do Wisconsin acabam mesmo agora de ir para Kerry mas de nada lhe valerão se não ganhar os 20 votos do Ohio onde, mesmo sem os absentee ballots e os provisional ballots estarem contados, a vantagem de Bush é já superior a 145,000 votos.
Ainda que Kerry ganhe o Ohio vencendo com isso a corrida presidencial a verdade é que na votação global nacional (que, recorde-se, Bush perdeu para Al Gore em 2000) o Presidente atingiu uma clara vantagem sobre o seu adversário. São 3% ou, se preferirem, mais de 3.5 milhões de votos de vantagem para o Presidente Bush.
FA
As eleições afinal estão a ser menos renhidas do que se pensava. Quando chegaram as primeiras informações da enorme afluência de eleitores às urnas os Democratas sorriram. Historicamente os seus eleitores são reconhecidamente menos miltantes e isso eram boas notícias. No entanto a noite era cada vez mais dos Republicanos à medida que cada sondagem à boca das urnas era cilindrada pela realidade inapelável dos votos contados. Isto foi por volta das 4 e meia da manhã quando acordei mesmo a tempo de ver o Estado da Florida pender para o lado do presidente Bush. Às cinco e meia, quando voltei para a cama, era claro que tudo dependia do Ohio e que a tarefa de John Kerry era quase impossível.
Os 10 votos do Wisconsin acabam mesmo agora de ir para Kerry mas de nada lhe valerão se não ganhar os 20 votos do Ohio onde, mesmo sem os absentee ballots e os provisional ballots estarem contados, a vantagem de Bush é já superior a 145,000 votos.
Ainda que Kerry ganhe o Ohio vencendo com isso a corrida presidencial a verdade é que na votação global nacional (que, recorde-se, Bush perdeu para Al Gore em 2000) o Presidente atingiu uma clara vantagem sobre o seu adversário. São 3% ou, se preferirem, mais de 3.5 milhões de votos de vantagem para o Presidente Bush.
FA
terça-feira, novembro 02, 2004
Ai Gudrun, Gudrun…
Lembram-se da proposta revolucionária da deputada Sueca Gudrun Schyman para que fosse criado um imposto sobre a população masculina destinada a financiar a luta contra a violência doméstica? Pois é, segundo parece, a proposta não deverá chegar a ser lei mas acho uma pena deixar morrer esta ideia.
Que tal um imposto a ser pago exclusivamente pelos católicos dessa Europa para combater a violência e intolerância homofóbica? Ou então um imposto internacional através do qual todos os Americanos espalhados por esse mundo fora pagassem os elevadíssimos custos resultantes do unilateralismo do seu Presidente.
Do ponto de vista Português talvez não fosse mal pensado instituir um imposto especial sobre empresas que controlem meios de comunicação social por forma a fomentar o contraditório ou a liberdade de opinião (consoante os dias). Ou então um imposto sobre membros de claques ou sócios de clubes futebol para combater a violência no desporto e a falta de nível dos dirigentes.
E assim por diante até construirmos a sociedade perfeita. Pela via fiscal.
FA
Lembram-se da proposta revolucionária da deputada Sueca Gudrun Schyman para que fosse criado um imposto sobre a população masculina destinada a financiar a luta contra a violência doméstica? Pois é, segundo parece, a proposta não deverá chegar a ser lei mas acho uma pena deixar morrer esta ideia.
Que tal um imposto a ser pago exclusivamente pelos católicos dessa Europa para combater a violência e intolerância homofóbica? Ou então um imposto internacional através do qual todos os Americanos espalhados por esse mundo fora pagassem os elevadíssimos custos resultantes do unilateralismo do seu Presidente.
Do ponto de vista Português talvez não fosse mal pensado instituir um imposto especial sobre empresas que controlem meios de comunicação social por forma a fomentar o contraditório ou a liberdade de opinião (consoante os dias). Ou então um imposto sobre membros de claques ou sócios de clubes futebol para combater a violência no desporto e a falta de nível dos dirigentes.
E assim por diante até construirmos a sociedade perfeita. Pela via fiscal.
FA
Hoje às Nove (não vou estar a votar nas eleições Americanas)
Vou mais o Francisco ao Arts Theatre ver advinhem lá o quê? Ah pois é!
FA
Vou mais o Francisco ao Arts Theatre ver advinhem lá o quê? Ah pois é!
FA
OLHA, CURIOSO
"Hoje não poderemos votar nas eleições americanas." dizem os rapazes da Capital.
Luís Osório y sus muchachos têm cada vez mais piada.
JV
"Hoje não poderemos votar nas eleições americanas." dizem os rapazes da Capital.
Luís Osório y sus muchachos têm cada vez mais piada.
JV
segunda-feira, novembro 01, 2004
Call to arms
O Presidente Lula volta a pressionar os jornalistas brasileiros. É a censura que volta o Brasil desta feita pela mão da esquerda autoritária.
Chamem já o Marcelo e a Ana Gomes. Mandem já o Louçã e o Prado Coelho para frente de combate. A censura não passará!
Lula e Gomes da Silva para a rua. Já! PALOP’s livres. Sempre!
FA
O Presidente Lula volta a pressionar os jornalistas brasileiros. É a censura que volta o Brasil desta feita pela mão da esquerda autoritária.
Chamem já o Marcelo e a Ana Gomes. Mandem já o Louçã e o Prado Coelho para frente de combate. A censura não passará!
Lula e Gomes da Silva para a rua. Já! PALOP’s livres. Sempre!
FA
We will always have him
Mais um mito para o caraças, courtesy of Mr Parris.
Desta feita o mito de que em vez de combater o terrorismo directamente, o Ocidente deve combater as causas imediatas que levam ao extremismo militante e, em última análise, ao terrorismo.
FA
NB(nota do blogger) o Matthew Parris não defende a guerra no Iraque.
Mais um mito para o caraças, courtesy of Mr Parris.
Desta feita o mito de que em vez de combater o terrorismo directamente, o Ocidente deve combater as causas imediatas que levam ao extremismo militante e, em última análise, ao terrorismo.
FA
NB(nota do blogger) o Matthew Parris não defende a guerra no Iraque.