O MEU CONSENSO É MELHOR QUE O TEU
A MVS criticou o tipo de consenso, alegadamente, usado "nos discursos do Primeiro-ministro"
Segundo a MVS, "consenso para o Primeiro-ministro e para a maioria é quando todos concordam com o que a maioria já decidiu.".
Terá que convir que isso é uma mudança radical face aos governos do Eng. Guterres, nos quais decidir era prática a evitar.
Se bem se recorda, os analistas políticos foram consensuais quanto a este facto.
É consensual que não se governa por consenso, sempre que se quer mesmo governar.
Admitindo que a análise trinária de "modelos de consenso" é correcta, não percebo qual deles é o modelo adoptado pelos socialistas.
Parece consensual que nem há consenso interno quanto à existência de consenso em torno de quem define a estratégia, quanto mais os modelos.
JV
«... depois dos três impérios dos Assírios, Persas e Gregos, que já passaram, e depois do quarto, que ainda hoje dura, que é o romano, há-de haver um novo e melhor império que há-de ser o quinto e último» Padre António Vieira oquintodosimperios@gmail.com
sexta-feira, janeiro 30, 2004
O FANTASMA DO 25 DE ABRIL PASSADO
O MK não está sozinho.
Aqui está outro invocador recorrente e titular presumido do espírito ameaçado do 25 de Abril.
A população sufoca de preocupação.
Regista-se o facto de quem combateu a unidade sindical afinar agora pelo tom de Carvalho da Silva, um democrata de méritos indiscutíveis.
Isso sim, é ameaçador.
JV
O MK não está sozinho.
Aqui está outro invocador recorrente e titular presumido do espírito ameaçado do 25 de Abril.
A população sufoca de preocupação.
Regista-se o facto de quem combateu a unidade sindical afinar agora pelo tom de Carvalho da Silva, um democrata de méritos indiscutíveis.
Isso sim, é ameaçador.
JV
BREAKING NEWS
O Quinto dos Impérios tem mil leitores por semana... Silva Resende eat my dust!
JV e DBH
PS: Post dedicado ao Meia-Livraria
O Quinto dos Impérios tem mil leitores por semana... Silva Resende eat my dust!
JV e DBH
PS: Post dedicado ao Meia-Livraria
UNS MÍSEROS 1.700.000
Escreve o alegado Barnabé:
Durão diz que é mentira que os cortes nas comparticipações para a ADSE afectarão dois milhões de pessoas. Jura Durão que não serão mais de do que 300 mil os que gastarão mais em medicamentos e consultas. Ficamos mais descansados.
Pois. Nós ficamos a saber que que o Prof. Louçã mentiu a 1 milhão e setecentos mil portugueses... Afinal não estava indignado, estava a ver se pegava.
DBH
Escreve o alegado Barnabé:
Durão diz que é mentira que os cortes nas comparticipações para a ADSE afectarão dois milhões de pessoas. Jura Durão que não serão mais de do que 300 mil os que gastarão mais em medicamentos e consultas. Ficamos mais descansados.
Pois. Nós ficamos a saber que que o Prof. Louçã mentiu a 1 milhão e setecentos mil portugueses... Afinal não estava indignado, estava a ver se pegava.
DBH
A Contra-evolução
O MK resolveu apelidar o governo e a maioria que o sustenta de contra-revolucionários. É um estilo.
Desde o desaire eleitoral de João Soares (e da sua ululante frente de esquerda) ficou provado que o uso abundante de palavreado bafiento não obtém grande acolhimento junto da população.
A propósito da citação de Gomes Canotilho e do princípio de "proibção de retrocesso revolucionário, ou de evolução reaccionária", aqui deixo um excerto do debate de 16 DE JULHO DE 1975 em que interveio o Garfunkel da dupla jurídica mais conhecida do país acerca do desfasamento entre a Constituição e a Revolução:
"O desfasamento inicial entre a Constituinte e a revolução pode alargar-se com o decurso do tempo. Ficam então criadas as condições para uma contradição entre a revolução por um lado, e a Constituição, por outro. A Constituição, nestas condições, tem vocacação conservadora, tende a considerar a revolução terminada, isto é, tende a considerar a revolução em termos constitucionais, institucionalizando-a, fixando-a definitivamente, pondo fim à dinâmica revolucionária, liquidando ou neutralizando os órgãos revolucionários.
É isto precisamente que caracteriza os projectos do CDS e do PPD e, por mais estranho que pareça, caracteriza também o projecto do PS.
(...)
A história mostra, porém, que nem sempre uma Constituição contra-revolucionária leva a melhor sobre a Revolução. Os acontecimentos desde o 25 de Abril mostram que a Revolução não está disposta a ser detida por uma Constituição que a não tenha em conta, Por isso nós entendemos que não é inevit?vel que a Constituição que saia daqui tenha de ser contra-revolucionária. Nós não deixaremos de lutar com todas as nossas forças para que a Revolução tenha, efectivamente, a sua Constituição."
Tal como Vital Moreira, nos idos de Julho de 1975, o MK assume-se hoje como guardião de Abril e dono do seu espírito. E intérprete autêntico da motivação que levou os portugueses a votarem no PSD e no CDS. Depois a direita é que é arrogante...
É engraçado ler um militante do PS (ainda que na veste de blogger) a falar de igualdade de oportunidades e de combate a meritocracias viciadas quando esse partido é um dos responsáveis pelo controlo do Estado e da Administração Pública pelas máquinas partidárias.
Fariseismo, ao contrário do que dizia há dias o mais destacado nepote socialista, é isto.
Quem tem tratado de forma igual, aquilo que, à partida, é desigual, tem sido a esquerda. Sobretudo no que diz respeito às questões sociais, por puro preconceito ideológico.
Mas não tenho ilusões, daqui a uns anos voltarão ao poder e farão exactamente os mesmos erros.
A democracia é assim.
Felizmente.
JV
O MK resolveu apelidar o governo e a maioria que o sustenta de contra-revolucionários. É um estilo.
Desde o desaire eleitoral de João Soares (e da sua ululante frente de esquerda) ficou provado que o uso abundante de palavreado bafiento não obtém grande acolhimento junto da população.
A propósito da citação de Gomes Canotilho e do princípio de "proibção de retrocesso revolucionário, ou de evolução reaccionária", aqui deixo um excerto do debate de 16 DE JULHO DE 1975 em que interveio o Garfunkel da dupla jurídica mais conhecida do país acerca do desfasamento entre a Constituição e a Revolução:
"O desfasamento inicial entre a Constituinte e a revolução pode alargar-se com o decurso do tempo. Ficam então criadas as condições para uma contradição entre a revolução por um lado, e a Constituição, por outro. A Constituição, nestas condições, tem vocacação conservadora, tende a considerar a revolução terminada, isto é, tende a considerar a revolução em termos constitucionais, institucionalizando-a, fixando-a definitivamente, pondo fim à dinâmica revolucionária, liquidando ou neutralizando os órgãos revolucionários.
É isto precisamente que caracteriza os projectos do CDS e do PPD e, por mais estranho que pareça, caracteriza também o projecto do PS.
(...)
A história mostra, porém, que nem sempre uma Constituição contra-revolucionária leva a melhor sobre a Revolução. Os acontecimentos desde o 25 de Abril mostram que a Revolução não está disposta a ser detida por uma Constituição que a não tenha em conta, Por isso nós entendemos que não é inevit?vel que a Constituição que saia daqui tenha de ser contra-revolucionária. Nós não deixaremos de lutar com todas as nossas forças para que a Revolução tenha, efectivamente, a sua Constituição."
Tal como Vital Moreira, nos idos de Julho de 1975, o MK assume-se hoje como guardião de Abril e dono do seu espírito. E intérprete autêntico da motivação que levou os portugueses a votarem no PSD e no CDS. Depois a direita é que é arrogante...
É engraçado ler um militante do PS (ainda que na veste de blogger) a falar de igualdade de oportunidades e de combate a meritocracias viciadas quando esse partido é um dos responsáveis pelo controlo do Estado e da Administração Pública pelas máquinas partidárias.
Fariseismo, ao contrário do que dizia há dias o mais destacado nepote socialista, é isto.
Quem tem tratado de forma igual, aquilo que, à partida, é desigual, tem sido a esquerda. Sobretudo no que diz respeito às questões sociais, por puro preconceito ideológico.
Mas não tenho ilusões, daqui a uns anos voltarão ao poder e farão exactamente os mesmos erros.
A democracia é assim.
Felizmente.
JV
RIR NEM SEMPRE É UM BOM REMÉDIO: O sangue frio de algumas pessoas deixa o meu a fervilhar. Segundo noticiou recentemente a imprensa especializada em fait-divers , um homem entrou numa repartição bancária da Amadora e, de braço esticado, empunhando um galho de árvore, gritou: "ISTO É UM ASSALTO". A paródia, claro, foi total e rapidamente espalhada aos jornais e ao anedotário nacional. O povo riu e zombou do senhor. Aproveitou-se da sua ingenuidade e fragilidade mental. Mas, que se saiba, ninguém foi suficientemente digno para lhe explicar que não, que aquilo não era um assalto, mas sim um galho de árvore.
FMS
FMS
Mau Perder
O Greg Dyke diz que ficou chocado com algumas das conclusões do relatório Hutton e faz um aviso à navegação: "Lord Hutton does seem to suggest that it is not enough for a broadcaster or a newspaper... to simply report what a whistleblower says because they are an authoritative source. You have to demonstrate that it is true. That would change the law in this country." Isto é falso como qualquer pessoa que ler o relatório pode concluir.
Uma coisa é a decisão do àrbitro não nos agradar, outra coisa é chamar-lhe nomes, questionar a sua independência, pôr em causa a sua integridade. Mais, o que o Greg Dyke está a querer fazer é simplesmente justificar um erro de análise que a BBC (e nomeadamente ele próprio) cometeu ao apoiar a reportagem mais que polémica do Andrew Gilligan quando talvez a prudência (e o passado do dito jornalista) aconselhasse outra coisa.
Por outro lado, ao contrário do que querem alguns, este inquérito não visou o tema genérico das armas de destruição maciça no Iraque mas apenas um facto muito concreto: a morte do Dr. Kelly. Para investigar esse facto o que interessava era analisar a elaboração de um determinado relatório que serviu de base a uma determinada decisão política e, por outro lado, a actuação da BBC face a esse documento. A diferença será talvez subtil mas para quem apregoa o rigor e a verdade aos quatro ventos talvez não fosse má ideia ter atenção aos pormenores.
FA
O Greg Dyke diz que ficou chocado com algumas das conclusões do relatório Hutton e faz um aviso à navegação: "Lord Hutton does seem to suggest that it is not enough for a broadcaster or a newspaper... to simply report what a whistleblower says because they are an authoritative source. You have to demonstrate that it is true. That would change the law in this country." Isto é falso como qualquer pessoa que ler o relatório pode concluir.
Uma coisa é a decisão do àrbitro não nos agradar, outra coisa é chamar-lhe nomes, questionar a sua independência, pôr em causa a sua integridade. Mais, o que o Greg Dyke está a querer fazer é simplesmente justificar um erro de análise que a BBC (e nomeadamente ele próprio) cometeu ao apoiar a reportagem mais que polémica do Andrew Gilligan quando talvez a prudência (e o passado do dito jornalista) aconselhasse outra coisa.
Por outro lado, ao contrário do que querem alguns, este inquérito não visou o tema genérico das armas de destruição maciça no Iraque mas apenas um facto muito concreto: a morte do Dr. Kelly. Para investigar esse facto o que interessava era analisar a elaboração de um determinado relatório que serviu de base a uma determinada decisão política e, por outro lado, a actuação da BBC face a esse documento. A diferença será talvez subtil mas para quem apregoa o rigor e a verdade aos quatro ventos talvez não fosse má ideia ter atenção aos pormenores.
FA
PELA PRIMEIRA VEZ
(e última desconfio), concordo com o Daniel Oliveira.
Na questão do aborto:
Talvez queira dizer que esta é mesmo uma questão de consciência. Pelo menos em partidos como o PS e o PSD. No meu, como noutros, é mais do que isso: é uma questão de civilização e, por isso, completamente política.
No meu também.
http://www.terravista.pt/enseada/1881/abaixoassinado.doc
JV
(e última desconfio), concordo com o Daniel Oliveira.
Na questão do aborto:
Talvez queira dizer que esta é mesmo uma questão de consciência. Pelo menos em partidos como o PS e o PSD. No meu, como noutros, é mais do que isso: é uma questão de civilização e, por isso, completamente política.
No meu também.
http://www.terravista.pt/enseada/1881/abaixoassinado.doc
JV
quinta-feira, janeiro 29, 2004
Lá vai mais outro
Propunham hoje de manhã na televisão uma nova sigla para a BBC - Bruised and Bashed Corporation...
Sugestões para: oquintodosimperios@hotmail.com
FA
Propunham hoje de manhã na televisão uma nova sigla para a BBC - Bruised and Bashed Corporation...
Sugestões para: oquintodosimperios@hotmail.com
FA
quarta-feira, janeiro 28, 2004
Lá vai um
Na sequência da publicação do relatório do Lord Hutton já aconteceu isto. Era de esperar.
Queria só realçar aqui o seguinte trecho da nota de demissão do Sr. Gavyn Davies : "I have been brought up to believe that you cannot choose your own referee, and that the referee's decision is final". Por estas e por outras é que ainda temos muito que aprender com os Ingleses sobre como funciona uma Democracia.
FA
Na sequência da publicação do relatório do Lord Hutton já aconteceu isto. Era de esperar.
Queria só realçar aqui o seguinte trecho da nota de demissão do Sr. Gavyn Davies : "I have been brought up to believe that you cannot choose your own referee, and that the referee's decision is final". Por estas e por outras é que ainda temos muito que aprender com os Ingleses sobre como funciona uma Democracia.
FA
Barrabás ou Barnabé?
"Não sabia nada de finanças, nem consta que tivesse biblioteca." - Fernando Pessoa
O André Belo é um radical. Radicaliza tão completamente que chega a ser radical com o Cristianismo que não sente.
Eu, pela minha parte, sou humilde. Reconheço o radicalismo de Cristo (não o do André) e muitas vezes sou humilhado pelas minhas falhas e incapacidade de seguir a Sua proposta de Vida (a de Cristo não a do André).
O André considera-se “mais perto do exemplo de Cristo” do que os que usam o Cristinanismo “como o adorno” que legitima uma visão conservadora da sociedade. A visão do André (que não a de Cristo) para a sociedade é, claro está, radical.
Eu, pela minha parte, sou prudente. Tenho consciência de que o exemplo de Cristo (não o do André) não tem tanto a haver com uma qualquer visão da sociedade terrena mas muito mais com a consciencialização da verdadeira condição humana muito para além da sociedade. Da condição humana de cada um (como eu o o André) face a um exemplo muito concreto do que é ser Homem (como Cristo).
Para o André, um radical recorde-se, a estética da cultura cristã que não o exemplo de Cristo, está ao serviço da política e não da fé (dos homens que não o André). Uma coisa será Cristo outra a Igreja ou a cultura eclesiástica. O André até gosta do primeiro não gosta nada da segunda.
Para mim, um conservador, a estética e a cultura Cristãs são obviamente importantes como complemento institucional ao exemplo de Cristo. Do ponto de vista espiritual diria até que são indissociáveis da Sua pessoa. Deve essa estética ou cultura estar ao serviço da fé? Eu direi que deve estar antes ao serviço dos Homens em nome de Cristo.
O André é radical – será, até, um espírito livre. Eu sou só livre. Livre em Cristo, que, muito mais do que radical, é libertador.
FA
"Não sabia nada de finanças, nem consta que tivesse biblioteca." - Fernando Pessoa
O André Belo é um radical. Radicaliza tão completamente que chega a ser radical com o Cristianismo que não sente.
Eu, pela minha parte, sou humilde. Reconheço o radicalismo de Cristo (não o do André) e muitas vezes sou humilhado pelas minhas falhas e incapacidade de seguir a Sua proposta de Vida (a de Cristo não a do André).
O André considera-se “mais perto do exemplo de Cristo” do que os que usam o Cristinanismo “como o adorno” que legitima uma visão conservadora da sociedade. A visão do André (que não a de Cristo) para a sociedade é, claro está, radical.
Eu, pela minha parte, sou prudente. Tenho consciência de que o exemplo de Cristo (não o do André) não tem tanto a haver com uma qualquer visão da sociedade terrena mas muito mais com a consciencialização da verdadeira condição humana muito para além da sociedade. Da condição humana de cada um (como eu o o André) face a um exemplo muito concreto do que é ser Homem (como Cristo).
Para o André, um radical recorde-se, a estética da cultura cristã que não o exemplo de Cristo, está ao serviço da política e não da fé (dos homens que não o André). Uma coisa será Cristo outra a Igreja ou a cultura eclesiástica. O André até gosta do primeiro não gosta nada da segunda.
Para mim, um conservador, a estética e a cultura Cristãs são obviamente importantes como complemento institucional ao exemplo de Cristo. Do ponto de vista espiritual diria até que são indissociáveis da Sua pessoa. Deve essa estética ou cultura estar ao serviço da fé? Eu direi que deve estar antes ao serviço dos Homens em nome de Cristo.
O André é radical – será, até, um espírito livre. Eu sou só livre. Livre em Cristo, que, muito mais do que radical, é libertador.
FA
terça-feira, janeiro 27, 2004
ESTE HOMEM
Chama-se Oswaldo Payá.
Foi o vencedor do Prémio Sakharov de 2002.
Esta semana, foi impedido de se deslocar ao Parlamento Europeu para se encontrar com o vencedor de 2003, Kofi Annan, e contar de viva voz o que se tem passado num dos últimos redutos folclóricos das utopias marxistas.
Ainda há quem se atreva a dizer que Cuba é uma democracia?
JV
Chama-se Oswaldo Payá.
Foi o vencedor do Prémio Sakharov de 2002.
Esta semana, foi impedido de se deslocar ao Parlamento Europeu para se encontrar com o vencedor de 2003, Kofi Annan, e contar de viva voz o que se tem passado num dos últimos redutos folclóricos das utopias marxistas.
Ainda há quem se atreva a dizer que Cuba é uma democracia?
JV
Viva Slough!
O “The Office” varreu os Golden Globes! Prémios para melhor comédia de TV e melhor actor cómico de TV. É assim mesmo Ricky!
FA
O “The Office” varreu os Golden Globes! Prémios para melhor comédia de TV e melhor actor cómico de TV. É assim mesmo Ricky!
FA
SOCIALISMO de modelo ibérico
Não restam dúvidas de que existe, actualmente, um modelo característico, sui generis, de liderança política nos partidos socialistas da Península.
Sem grandes preocupações cientificas, diria que o mesmo pode ser designado por "cada tiro, cada melro, cada cavadela, cada minhoca".
À primeira vista, podia parecer que nada seria capaz de bater as férreas trapalhadas. Mas desenganem-se, a criatividade socialista é ilimitada neste domínio.
Como sabem, o partido socialista catalão do Senhor Maragall, sedento de poder, vendeu a alma ao diabo e fez uma aliança com a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC).
Acontece que estes bons rapazes acabaram de se reunir com a ETA... pondo em risco não só a estabilidade do governo autonómico, mas também qualquer possibilidade de vitória por parte do PSOE nas próximas legislativas.
É caso para perguntar se Ferro e Zapatero terão andado na mesma escola.
JV
Não restam dúvidas de que existe, actualmente, um modelo característico, sui generis, de liderança política nos partidos socialistas da Península.
Sem grandes preocupações cientificas, diria que o mesmo pode ser designado por "cada tiro, cada melro, cada cavadela, cada minhoca".
À primeira vista, podia parecer que nada seria capaz de bater as férreas trapalhadas. Mas desenganem-se, a criatividade socialista é ilimitada neste domínio.
Como sabem, o partido socialista catalão do Senhor Maragall, sedento de poder, vendeu a alma ao diabo e fez uma aliança com a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC).
Acontece que estes bons rapazes acabaram de se reunir com a ETA... pondo em risco não só a estabilidade do governo autonómico, mas também qualquer possibilidade de vitória por parte do PSOE nas próximas legislativas.
É caso para perguntar se Ferro e Zapatero terão andado na mesma escola.
JV
Ai pode, pode!
O CMF diz (num comentário a este post), a propósito do aborto que não acha que possa ser acusado de insensibilidade quando diz que o chocou muito mais, que lhe invadiu “com uma torrente de pensamentos e questões desconfortáveis” ver na televisão “a queda e a morte de um jogador de futebol com 24 anos e aparentemente saudável, do que saber que acontecem inúmeras interrupções de gestação por dia”. Diz mais o CMF, comparando o incomparável, que “afinal de contas, tínhamos perante nós uma Vida, um homem com consciência, com projectos, com sonhos. Não era um mero projecto de vida.”
Eu então acho que o CMF pode ser acusado não só de insensibilidade como também de irresponsabilidade. Estou certo de que se lhe entrasse pela televisão, sala de estar a dentro, sem pré-aviso e inesperadamente, a realidade brutal de um aborto talvez pensasse duas vezes.
Para o espírito científico do CMF só é Vida humana (assim mesmo, com V grande) um “homem (agora com H pequeno vá-se lá saber porquê) com consciência, com projectos, com sonhos”. Curioso conceito. Então um doente psíquico ou um deficiente profundo até que ponto é que se enquadram no conceito eugénico de vida humana do CMF? E uma criança que nasce seis meses prematura, antes portanto da “gestação” ter chegado naturalmente ao seu término? E um doente em fase terminal? E outro em fase não tão terminal? E uma criança com oito meses ainda no útero materno? E com sete? Sabe CMF, é que esta coisa de conceitos (e soluções) simples para realidades (e problemas?) difíceis tem muito que se lhe diga...
Calhou ser eu (que não sou, claramente, o mais militante nesta questão aqui no Quinto) a responder ao seu post. E calhou bem. De facto, não podia deixar passar em claro estas afirmações do CMF. São afirmações destas num tema tão delicado como este que demonstram os perigos resultantes das convicções de superioridade moral de uns e outros.
Já disse aqui muitas vezes e repito: tenho sempre muitas dúvidas de quem costuma ter muitas certezas.
FA
O CMF diz (num comentário a este post), a propósito do aborto que não acha que possa ser acusado de insensibilidade quando diz que o chocou muito mais, que lhe invadiu “com uma torrente de pensamentos e questões desconfortáveis” ver na televisão “a queda e a morte de um jogador de futebol com 24 anos e aparentemente saudável, do que saber que acontecem inúmeras interrupções de gestação por dia”. Diz mais o CMF, comparando o incomparável, que “afinal de contas, tínhamos perante nós uma Vida, um homem com consciência, com projectos, com sonhos. Não era um mero projecto de vida.”
Eu então acho que o CMF pode ser acusado não só de insensibilidade como também de irresponsabilidade. Estou certo de que se lhe entrasse pela televisão, sala de estar a dentro, sem pré-aviso e inesperadamente, a realidade brutal de um aborto talvez pensasse duas vezes.
Para o espírito científico do CMF só é Vida humana (assim mesmo, com V grande) um “homem (agora com H pequeno vá-se lá saber porquê) com consciência, com projectos, com sonhos”. Curioso conceito. Então um doente psíquico ou um deficiente profundo até que ponto é que se enquadram no conceito eugénico de vida humana do CMF? E uma criança que nasce seis meses prematura, antes portanto da “gestação” ter chegado naturalmente ao seu término? E um doente em fase terminal? E outro em fase não tão terminal? E uma criança com oito meses ainda no útero materno? E com sete? Sabe CMF, é que esta coisa de conceitos (e soluções) simples para realidades (e problemas?) difíceis tem muito que se lhe diga...
Calhou ser eu (que não sou, claramente, o mais militante nesta questão aqui no Quinto) a responder ao seu post. E calhou bem. De facto, não podia deixar passar em claro estas afirmações do CMF. São afirmações destas num tema tão delicado como este que demonstram os perigos resultantes das convicções de superioridade moral de uns e outros.
Já disse aqui muitas vezes e repito: tenho sempre muitas dúvidas de quem costuma ter muitas certezas.
FA
segunda-feira, janeiro 26, 2004
EM TERRA DE CEGOS, QUEM TEM UM OLHO É REI
"À esquerda falta claramente um discurso/programa articulado sobre famílias, imigração, identidade nacional, e, claro, insegurança.
É verdade que, numa escala esquerda-direita, a maioria dos portugueses posiciona-se à esquerda.
Só que depois, quando vamos ver as suas prioridades políticas, não encontramos os temas do Bloco, mas sim estes temas que nos habituámos (erradamente) a associar ao Dr. Portas.
Os temas (e o «povo») não são necessariamente de direita; as abordagens é que podem ser. Bem mais idiota do que qualquer cartaz é não querer perceber isto."
Deixando de lado as (discutíveis) considerações político-sociológicas acerca do "posicionamento" do povo, as alfinetadas do costume a Paulo Portas e a constatação a contragosto de que o PS vai a reboque do Bloco, por uma vez, saudamos a lucidez relativa ao reconhecer o divórcio efectivo entre as prioridades da esquerda e as opções e preocupações concretas da população.
O post do FN confirma o que disse n´ "O cativo que os tem cativos".
Estão prisioneiros.
Não só dos arremedos demagógicos do Bloco e da ditadura das minorias, mas dos seus próprios fantasmas.
Por uma vez houve quem abrisse os olhos.
Em terra de cegos...
JV
"À esquerda falta claramente um discurso/programa articulado sobre famílias, imigração, identidade nacional, e, claro, insegurança.
É verdade que, numa escala esquerda-direita, a maioria dos portugueses posiciona-se à esquerda.
Só que depois, quando vamos ver as suas prioridades políticas, não encontramos os temas do Bloco, mas sim estes temas que nos habituámos (erradamente) a associar ao Dr. Portas.
Os temas (e o «povo») não são necessariamente de direita; as abordagens é que podem ser. Bem mais idiota do que qualquer cartaz é não querer perceber isto."
Deixando de lado as (discutíveis) considerações político-sociológicas acerca do "posicionamento" do povo, as alfinetadas do costume a Paulo Portas e a constatação a contragosto de que o PS vai a reboque do Bloco, por uma vez, saudamos a lucidez relativa ao reconhecer o divórcio efectivo entre as prioridades da esquerda e as opções e preocupações concretas da população.
O post do FN confirma o que disse n´ "O cativo que os tem cativos".
Estão prisioneiros.
Não só dos arremedos demagógicos do Bloco e da ditadura das minorias, mas dos seus próprios fantasmas.
Por uma vez houve quem abrisse os olhos.
Em terra de cegos...
JV
EU TENHO DOIS AMORES:
Aparte uma ou outra nota esporádica do Alberto e do Carlos, não tenho visto na blogosfera melómana a homenagem devida ao génio de Stephin Merritt e à insistência do homem em escrever, em doses e ritmo industriais, canções tal qual Deus estabeleceu que deveriam ser: feitas de confissões de amor envergonhadas, metáforas forçadas, lamúrias inconsequentes e melodias perfeitas. Assim mais ou menos como esta:
"LOVE IS LIKE A BOTTLE OF GIN
It makes you blind, it does you in
It makes you think you're pretty tough
It makes you prone to crime and sin
It makes you say things off the cuff
It's very small and made of glass
and grossly overadvertised
It turns a genius into an ass
and makes a fool think that he is wise
It could make you regret your birth
Or turn cartwheels in your best suit
It cost a lot more than it is worth
And yet there is no substitute
They keep it on a higher shelf
The older and more pure it grows
It has no color in itself
But it can make you see rainbows
You can find it on the Bowery
Or you can find it at Elaine's
It makes your words more flowery
It makes the sun shine, makes it rain
And they never put in enough
Love is like a bottle of gin
But a bottle of gin is not like love."
FMS
Aparte uma ou outra nota esporádica do Alberto e do Carlos, não tenho visto na blogosfera melómana a homenagem devida ao génio de Stephin Merritt e à insistência do homem em escrever, em doses e ritmo industriais, canções tal qual Deus estabeleceu que deveriam ser: feitas de confissões de amor envergonhadas, metáforas forçadas, lamúrias inconsequentes e melodias perfeitas. Assim mais ou menos como esta:
"LOVE IS LIKE A BOTTLE OF GIN
It makes you blind, it does you in
It makes you think you're pretty tough
It makes you prone to crime and sin
It makes you say things off the cuff
It's very small and made of glass
and grossly overadvertised
It turns a genius into an ass
and makes a fool think that he is wise
It could make you regret your birth
Or turn cartwheels in your best suit
It cost a lot more than it is worth
And yet there is no substitute
They keep it on a higher shelf
The older and more pure it grows
It has no color in itself
But it can make you see rainbows
You can find it on the Bowery
Or you can find it at Elaine's
It makes your words more flowery
It makes the sun shine, makes it rain
And they never put in enough
Love is like a bottle of gin
But a bottle of gin is not like love."
FMS
UM HOMEM NÃO É DE FERRO: Um dos meus leitores mais engagés partidariamente pergunta-me por que não me atiro com mais frequência ao pescoço de Ferro Rodrigues nestas minhas diatribes bloguistas. Respondo-lhe com sinceridade e com ilustração à acompanhar. Ponho-o a pensar no SG do PS no recente lançamento da campanha anti-Santana do Partido em Lisboa. Ferro anda nisto há muitos anos. Por aquilo que acredita ser o bem de todos nós, recusou o melhor dos seus dias à mulher, aos filhos e ao Gastão. Perdeu tempo, anos de vida, manhãs de preguiça, jogos do Sporting e, a julgar pelo último fim-de-semana, a sanidade mental também. Haja respeito. Não são muitos os que dão tanto pelo País.
FMS
FMS
PIOR ERA CONTINUAR A BATER NO CEGUINHO
Escreve o relativo Filipe, no seu post "O pior cego é aquele que não quer ver":
"As últimas derrotas da esquerda europeia deveram-se mais a erros de gestão poltica do que às políticas económicas."
Ou seja, mais ainda que as políticas económicas erradas, foram os erros políticos que deram lugar à derrota. Ainda bem que aprendemos todos com isso.
DBH
Escreve o relativo Filipe, no seu post "O pior cego é aquele que não quer ver":
"As últimas derrotas da esquerda europeia deveram-se mais a erros de gestão poltica do que às políticas económicas."
Ou seja, mais ainda que as políticas económicas erradas, foram os erros políticos que deram lugar à derrota. Ainda bem que aprendemos todos com isso.
DBH
DIZ-ME QUEM TE APOIA E DIR-TE-EI QUEM ÉS
O Economist publica uma lista, chamada God help America, com as celebridades que apoiam cada um dos candidatos democratas.
Howard Dean: Susan Sarandon, Michael Douglas, etc..
John Edwards: Hootie and the Blowfish, etc...
Wesley Clark: Madonna, Michael Moore, etc..
John Kerry: James Taylor, Carole King, Quincy Jones e... Jerry Seinfeld.
Já era bom ter a Teresa como FLOTUS e ele ser de New Hampshire, mas com o apoio do Seinfeld... Eu votaria Kerry, se fosse democrata.
DBH
O Economist publica uma lista, chamada God help America, com as celebridades que apoiam cada um dos candidatos democratas.
Howard Dean: Susan Sarandon, Michael Douglas, etc..
John Edwards: Hootie and the Blowfish, etc...
Wesley Clark: Madonna, Michael Moore, etc..
John Kerry: James Taylor, Carole King, Quincy Jones e... Jerry Seinfeld.
Já era bom ter a Teresa como FLOTUS e ele ser de New Hampshire, mas com o apoio do Seinfeld... Eu votaria Kerry, se fosse democrata.
DBH
A propósito
CMF (link no anterior post do FA), cá em casa temos o hábito bizarro de dar as boas-vindas, as boas noites e as boas tardes aos nossos amigos, de direita ou de esquerda, altos ou baixos, gordos ou magros, usando para isso o seguinte critério: porque nos apetece.
Agradecemos que vá informando os seus amigos deste nosso costume obscurantista.
Quanto ao resto, muita parra e pouca uva.
JV
CMF (link no anterior post do FA), cá em casa temos o hábito bizarro de dar as boas-vindas, as boas noites e as boas tardes aos nossos amigos, de direita ou de esquerda, altos ou baixos, gordos ou magros, usando para isso o seguinte critério: porque nos apetece.
Agradecemos que vá informando os seus amigos deste nosso costume obscurantista.
Quanto ao resto, muita parra e pouca uva.
JV
Por causa do António
Por causa dele, o CMF catalogou-nos como “direita mais conservadora”. Obrigado CMF. Temos tentado e é bom saber que há por aí quem reconheça o nosso valor.
E blog do CMF? Será de esquerda progressista presumo? Com frases do género “a razão impõe-se à defesa da vida pela sua idiossincrasia”, ou com perguntas acutilantes como “qual será o carácter distintivo da vida humana” é caso para dizer, progressista é pouco e revolucionário um elogio desmerecido.
FA
Por causa dele, o CMF catalogou-nos como “direita mais conservadora”. Obrigado CMF. Temos tentado e é bom saber que há por aí quem reconheça o nosso valor.
E blog do CMF? Será de esquerda progressista presumo? Com frases do género “a razão impõe-se à defesa da vida pela sua idiossincrasia”, ou com perguntas acutilantes como “qual será o carácter distintivo da vida humana” é caso para dizer, progressista é pouco e revolucionário um elogio desmerecido.
FA
10: Dizem-me por aí um tipo com sorte. Que a rapariga que amo tem a beleza de parar o trânsito, uns olhos que tornam pequenino quem encaram de frente, um sorriso capaz de desarmar uma bomba-relógio e a arrogância suprema de me querer só para ela e de se querer só para mim. Não sei. Tudo isso é coisa que me é insondável. Quando se gosta como eu gosto dela, gosta-se e pronto. Muito. E é assim há dez anos.
FMS
FMS
We’ll always have Parris
Mais um excelente artigo do Matthew Parris sobre a elevação do multiculturalismo à categoria de dogma social inatacável.
FA
Mais um excelente artigo do Matthew Parris sobre a elevação do multiculturalismo à categoria de dogma social inatacável.
FA
ESPAÇO NOVIDADES SÓ NO CONTINENTE
Manuel Monteiro é candidato ao Parlamento Europeu
Pois, mas porque é que o Público coloca isto como notícia de última hora?
DBH
Manuel Monteiro é candidato ao Parlamento Europeu
Pois, mas porque é que o Público coloca isto como notícia de última hora?
DBH
domingo, janeiro 25, 2004
HÁ DEZ ANOS ATRÁS,
Andavam os dois na escola e tinham teste de História no dia seguinte. Começaram a namorar numa aula de Educação Visual. No fim do dia ela foi para casa estudar e ele foi jogar à bola.
Passados dez anos dez, continuam o namoro. Ao FMS e à sua namorada faço duas perguntas:
Francisco - Como é que tu sabias que ela ia ficar assim?
Andreia - Mas tu não percebias que ele ia ficar assim???
Parabéns!
DBH
Andavam os dois na escola e tinham teste de História no dia seguinte. Começaram a namorar numa aula de Educação Visual. No fim do dia ela foi para casa estudar e ele foi jogar à bola.
Passados dez anos dez, continuam o namoro. Ao FMS e à sua namorada faço duas perguntas:
Francisco - Como é que tu sabias que ela ia ficar assim?
Andreia - Mas tu não percebias que ele ia ficar assim???
Parabéns!
DBH
TEN YEARS AGO TODAY,
Este era o pop-chart no Reino Unido:
1 D:Ream Things Can Only Get Better
2 Bryan Adams, Rod Stewart & Sting All For Love
3 Toni Braxton Breathe Again
4 K7 Come Baby Come
5 Tori Amos Cornflake Girl
6 Enigma Return To Innocence
7 Culture Beat Anything
8 Chaka Demus & Pliers featuring Jack Radics & Taxi Gang Twist And Shout
9 Haddaway I Miss You
10 Celine Dion The Power Of Love
11 East 17 It's Alright
12 Garth Brooks The Red Strokes / Ain't Going Down
13 Eternal Save Our Love
14 Depeche Mode In Your Room
15 Richard Marx Now And Forever
DBH
Este era o pop-chart no Reino Unido:
1 D:Ream Things Can Only Get Better
2 Bryan Adams, Rod Stewart & Sting All For Love
3 Toni Braxton Breathe Again
4 K7 Come Baby Come
5 Tori Amos Cornflake Girl
6 Enigma Return To Innocence
7 Culture Beat Anything
8 Chaka Demus & Pliers featuring Jack Radics & Taxi Gang Twist And Shout
9 Haddaway I Miss You
10 Celine Dion The Power Of Love
11 East 17 It's Alright
12 Garth Brooks The Red Strokes / Ain't Going Down
13 Eternal Save Our Love
14 Depeche Mode In Your Room
15 Richard Marx Now And Forever
DBH
sexta-feira, janeiro 23, 2004
Isso faz-me lembrar
"Take my advice and try not to be standing anywhere near an activist when he activates himself."
Mark Steyn
The Spectator
March 9, 2002
JV
"Take my advice and try not to be standing anywhere near an activist when he activates himself."
Mark Steyn
The Spectator
March 9, 2002
JV
Pró olho da rua
Uma MP dos Liberais-Democratas (que não são nem verdadeiros liberais nem verdadeiros democratas) foi posta na alheta por causa de um comentário infeliz acerca da possibilidade de ela mesmo se tornar uma terrorista suicida se vivesse na Palestina. O comentário em causa foi: "If I had to live in that situation - and I say that advisedly - I might just consider becoming one myself." Mais sobre isto aqui.
Não pude deixar de pensar como é que em Portugal seria recebida (pelos jornais e restantes comunidade política) esta mesma afirmação se fosse proferida por um político Português de primeira fila (a Dra. Jenny Tonge era front bencher dos Lib-Dems). Sugestões para: oquintodosimperios@hotmail.com
FA
Uma MP dos Liberais-Democratas (que não são nem verdadeiros liberais nem verdadeiros democratas) foi posta na alheta por causa de um comentário infeliz acerca da possibilidade de ela mesmo se tornar uma terrorista suicida se vivesse na Palestina. O comentário em causa foi: "If I had to live in that situation - and I say that advisedly - I might just consider becoming one myself." Mais sobre isto aqui.
Não pude deixar de pensar como é que em Portugal seria recebida (pelos jornais e restantes comunidade política) esta mesma afirmação se fosse proferida por um político Português de primeira fila (a Dra. Jenny Tonge era front bencher dos Lib-Dems). Sugestões para: oquintodosimperios@hotmail.com
FA
quinta-feira, janeiro 22, 2004
Aquele cativo que os tem cativos
(adaptação de Endechas a Bárbara escrava)
Diz o Correio da Manhã de hoje que o ainda Secretário-Geral do PS cativou o Bloco de Esquerda.
A avaliar pela (dita) agenda dos dois partidos, é óbvio que não é o Bloco que está em cativeiro.
JV
(adaptação de Endechas a Bárbara escrava)
Diz o Correio da Manhã de hoje que o ainda Secretário-Geral do PS cativou o Bloco de Esquerda.
A avaliar pela (dita) agenda dos dois partidos, é óbvio que não é o Bloco que está em cativeiro.
JV
quarta-feira, janeiro 21, 2004
I SEE DEAD PEOPLE
Um grupo de rapazes e raparigas com pretensões a heróis de filme cómico-fantástico resolveram apodar-nos de "espasmos fantasmagóricos".
Registando a elegância, não nos surpreende o estilo.
Ainda assim, julgamos tratar-se de um erro.
De facto, no que toca a personagens cinematográficas, as relativas criaturas asselham-se mais a uma encarnação colectiva de Malcolm Crowe, o psicólogo que ajuda diligentemente uma criança atormentada por visões de gente morta.
JV
Um grupo de rapazes e raparigas com pretensões a heróis de filme cómico-fantástico resolveram apodar-nos de "espasmos fantasmagóricos".
Registando a elegância, não nos surpreende o estilo.
Ainda assim, julgamos tratar-se de um erro.
De facto, no que toca a personagens cinematográficas, as relativas criaturas asselham-se mais a uma encarnação colectiva de Malcolm Crowe, o psicólogo que ajuda diligentemente uma criança atormentada por visões de gente morta.
JV
E A PENÉLOPE? NÃO PODIA ANTES PEDIR O DIVÓRCIO E IR TRABALHAR?
"Não terá sido possível usar-se a liberdade artística para o tornar mais adequado à nossa realidade?", pergunta a AMR, relativamente ao Senhor dos Anéis. Pois podia, só que seria um sinal de falta de liberdade, e adaptar à realidade, seria tudo menos artístico.
O que é que AMR não terá compreendido? A obra de Tolkien? O filme? Não, parece antes que não compreendeu, ainda, que as obras literárias não são (não podem ser) adaptadas consoante as nossas causas sociol?gicas.
Porque não retirar tantas mortes a Ricardo III? Porque não retirar os fascistas da Montanha Mágica? E as prostitutas de Joyce? E não será perigoso o retrato da adolescência no Catcher in the Rye? Seria mais adequado à nossa sensibilidade.
Não é a primeira vez que escrevo sobre este assunto. Já referi um texto de Ray Bradbury sobre o assunto, de que volto a transcrever uma parte:
"About two years ago, a letter arrived from a solemn young Vassar lady telling me how much she enjoyed my experiment in space mythology, The Martian Chronicles.
But, she added, wouldn't it be a good idea, this late in time, to rewrite the book inserting more women's characters and roles?
A few years before that I got a certain amount of mail concerning the same Martian book complaining that the blacks in the book were Uncle Toms and why didn't I "do them over"?
Along about then came a note from a Southern white suggesting that I was prejudiced in favor of the blacks and the entire story should be dropped.
I sent a play, Leviathan 99, off to a university theater a month ago. My play is based on the "Moby Dick" mythology, dedicated to Melville, and concerns a rocket crew and a blind space captain who venture forth to encounter a Great White Comet and destroy the destroyer. My drama premiers as an opera in Paris this autumn. But, for now, the university wrote back that they hardly dared to my play - it had no women in it! And the ERA ladies on campus would descend with baseball bats if the drama department even tried!"
Pois. Igual ao que que a Anabela quer, "Aragorn não poderia ter sido mulher?"... Volto a colocar a resposta que Bradbury deu.
"For it is a mad world and it will get madder if we allow the minorities, be they dwarf or giant, orangutan or dolphin, nuclear-head or water-conversationalist, pro-computerologist or Neo-Luddite, simpleton or sage, to interfere with aesthetics. The real world is the playing ground for each and every group, to make or unmake laws. But the tip of the nose of my book or stories or poems is where their rights and my territorial imperatives begin, run and rule. If Mormons do not like my plays, let them write their own. If the Irish hate my Dublin stories, let them rent typewriters. If the Chicano intellectuals wish to re-cut my "Wonderful Ice Cream Suit" so it shapes "Zoot," may the belt unravel and the pants fall.
The point is obvious. There is more than one way to burn a book. And the world is full of people running about with lit matches. Every minority, be it Baptist / Unitarian, Irish / Italian / Octogenarian / Zen Buddhist, Zionist/Seventh-day Adventist, Women's Lib/Republican, Mattachine/FourSquareGospel feel it has the will, the right, the duty to douse the kerosene, light the fuse"
Portanto, se não gosta da história, escreva a Anabela outra. Propôr uma mudança a um livro não é crítica, é censura. Há só um passo de distância entre mudar uma obra literária e a mandar para a fogueira.
DBH
"Não terá sido possível usar-se a liberdade artística para o tornar mais adequado à nossa realidade?", pergunta a AMR, relativamente ao Senhor dos Anéis. Pois podia, só que seria um sinal de falta de liberdade, e adaptar à realidade, seria tudo menos artístico.
O que é que AMR não terá compreendido? A obra de Tolkien? O filme? Não, parece antes que não compreendeu, ainda, que as obras literárias não são (não podem ser) adaptadas consoante as nossas causas sociol?gicas.
Porque não retirar tantas mortes a Ricardo III? Porque não retirar os fascistas da Montanha Mágica? E as prostitutas de Joyce? E não será perigoso o retrato da adolescência no Catcher in the Rye? Seria mais adequado à nossa sensibilidade.
Não é a primeira vez que escrevo sobre este assunto. Já referi um texto de Ray Bradbury sobre o assunto, de que volto a transcrever uma parte:
"About two years ago, a letter arrived from a solemn young Vassar lady telling me how much she enjoyed my experiment in space mythology, The Martian Chronicles.
But, she added, wouldn't it be a good idea, this late in time, to rewrite the book inserting more women's characters and roles?
A few years before that I got a certain amount of mail concerning the same Martian book complaining that the blacks in the book were Uncle Toms and why didn't I "do them over"?
Along about then came a note from a Southern white suggesting that I was prejudiced in favor of the blacks and the entire story should be dropped.
I sent a play, Leviathan 99, off to a university theater a month ago. My play is based on the "Moby Dick" mythology, dedicated to Melville, and concerns a rocket crew and a blind space captain who venture forth to encounter a Great White Comet and destroy the destroyer. My drama premiers as an opera in Paris this autumn. But, for now, the university wrote back that they hardly dared to my play - it had no women in it! And the ERA ladies on campus would descend with baseball bats if the drama department even tried!"
Pois. Igual ao que que a Anabela quer, "Aragorn não poderia ter sido mulher?"... Volto a colocar a resposta que Bradbury deu.
"For it is a mad world and it will get madder if we allow the minorities, be they dwarf or giant, orangutan or dolphin, nuclear-head or water-conversationalist, pro-computerologist or Neo-Luddite, simpleton or sage, to interfere with aesthetics. The real world is the playing ground for each and every group, to make or unmake laws. But the tip of the nose of my book or stories or poems is where their rights and my territorial imperatives begin, run and rule. If Mormons do not like my plays, let them write their own. If the Irish hate my Dublin stories, let them rent typewriters. If the Chicano intellectuals wish to re-cut my "Wonderful Ice Cream Suit" so it shapes "Zoot," may the belt unravel and the pants fall.
The point is obvious. There is more than one way to burn a book. And the world is full of people running about with lit matches. Every minority, be it Baptist / Unitarian, Irish / Italian / Octogenarian / Zen Buddhist, Zionist/Seventh-day Adventist, Women's Lib/Republican, Mattachine/FourSquareGospel feel it has the will, the right, the duty to douse the kerosene, light the fuse"
Portanto, se não gosta da história, escreva a Anabela outra. Propôr uma mudança a um livro não é crítica, é censura. Há só um passo de distância entre mudar uma obra literária e a mandar para a fogueira.
DBH
Se a moda pega…
Li esta notícia que me trouxe à memória grandes figuras da nossa (longa?) história (mais ou menos?) democrática que passaram grandes tardes em debates acalorados, discursos empolgantes, cerimónias grandiosas ou inaugarações faustosas num estado de consciência, digamos, menos vigilante. Será que podemos pedir a anulação de todos esses actos por clara deficiência da vontade legislativa?
FA
Li esta notícia que me trouxe à memória grandes figuras da nossa (longa?) história (mais ou menos?) democrática que passaram grandes tardes em debates acalorados, discursos empolgantes, cerimónias grandiosas ou inaugarações faustosas num estado de consciência, digamos, menos vigilante. Será que podemos pedir a anulação de todos esses actos por clara deficiência da vontade legislativa?
FA
Obviamente que não!
A propósito do Senhor dos Anéis a AMR (by the way, bem vinda à blogosfera) tece um conjunto de afirmações que se insere numa polémica que já abordámos aqui no Quinto.
A mim não me parece nada óbvio que o Tolkien fosse misógino. Não vejo nada na vida ou obra do senhor em causa que me permita fazer uma afirmação tão categórica como essa sem mais explicações.
Da mesma maneira não acho assim tão óbvio que as referências aos bons no Oeste e aos maus no Leste seja “uma referência ao mundo em que vivemos”. Os bons e os maus tinham de estar nalgum lado da Terra Média. Se fosse Norte e Sul lá teríamos o primeiro e o terceiro mundo. Se fosse Noroeste e Sudeste se calhar eram os Ingleses e os Alemães. E se fosse de um lado de um canal e do outro ou numa península separada por montanhas?
Não vejo igualmente que seja assim tão óbvio que a representação do Gollum no filme seja uma evocação do corpo dos doentes com SIDA. Esta então é a menos óbvia para mim de todas as aliás tão óbvias afirmações da AMR. Além do mais, a ser verdade, não tem nada que ver com o Tolkien mas com o Peter Jackson (outro misógino se calhar).
Eu já li o livro (há muito tempo) e prometo que vou ver o filme (para refrescar a memória). Talvez chegue à conclusão que afinal esta narrativa toda, que começou em meados dos anos trinta como uma história para crianças absolutamente inconsequente, é afinal uma alegoria mais que óbvia a um jogo de futebol ou à crise económica de 1929 ou, quiçá, o mero produto dos devaneios psico-trópicos do autor.
Tenho sempre muitas dúvidas de tantas certezas.
FA
A propósito do Senhor dos Anéis a AMR (by the way, bem vinda à blogosfera) tece um conjunto de afirmações que se insere numa polémica que já abordámos aqui no Quinto.
A mim não me parece nada óbvio que o Tolkien fosse misógino. Não vejo nada na vida ou obra do senhor em causa que me permita fazer uma afirmação tão categórica como essa sem mais explicações.
Da mesma maneira não acho assim tão óbvio que as referências aos bons no Oeste e aos maus no Leste seja “uma referência ao mundo em que vivemos”. Os bons e os maus tinham de estar nalgum lado da Terra Média. Se fosse Norte e Sul lá teríamos o primeiro e o terceiro mundo. Se fosse Noroeste e Sudeste se calhar eram os Ingleses e os Alemães. E se fosse de um lado de um canal e do outro ou numa península separada por montanhas?
Não vejo igualmente que seja assim tão óbvio que a representação do Gollum no filme seja uma evocação do corpo dos doentes com SIDA. Esta então é a menos óbvia para mim de todas as aliás tão óbvias afirmações da AMR. Além do mais, a ser verdade, não tem nada que ver com o Tolkien mas com o Peter Jackson (outro misógino se calhar).
Eu já li o livro (há muito tempo) e prometo que vou ver o filme (para refrescar a memória). Talvez chegue à conclusão que afinal esta narrativa toda, que começou em meados dos anos trinta como uma história para crianças absolutamente inconsequente, é afinal uma alegoria mais que óbvia a um jogo de futebol ou à crise económica de 1929 ou, quiçá, o mero produto dos devaneios psico-trópicos do autor.
Tenho sempre muitas dúvidas de tantas certezas.
FA
terça-feira, janeiro 20, 2004
CHECK POINT CHARITY
Ao vir trabalhar passo pelo cruzamento no alto da Av. das Forças Armadas, onde todos os dias sou saudado por várias pessoas, de várias instituições ou mesmo particulares, a pedirem uma ajudazinha.
A Cruz Vermelha Portuguesa, núcleo de não sei bem donde, Revista Cais, Bombeiros Voluntários d'outro sítio qualquer, moldovos e vendedores entusiastas de lenços de papel ou pensos rápidos, abordam-me e pedem uma contribuiçãozinha. Curiosamente sem qualquer conflito nem nenhum "dono da rua".
Isto de um cruzamento ter seis faixas de rodagem é uma oportunidade. Mas não deixa de fazer impressão, apesar de mais parecer um peditório de centro comercial do que simples mendicidade.
DBH
Ao vir trabalhar passo pelo cruzamento no alto da Av. das Forças Armadas, onde todos os dias sou saudado por várias pessoas, de várias instituições ou mesmo particulares, a pedirem uma ajudazinha.
A Cruz Vermelha Portuguesa, núcleo de não sei bem donde, Revista Cais, Bombeiros Voluntários d'outro sítio qualquer, moldovos e vendedores entusiastas de lenços de papel ou pensos rápidos, abordam-me e pedem uma contribuiçãozinha. Curiosamente sem qualquer conflito nem nenhum "dono da rua".
Isto de um cruzamento ter seis faixas de rodagem é uma oportunidade. Mas não deixa de fazer impressão, apesar de mais parecer um peditório de centro comercial do que simples mendicidade.
DBH
segunda-feira, janeiro 19, 2004
O RACIONAL DA COSTA
O Dr. António Costa apontou como motivo para se candidatar ao Parlamento Europeu a "racionalidade do debate" existente naquela câmara.
No Parlamento português - acrescentou - existe "excesso de produção legislativa e de má legislação", sendo o debate "pouco estimulante".
Pois.
A título de exemplo, aqui ficam alguns dos temas estimulantes discutidos na última sessão plenária do PE:
- Relatório Proinsias De Rossa (A5-0355/2003) - Comércio ilegal de carne de animais selvagens
Sobre a protecção e conservação dos grandes símios e de outras espécies ameaçadas pelo comércio ilegal de carne de animais selvagens;
- Recomendação para segunda leitura Mauro Nobilia (A5-0455/2003) - Detergentes
Referente à posição comum adoptada pelo Conselho tendo em vista a adopção de um regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos detergentes;
- Relatório Joseph Daul (A5-0482/2003) - Regime comunitário de protecção das variedades vegetais
Sobre a proposta de regulamento do Conselho que altera o Regulamento (CE) n.º 2100/94 relativo ao regime comunitário de protecção das variedades vegetais;
- Relatório Yves Piétrasanta (A5-0439/2003) - Medidas de conservação para certas unidades populacionais de grandes migradores
Sobre uma proposta alterada de regulamento do Conselho que altera o Regulamento (CE) nº 973/2001 que estabelece medidas técnicas de conservação para certas unidades populacionais de grandes migradores;
- Relatório Mikko Pesälä (A5-0463/2003) - Agricultura árctica
Sobre a agricultura árctica.
Acredito na sinceridade profunda das suas palavras, Dr. António Costa, por isso acho que está na altura de alguém lhe dizer que está enganado.
Vai ver que não vai estranhar nada com a mudança...
JV
O Dr. António Costa apontou como motivo para se candidatar ao Parlamento Europeu a "racionalidade do debate" existente naquela câmara.
No Parlamento português - acrescentou - existe "excesso de produção legislativa e de má legislação", sendo o debate "pouco estimulante".
Pois.
A título de exemplo, aqui ficam alguns dos temas estimulantes discutidos na última sessão plenária do PE:
- Relatório Proinsias De Rossa (A5-0355/2003) - Comércio ilegal de carne de animais selvagens
Sobre a protecção e conservação dos grandes símios e de outras espécies ameaçadas pelo comércio ilegal de carne de animais selvagens;
- Recomendação para segunda leitura Mauro Nobilia (A5-0455/2003) - Detergentes
Referente à posição comum adoptada pelo Conselho tendo em vista a adopção de um regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos detergentes;
- Relatório Joseph Daul (A5-0482/2003) - Regime comunitário de protecção das variedades vegetais
Sobre a proposta de regulamento do Conselho que altera o Regulamento (CE) n.º 2100/94 relativo ao regime comunitário de protecção das variedades vegetais;
- Relatório Yves Piétrasanta (A5-0439/2003) - Medidas de conservação para certas unidades populacionais de grandes migradores
Sobre uma proposta alterada de regulamento do Conselho que altera o Regulamento (CE) nº 973/2001 que estabelece medidas técnicas de conservação para certas unidades populacionais de grandes migradores;
- Relatório Mikko Pesälä (A5-0463/2003) - Agricultura árctica
Sobre a agricultura árctica.
Acredito na sinceridade profunda das suas palavras, Dr. António Costa, por isso acho que está na altura de alguém lhe dizer que está enganado.
Vai ver que não vai estranhar nada com a mudança...
JV
RENDIÇÃO INCONDICIONAL
A RTP noticiou que uma universidade britânica tinha digitalizado centenas de fotografias tiradas pela RAF durante a SEgunda Guerra Mundial.
A voz, em off, explicava:
"Esta imagem de fumo constante e de filas de pessoas foi tirada sobre Auschwitz"
"Esta outra regista a cidade de Omaha, na altura da invasão da Normandia"...
Talvez não fosse pior que os chefes de redacção ou coisa que o valha explicassem aos iluminados que escrevem estas peças que a cidade de Omaha fica um tanto ou quanto longe de Omaha beach.
A isto chama-se rendição incondicional.
JV
A RTP noticiou que uma universidade britânica tinha digitalizado centenas de fotografias tiradas pela RAF durante a SEgunda Guerra Mundial.
A voz, em off, explicava:
"Esta imagem de fumo constante e de filas de pessoas foi tirada sobre Auschwitz"
"Esta outra regista a cidade de Omaha, na altura da invasão da Normandia"...
Talvez não fosse pior que os chefes de redacção ou coisa que o valha explicassem aos iluminados que escrevem estas peças que a cidade de Omaha fica um tanto ou quanto longe de Omaha beach.
A isto chama-se rendição incondicional.
JV
quinta-feira, janeiro 15, 2004
QUAL É COISA, QUAL É ELA, QUE, ANTES DE SER, JÁ O ERA?
A Pescada.
Posts de pescada, para ser mais preciso.
Aqui a tropa - apesar de não concordar com o pressuposto - agradece o elogio.
Boa maré!
JV
A Pescada.
Posts de pescada, para ser mais preciso.
Aqui a tropa - apesar de não concordar com o pressuposto - agradece o elogio.
Boa maré!
JV
OBRAS COERCIVAS: Amigos e correlegionários diversos perguntam-me frequentemente o porquê de o site do CDS-PP estar em construção desde tempos imemoriais. Tenho respondido invariavelmente que ignoro a razão e que a preguicite antropológica que distingue o conservador me parece desculpa pouco consistente. Quando vim para Lisboa, porém, descobri que é jogada. Não se admirem se um dia destes virem uma homepage com o seguinte dizer: "OBRAS COERCIVAS - Por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, em substituição do particular". . Portanto, a CML constrói o site, manda a conta e, se o Dr. Santana se eleger Presidente, esquece o assunto.
FMS
FMS
MORNING GLORY: A nostalgia do Nuno Costa Santos, que também é a minha, pôs-me de lágrima ao canto do olho. Em pleno local de trabalho, para quem quisesse ver. Não se faz.
FMS
FMS
quarta-feira, janeiro 14, 2004
A NÚNCIO
Grande artigo de Vasco Graça Moura sobre a nova casta de Intocáveis.
Ao contrário da original, esta julga-se no topo da pirâmide social.
JV
Grande artigo de Vasco Graça Moura sobre a nova casta de Intocáveis.
Ao contrário da original, esta julga-se no topo da pirâmide social.
JV
O fandango do camarada
Caro Daniel,
Para nós, "camaradas" só na tropa, fandanga ou não.
"Companheiros" soa a novas modalidades de agrupamento familiar.
"Amigos" é sempre menos mau e a tal diplomacia fica assegurada.
Os que são sabem que o são, os que não são julgam que o são e os que não são e nem julgam que o são ficam na mesma.
Aos amigos, tratamo-los pelo nome.
Pena que a aprendizagem seja tão confessadamente sectária.
JV
Caro Daniel,
Para nós, "camaradas" só na tropa, fandanga ou não.
"Companheiros" soa a novas modalidades de agrupamento familiar.
"Amigos" é sempre menos mau e a tal diplomacia fica assegurada.
Os que são sabem que o são, os que não são julgam que o são e os que não são e nem julgam que o são ficam na mesma.
Aos amigos, tratamo-los pelo nome.
Pena que a aprendizagem seja tão confessadamente sectária.
JV
Espaço RTC (lembram-se?)
O Abrupto abriu hoje o dia com este post sobre provérbios meteorológicos populares. Para não ficar atrás (e por razões quasi-familiares) sugerimos este livro aos nossos leitores. Já vai na enésima edição (a próxima sai daqui a pouco) e é concerteza o mais completo adagiário meteorológico editado em Portugal.
...além do mais, o Dr. Costa Alves faz hoje anos. Parabéns!
FA
O Abrupto abriu hoje o dia com este post sobre provérbios meteorológicos populares. Para não ficar atrás (e por razões quasi-familiares) sugerimos este livro aos nossos leitores. Já vai na enésima edição (a próxima sai daqui a pouco) e é concerteza o mais completo adagiário meteorológico editado em Portugal.
...além do mais, o Dr. Costa Alves faz hoje anos. Parabéns!
FA
CARO NUNO COSTA SANTOS:
O Noel Gallagher não só não partiu a aparelhagem com uma cerveja como passou a tocar ao vivo a versão da Wonderwall do Ryan Adams (em Salamanca foi magnífico), menino de quem, alíás, se tornou muito matey . A dita reinterpretação do clássico dos Oasis não é, portanto, uma brincadeira em tom jocoso, mas a homenagem devida a uma das bandas que mais influenciaram Ryan Adams (cfr. os agradecimentos pessoais no Gold).
Isto de eu ser de direita, do FCP e gostar de Oasis, por vezes faz-me perguntar se terei lugar neste mundo. Ou no outro.
FMS
O Noel Gallagher não só não partiu a aparelhagem com uma cerveja como passou a tocar ao vivo a versão da Wonderwall do Ryan Adams (em Salamanca foi magnífico), menino de quem, alíás, se tornou muito matey . A dita reinterpretação do clássico dos Oasis não é, portanto, uma brincadeira em tom jocoso, mas a homenagem devida a uma das bandas que mais influenciaram Ryan Adams (cfr. os agradecimentos pessoais no Gold).
Isto de eu ser de direita, do FCP e gostar de Oasis, por vezes faz-me perguntar se terei lugar neste mundo. Ou no outro.
FMS
terça-feira, janeiro 13, 2004
SEE NO EVIL, HEAR NO EVIL
O cadáver político mais o/adiado das Caraíbas resolveu dar mais um ar da sua graça: fez aprovar uma lei que limita o acesso dos cidadãos à Internet, "que fica reservado a funcionários públicos, funcionários do Partido Comunista e médicos".
Que livres e felizes e cultos e informados são os cubanos, graças à Revolução.
JV
O cadáver político mais o/adiado das Caraíbas resolveu dar mais um ar da sua graça: fez aprovar uma lei que limita o acesso dos cidadãos à Internet, "que fica reservado a funcionários públicos, funcionários do Partido Comunista e médicos".
Que livres e felizes e cultos e informados são os cubanos, graças à Revolução.
JV
DIA DA RAÇA
Saudamos com patriótica comoção o cão-de-gado- transmontano e o cão-barbado-da-terceira que vão dar novos mundos ao mundo cinófilo.
JV
Saudamos com patriótica comoção o cão-de-gado- transmontano e o cão-barbado-da-terceira que vão dar novos mundos ao mundo cinófilo.
JV
O Optimista Antropológico
O DBH perguntou ao Daniel Oliveira como é que se tratavam os bloquistas.
Admite, portanto, que tenham cura.
JV
O DBH perguntou ao Daniel Oliveira como é que se tratavam os bloquistas.
Admite, portanto, que tenham cura.
JV
segunda-feira, janeiro 12, 2004
ESPAÇO JOAQUIM FURTADO
Recebemos a seguinte correcção:
"Caros companheiros do No Quinto dos Impérios,
Agraço que corrijam o vosso post onde me atribuem um texto de um comentador com o nome de _achtung. Até porque eu não escreveria tal coisa. Como depreendo que se trata de um erro involuntário, não o desminto no meu blogue. Corrijam vocês no vosso.
Abraços
Daniel Oliveira"
Fica aqui a correcção. O post referido é o Barnabé's Law Review.
Quanto a isso dos "companheiros" soa um pouco a social-democrata... O PCP e o PS são "camaradas", no PSD é como o Daniel escreve, no CDS é "amigos", como é que se tratam os bloquistas?
Um abraço,
DBH
Recebemos a seguinte correcção:
"Caros companheiros do No Quinto dos Impérios,
Agraço que corrijam o vosso post onde me atribuem um texto de um comentador com o nome de _achtung. Até porque eu não escreveria tal coisa. Como depreendo que se trata de um erro involuntário, não o desminto no meu blogue. Corrijam vocês no vosso.
Abraços
Daniel Oliveira"
Fica aqui a correcção. O post referido é o Barnabé's Law Review.
Quanto a isso dos "companheiros" soa um pouco a social-democrata... O PCP e o PS são "camaradas", no PSD é como o Daniel escreve, no CDS é "amigos", como é que se tratam os bloquistas?
Um abraço,
DBH
A FRONTALIDADE ESQUIVA DE UM HOMEM GRANDE
O divertido Guterres 2006 publicou um post de um leitor que não resisto a transcrever:
"Trabalhei bastante "perto" de António Guterres, e todos os dias sem excepção via nele, um Homem com um H Grande, pela sua elevada capacidade humana, generosa até.
Um Homem com sentimentos, um Homem que sempre tentou e muitas vezes consegui governar para o POVO.
Saiu, porque teve a "coragem" de encarar o problema de frente.
É este o Homem que terá de ter o voto de todos os portugueses que tiveram um ALTO nas suas vidas com a governação dele.
Nunca a classe média saiu tão beneficiada com a governação de António Guterres.
È essa mesma classe média, que terá agora a obrigação de um colocar como arbitro no jogo da vida da sociedade portuguesa.
Ele é o garante da democracia.
Pedro Ledo"
Ficámos a saber várias coisas:
1 - Este blog ainda não recebeu o devido reconhecimento pelo contributo que tem dado ao humor nacional;
2 - Tal como muitos jogadores de futebol, Guterres é um homem com "h" grande, pela sua elevada capacidade humana (sic). Desconhece-se o que isso queira dizer, mas é bonito;
3 - Guterres tentou sempre governar (ao que parece para o "povo" só em maiúsculas);
4- Guterres saiu (do Governo, presume-se) porque teve a "coragem" (as aspas vêm a propósito) de encarar o problema (que não sabemos qual é, nem ele alguma vez o identificou) de frente. O paradoxo da frontalidade na fuga é, de facto, património dos grandes socialistas;
5 - Guterres merece o voto de quem teve um ALTO (?) na vida com a sua governação. Admitindo que ALTO não quer dizer interrupção, o Engenheiro pode contar com os votos da máquina rosa;
6- A frase "Nunca a classe média saiu tão beneficiada com a governação de António Guterres." demonstra uma independência e grandeza de espírito insuspeitas num adulador de serviço. Regista-se este reconhecimento expresso;
7- Depois da fuga, do diálogo e das asneiras do senhor, a "classe média" ( e não o "povo" com maiúsculas, note-se) tem ainda a "obrigação" de o guindar à posição de árbitro "no jogo da vida da sociedade portuguesa" (belo naco de prosa). Não, obrigado. Nem obrigado!;
8-Guterres escolheu evidentemente mal os que trabalharam (ou dizem que trabalharam) bastante "perto" de si...
Obrigado, Guterres 2006!
Pode contar com o meu voto.
O prémio de site cómico de 2004 já ninguém lho tira.
JV
O divertido Guterres 2006 publicou um post de um leitor que não resisto a transcrever:
"Trabalhei bastante "perto" de António Guterres, e todos os dias sem excepção via nele, um Homem com um H Grande, pela sua elevada capacidade humana, generosa até.
Um Homem com sentimentos, um Homem que sempre tentou e muitas vezes consegui governar para o POVO.
Saiu, porque teve a "coragem" de encarar o problema de frente.
É este o Homem que terá de ter o voto de todos os portugueses que tiveram um ALTO nas suas vidas com a governação dele.
Nunca a classe média saiu tão beneficiada com a governação de António Guterres.
È essa mesma classe média, que terá agora a obrigação de um colocar como arbitro no jogo da vida da sociedade portuguesa.
Ele é o garante da democracia.
Pedro Ledo"
Ficámos a saber várias coisas:
1 - Este blog ainda não recebeu o devido reconhecimento pelo contributo que tem dado ao humor nacional;
2 - Tal como muitos jogadores de futebol, Guterres é um homem com "h" grande, pela sua elevada capacidade humana (sic). Desconhece-se o que isso queira dizer, mas é bonito;
3 - Guterres tentou sempre governar (ao que parece para o "povo" só em maiúsculas);
4- Guterres saiu (do Governo, presume-se) porque teve a "coragem" (as aspas vêm a propósito) de encarar o problema (que não sabemos qual é, nem ele alguma vez o identificou) de frente. O paradoxo da frontalidade na fuga é, de facto, património dos grandes socialistas;
5 - Guterres merece o voto de quem teve um ALTO (?) na vida com a sua governação. Admitindo que ALTO não quer dizer interrupção, o Engenheiro pode contar com os votos da máquina rosa;
6- A frase "Nunca a classe média saiu tão beneficiada com a governação de António Guterres." demonstra uma independência e grandeza de espírito insuspeitas num adulador de serviço. Regista-se este reconhecimento expresso;
7- Depois da fuga, do diálogo e das asneiras do senhor, a "classe média" ( e não o "povo" com maiúsculas, note-se) tem ainda a "obrigação" de o guindar à posição de árbitro "no jogo da vida da sociedade portuguesa" (belo naco de prosa). Não, obrigado. Nem obrigado!;
8-Guterres escolheu evidentemente mal os que trabalharam (ou dizem que trabalharam) bastante "perto" de si...
Obrigado, Guterres 2006!
Pode contar com o meu voto.
O prémio de site cómico de 2004 já ninguém lho tira.
JV
LES MAUVAIS ESPRITS SE RENCONTRENT
Abstraindo do enxovalho de ter sido ignorado aí no burgo, eis que o nosso PC visita o Império do Meio.
Mais um daqueles países que o galhofeiro Bernardino tem dúvidas se não serão democráticos…
JV
Abstraindo do enxovalho de ter sido ignorado aí no burgo, eis que o nosso PC visita o Império do Meio.
Mais um daqueles países que o galhofeiro Bernardino tem dúvidas se não serão democráticos…
JV
FORUM SOCIAL: HASTA LA VICTÓRIA SIEMPRE!
Para quem ainda acredite que o Forum Social Mundial não é uma organização ideologicamente corrupta:
Segundo o repórter social:
"Site do Fórum Social Mundial remete a jornal oficial cubano
Entre apenas seis dicas de “sites relacionados” no sítio oficial do IV Fórum Social Mundial, na Índia, quatro relacionam-se a sítios relacionados a fóruns sociais – o europeu, o irlandês, o austríaco e o grego. Outros dois, o www.granma.cu e o www.internationalsocialists.org, são as excepções.
O site cubano é o veículo oficial do Partido Comunista da ilha. O sítio socialista traz mensagens contra a guerra e contra o capitalismo.
O oitavo item da Carta de Princípios do Fórum Social Mundial – que pode ser lida na versão em português do site oficial do evento - define o FSM como “um espaço aberto de encontro, plural e diversificado, não confessional, não governamental e não partidário".
Pois.
Ainda hoje no Público, sobre Fidel, se escreve:
"controla rigidamente todos os meios de comunicação social, impedindo os jornalistas de relatarem tudo aquilo que possa ser considerado propaganda contra o regime, que é de cariz marxista"
Pois. É caso para dizer: Como é que é, ó Barnabé?
DBH
Para quem ainda acredite que o Forum Social Mundial não é uma organização ideologicamente corrupta:
Segundo o repórter social:
"Site do Fórum Social Mundial remete a jornal oficial cubano
Entre apenas seis dicas de “sites relacionados” no sítio oficial do IV Fórum Social Mundial, na Índia, quatro relacionam-se a sítios relacionados a fóruns sociais – o europeu, o irlandês, o austríaco e o grego. Outros dois, o www.granma.cu e o www.internationalsocialists.org, são as excepções.
O site cubano é o veículo oficial do Partido Comunista da ilha. O sítio socialista traz mensagens contra a guerra e contra o capitalismo.
O oitavo item da Carta de Princípios do Fórum Social Mundial – que pode ser lida na versão em português do site oficial do evento - define o FSM como “um espaço aberto de encontro, plural e diversificado, não confessional, não governamental e não partidário".
Pois.
Ainda hoje no Público, sobre Fidel, se escreve:
"controla rigidamente todos os meios de comunicação social, impedindo os jornalistas de relatarem tudo aquilo que possa ser considerado propaganda contra o regime, que é de cariz marxista"
Pois. É caso para dizer: Como é que é, ó Barnabé?
DBH
AGRADECIMENTO: Mil obrigados ao Bruno Alves por nos ter colocado na magnífica lista de links do seu Desesperada Esperança.
Quando a malta arranjar tempo e se organizar para arranjar aqui o tasco (coisa difícil de conceber num ajuntamento de direitistas - provavelmente vamos mas é jantar e pronto), o Bruno terá o seu lugarzinho reservado aqui ao lado.
FMS
Quando a malta arranjar tempo e se organizar para arranjar aqui o tasco (coisa difícil de conceber num ajuntamento de direitistas - provavelmente vamos mas é jantar e pronto), o Bruno terá o seu lugarzinho reservado aqui ao lado.
FMS
BATE CERTO:
Pelos vistos, John McEnroe era consumidor frequente de esteróides para cavalo.
John McEnroe é casado com a cantora Patti Smith.
Patti Smith possui a aparência de um cavalo e tem como coroa de glória de toda a carreira um álbum chamado, precisamente, Horses.
O mundo começa, lentamente, a fazer sentido.
FMS
Pelos vistos, John McEnroe era consumidor frequente de esteróides para cavalo.
John McEnroe é casado com a cantora Patti Smith.
Patti Smith possui a aparência de um cavalo e tem como coroa de glória de toda a carreira um álbum chamado, precisamente, Horses.
O mundo começa, lentamente, a fazer sentido.
FMS
Leitura de Sábado
Mais um excelente artigo de Matthew Parris no Times do passado Sábado sobre o Iraque, o Congo e o Vietname e os perigos que a conveniência na política interna representam para a condução de uma política externa responsável.
FA
Mais um excelente artigo de Matthew Parris no Times do passado Sábado sobre o Iraque, o Congo e o Vietname e os perigos que a conveniência na política interna representam para a condução de uma política externa responsável.
FA
sexta-feira, janeiro 09, 2004
Com os copos
A TVI alertou hoje a lusa mocidade para os perigos do copo.
Desiludam-se os que julgam que a estação de Queluz possa ter abraçado uma acção pedagógica contra o alcoolismo.
Nada disso.
Foi apenas uma interessante e útil reportagem acerca dos riscos inerentes à prática do "jogo do copo".
Feito com papelinhos e o tal copo (vazio) no meio de uma mesa, a brincadeira é causadora de múltiplos infortúnios a jovens aprendizes de feiticeiro, devido à libertação variada de espíritos, almas e criaturas endemoninhadas que alegadamente provoca.
Os profissionais do ramo confirmam.
Alertando bastas vezes para o nefasto procedimento, a sacerdotisa Moura Guedes não resistiu a dar a receita àqueles que a quiserem experimentar...
JV
A TVI alertou hoje a lusa mocidade para os perigos do copo.
Desiludam-se os que julgam que a estação de Queluz possa ter abraçado uma acção pedagógica contra o alcoolismo.
Nada disso.
Foi apenas uma interessante e útil reportagem acerca dos riscos inerentes à prática do "jogo do copo".
Feito com papelinhos e o tal copo (vazio) no meio de uma mesa, a brincadeira é causadora de múltiplos infortúnios a jovens aprendizes de feiticeiro, devido à libertação variada de espíritos, almas e criaturas endemoninhadas que alegadamente provoca.
Os profissionais do ramo confirmam.
Alertando bastas vezes para o nefasto procedimento, a sacerdotisa Moura Guedes não resistiu a dar a receita àqueles que a quiserem experimentar...
JV
quinta-feira, janeiro 08, 2004
Encontrei um optimista
O camarada Ângelo Neves:
"Falando de esperança, uma palavra final especial para a nação cubana, o seu povo e o Partido Comunista de Cuba que comemoraram nesta passagem de ano o 45.º aniversário da sua revolução socialista.
Tal como eles seguiremos adiante, em luta, para que todos possamos um dia ter um Natal e um novo ano que de todos será. ".
"Todos possamos um dia ter um Natal"?!
Dada a natureza opiácea que estes rapazes atribuiam historicamente à religião e às suas manifestações, presume-se que o camarada em questão faça parte de um núcleo marxista toxicodependente.
Talvez por efeito dos estupefacientes, acabou por não explicar qual é a "palavra especial" que dedicou:
1 - à nação cubana;
2 - ao povo cubano;
3 - ao PC de Cuba;
aqui fica uma sugestão:
1 - Honra;
2 - Liberdade;
3 - Justiça.
Só no dia que se julgar o PC de Cuba pelos seus crimes se restituirá a Honra e a Liberdade àquele país.
JV
O camarada Ângelo Neves:
"Falando de esperança, uma palavra final especial para a nação cubana, o seu povo e o Partido Comunista de Cuba que comemoraram nesta passagem de ano o 45.º aniversário da sua revolução socialista.
Tal como eles seguiremos adiante, em luta, para que todos possamos um dia ter um Natal e um novo ano que de todos será. ".
"Todos possamos um dia ter um Natal"?!
Dada a natureza opiácea que estes rapazes atribuiam historicamente à religião e às suas manifestações, presume-se que o camarada em questão faça parte de um núcleo marxista toxicodependente.
Talvez por efeito dos estupefacientes, acabou por não explicar qual é a "palavra especial" que dedicou:
1 - à nação cubana;
2 - ao povo cubano;
3 - ao PC de Cuba;
aqui fica uma sugestão:
1 - Honra;
2 - Liberdade;
3 - Justiça.
Só no dia que se julgar o PC de Cuba pelos seus crimes se restituirá a Honra e a Liberdade àquele país.
JV
Isto também não é
É sobre o pessimismo.
Ao que parece estamos entre os cinco mais do mundo. No top five.
Nada mau, hein?
Ombreamos com as lúcidas civilizações eslovaca, grega, polaca e equatoriana.
Finalmente um resultado animador!
... sobretudo se considerarmos que, entre os contentinhos do planeta, estão o Vietname, Hong Kong, o Kosovo (Já é país?), a Geórgia e o Azerbeijão...
JV
É sobre o pessimismo.
Ao que parece estamos entre os cinco mais do mundo. No top five.
Nada mau, hein?
Ombreamos com as lúcidas civilizações eslovaca, grega, polaca e equatoriana.
Finalmente um resultado animador!
... sobretudo se considerarmos que, entre os contentinhos do planeta, estão o Vietname, Hong Kong, o Kosovo (Já é país?), a Geórgia e o Azerbeijão...
JV
Isto não é um post sobre a Casa Pia
Tenho uma sugestão no que se prende com a violação do segredo de justiça por parte dos orgãos de comunicação social em Portugal. Porque é que não se faz como aqui em Inglaterra em que os órgãos de comunicação social estão proibidos de relatar factos abrangidos pelo sigílo próprio da investigação criminal. Isto, claro, a não ser relatar aquilo que a própria autoridade judiciária em causa comunica ao público, oficialmente, e apenas naqueles casos em que o interesse público assim o justifica (normalmente respondendo à pressão por parte dos media).
Somos assim confrontados muitas vezes com imensos detalhes dos casos (suficientes para satisfazer a curiosidade e vender uns quantos jornais) mas sem saber outros para proteger exactamente a honra e o bom nome dos suspeitos, arguidos ou acusados. Se um jornal ou televisão se chega à frente com nomes arrisca-se muitas vezes a levar com um processo por difamação e/ou violação do segredo de justiça que pode passar por ter as impressoras paradas e o sinal de TV desligado.
Não é censura, é bom–senso.
FA
Tenho uma sugestão no que se prende com a violação do segredo de justiça por parte dos orgãos de comunicação social em Portugal. Porque é que não se faz como aqui em Inglaterra em que os órgãos de comunicação social estão proibidos de relatar factos abrangidos pelo sigílo próprio da investigação criminal. Isto, claro, a não ser relatar aquilo que a própria autoridade judiciária em causa comunica ao público, oficialmente, e apenas naqueles casos em que o interesse público assim o justifica (normalmente respondendo à pressão por parte dos media).
Somos assim confrontados muitas vezes com imensos detalhes dos casos (suficientes para satisfazer a curiosidade e vender uns quantos jornais) mas sem saber outros para proteger exactamente a honra e o bom nome dos suspeitos, arguidos ou acusados. Se um jornal ou televisão se chega à frente com nomes arrisca-se muitas vezes a levar com um processo por difamação e/ou violação do segredo de justiça que pode passar por ter as impressoras paradas e o sinal de TV desligado.
Não é censura, é bom–senso.
FA
quarta-feira, janeiro 07, 2004
Acredita que é verdade
Posso afiançar que o João é um gajo porreiro. Fomos hoje almoçar ao Haz (restaurante Turco aqui na City que recomendo vivamente) e, aliás como sempre quando falo com jornalistas, fiquei com a nítida sensação que ele ficou a saber muito mais sobre mim do que eu sobre ele... Isto não fica assim. Temos de marcar outro almoço!
FA
Posso afiançar que o João é um gajo porreiro. Fomos hoje almoçar ao Haz (restaurante Turco aqui na City que recomendo vivamente) e, aliás como sempre quando falo com jornalistas, fiquei com a nítida sensação que ele ficou a saber muito mais sobre mim do que eu sobre ele... Isto não fica assim. Temos de marcar outro almoço!
FA
terça-feira, janeiro 06, 2004
DESCANSADA
A Rádio Barnabé informa-nos que Edite Estrela foi condenada a pagar 6.000€ (ou 133 dias de prisão) por abuso de poder e quebra do dever de imparcialidade. Segundo o repórter, o Juiz não lhe aplicou a sanção acessória de proibição de concorrer a lugares públicos. Segundo o mesmo jornalista "Edite Estrela pode estar descansada que pode concorrer a presidente da República". A Edite pode, mas nós não.
DBH
A Rádio Barnabé informa-nos que Edite Estrela foi condenada a pagar 6.000€ (ou 133 dias de prisão) por abuso de poder e quebra do dever de imparcialidade. Segundo o repórter, o Juiz não lhe aplicou a sanção acessória de proibição de concorrer a lugares públicos. Segundo o mesmo jornalista "Edite Estrela pode estar descansada que pode concorrer a presidente da República". A Edite pode, mas nós não.
DBH
You got it all wrong mate
Na sua crónica no DN de hoje, José Medeiros Ferreira inquieta-se com o avanço da Direita e com aquilo que entende consituir uma tentativa dissimulada de mudança de regime em Portugal pela perigosíssima (e extremista) Direita que, a talho de foice, quereria também eliminar o PS rumo à dominação total e ao autoritarismo. Ainda dizem que a Direita é que tem a mania da perseguição!
Em primeiro lugar, e mais por uma precisão de conceitos do que outra coisa qualquer, importa dizer que JMF (certamente por razões estilísticas) parece confundir modelo político com regime político. Da última vez que olhei para os meus manuais de Ciência Política (nos idos de 1997 ou coisa que o valha) esses dois conceitos eram coisas muito diferentes. Se à rotatividade PS-PSD se sucede agora um período em que umja coligação PSD-CDS governa o País e faz (para variar) algumas reformas estruturais estaremos só por isso perante uma mudança de regime político?
Que eu saiba ainda vivemos numa República semi-presidencialista, as eleições legislativas ainda têm lugar de 4 em 4 anos, a imprensa é livre, os cidadãos também, a função pública (não) funciona como sempre (não) funcionou em Portugal, a economia idem aspas...
Que eu saiba (os tais manuais diziam isso) a democracia implica que de 4 em 4 anos, se os eleitores assim decidirem, muda tudo de cadeiras, mudam as políticas, fazem-se umas leis novas. Isto não é mudança de regime político, não é tentativa de eliminação política de quem, circunstancialmente, está na oposição. Chama-se alternância democrática e o JMF “better get used to it” que já vivemos em democracia há mais de 25 anos.
No que toca ao Código do Trabalho e à revisão da Constituição, exemplos aliás avançados pelo próprio JMF. Será que o JMF também entende que sempre que os governos PS mudaram o Código do Trabalho, alteraram a Constituição ou, horror dos horrores, privatizaram empresas públicas procederam a uma mudança de regime? Ou será que só são más as reformas de que não gostamos e que não nos convêm por estratégia politica ou interesse táctico?
Ainda ontem num jantar em casa de uns amigos Italianos tive de explicar que em Portugal ser social-democrata é ser de direita, que temos uma Constituição com 300 artigos e um Código de Trabalho que faria chorar de orgulho o Lenine (antes de ter que realmente governar um país) mas que, ao mesmo tempo, queremos ser da UE, da moeda única, queremos o TGV (em Pi deitado de preferência) e ser um país do “pelotão da frente”. Expliquei-lhes enfim que a esquizofrenia político-social é o hobby nacional.
FA
Na sua crónica no DN de hoje, José Medeiros Ferreira inquieta-se com o avanço da Direita e com aquilo que entende consituir uma tentativa dissimulada de mudança de regime em Portugal pela perigosíssima (e extremista) Direita que, a talho de foice, quereria também eliminar o PS rumo à dominação total e ao autoritarismo. Ainda dizem que a Direita é que tem a mania da perseguição!
Em primeiro lugar, e mais por uma precisão de conceitos do que outra coisa qualquer, importa dizer que JMF (certamente por razões estilísticas) parece confundir modelo político com regime político. Da última vez que olhei para os meus manuais de Ciência Política (nos idos de 1997 ou coisa que o valha) esses dois conceitos eram coisas muito diferentes. Se à rotatividade PS-PSD se sucede agora um período em que umja coligação PSD-CDS governa o País e faz (para variar) algumas reformas estruturais estaremos só por isso perante uma mudança de regime político?
Que eu saiba ainda vivemos numa República semi-presidencialista, as eleições legislativas ainda têm lugar de 4 em 4 anos, a imprensa é livre, os cidadãos também, a função pública (não) funciona como sempre (não) funcionou em Portugal, a economia idem aspas...
Que eu saiba (os tais manuais diziam isso) a democracia implica que de 4 em 4 anos, se os eleitores assim decidirem, muda tudo de cadeiras, mudam as políticas, fazem-se umas leis novas. Isto não é mudança de regime político, não é tentativa de eliminação política de quem, circunstancialmente, está na oposição. Chama-se alternância democrática e o JMF “better get used to it” que já vivemos em democracia há mais de 25 anos.
No que toca ao Código do Trabalho e à revisão da Constituição, exemplos aliás avançados pelo próprio JMF. Será que o JMF também entende que sempre que os governos PS mudaram o Código do Trabalho, alteraram a Constituição ou, horror dos horrores, privatizaram empresas públicas procederam a uma mudança de regime? Ou será que só são más as reformas de que não gostamos e que não nos convêm por estratégia politica ou interesse táctico?
Ainda ontem num jantar em casa de uns amigos Italianos tive de explicar que em Portugal ser social-democrata é ser de direita, que temos uma Constituição com 300 artigos e um Código de Trabalho que faria chorar de orgulho o Lenine (antes de ter que realmente governar um país) mas que, ao mesmo tempo, queremos ser da UE, da moeda única, queremos o TGV (em Pi deitado de preferência) e ser um país do “pelotão da frente”. Expliquei-lhes enfim que a esquizofrenia político-social é o hobby nacional.
FA
Rápido
Se se despacharem ainda podem encontrar o Quinto dos Impérios no 71º lugar do "top 100 interesting recent blogs".
FA
Se se despacharem ainda podem encontrar o Quinto dos Impérios no 71º lugar do "top 100 interesting recent blogs".
FA
The Barnabé's Law Review
Já sabemos que o DO nasceu e cresceu no seio do Partido Comunista Português (o que levou o Pedro Lomba a justamente perguntar -"Mas será que aquilo tinha condições de higiene?!?"), pelo quando lemos os seus comentários ao post "Podem definir melhor?", pensámos que o bloquista com dois hífens (ex-marxista-leninista, porque isto dos hífens é um sinal da ortodoxia que não se perde) se estava a referir à sua experiência no PCP:
"que executam lavagens ao cérebro e entorpecem os seus seguidores, desviando o ser mais perfeito que conhecemos - O Homem- da sua grandiosidade e convencê-lo a aceitar a infelicidade como estilo de vida, não fazendo valer os seus direitos nem se revoltando contra a submissão, tudo em troca de um qualquer pseudo-ideal de vida"
"Convém também referir que ao longo da sua história cometeu actos ainda mais, muito mais, desprezáveis do que comete hoje e sempre, mas sempre encorajou as dictaduras"
Afinal parece que escrevia sobre a Igreja Católica. Afinal a conversão ainda está longe.
DBH
Já sabemos que o DO nasceu e cresceu no seio do Partido Comunista Português (o que levou o Pedro Lomba a justamente perguntar -"Mas será que aquilo tinha condições de higiene?!?"), pelo quando lemos os seus comentários ao post "Podem definir melhor?", pensámos que o bloquista com dois hífens (ex-marxista-leninista, porque isto dos hífens é um sinal da ortodoxia que não se perde) se estava a referir à sua experiência no PCP:
"que executam lavagens ao cérebro e entorpecem os seus seguidores, desviando o ser mais perfeito que conhecemos - O Homem- da sua grandiosidade e convencê-lo a aceitar a infelicidade como estilo de vida, não fazendo valer os seus direitos nem se revoltando contra a submissão, tudo em troca de um qualquer pseudo-ideal de vida"
"Convém também referir que ao longo da sua história cometeu actos ainda mais, muito mais, desprezáveis do que comete hoje e sempre, mas sempre encorajou as dictaduras"
Afinal parece que escrevia sobre a Igreja Católica. Afinal a conversão ainda está longe.
DBH
teoria política esquizóide
O Terras do Nunca escreveu:
"os blogues de direita fizeram (longas) férias de Natal e Ano Novo, os blogues de esquerda mantiveram-se activos. Alguém discorda?"
Nós. Com 31 posts entre 24 de Dezembro e 2 de Janeiro.
DBH
O Terras do Nunca escreveu:
"os blogues de direita fizeram (longas) férias de Natal e Ano Novo, os blogues de esquerda mantiveram-se activos. Alguém discorda?"
Nós. Com 31 posts entre 24 de Dezembro e 2 de Janeiro.
DBH
THE PRESIDENT THAT NEVER WAS
Ontem passei o dia no Algarve profundo. Sem ter ouvido notícias entrei num táxi às 23h00, logo o condutor me avisa- "Sabe? o Sampaio fez um pronunciamento!"
Confesso que temi o pior.
Afinal o Dr. Jorge Sampaio transmitiu ontem uma justíssima mensagem ao país. A Rádio Barnabé, hoje, foi buscar o "second best": O Doutor Freitas do Amaral no Fórum.
DBH
Ontem passei o dia no Algarve profundo. Sem ter ouvido notícias entrei num táxi às 23h00, logo o condutor me avisa- "Sabe? o Sampaio fez um pronunciamento!"
Confesso que temi o pior.
Afinal o Dr. Jorge Sampaio transmitiu ontem uma justíssima mensagem ao país. A Rádio Barnabé, hoje, foi buscar o "second best": O Doutor Freitas do Amaral no Fórum.
DBH
segunda-feira, janeiro 05, 2004
Ano Novo, Blogs Novos
Começamos o ano com algumas sugestões de leitura de alguns dos blogs que mais recentemente linkaram aqui para o Quinto.
Em primeiro lugar estes rapazes (um deles o irmão mais novo de um dos meus melhores amigos de infância) que cometeram a imprudência de nos colocar na sua bússola... Não deixem de se orientar por eles!
Depois este blog sublime do FCC.
Este também não está nada mau não senhor. Não deixem de o visitar para uma revista de imprensa altamente alternativa.
Já o Telejornal remete-nos para uma realidade ela mesmo alternativa.
O último link proposto é uma actualização. A Isabel teve alguns problemas técnicos por isso fica aqui o recado para irem lá acertar o vosso relógio por um tempo diferente (desta vez com hífen).
Bom ano e boas leituras.
FA
PS - Bendito Technorati!!
Começamos o ano com algumas sugestões de leitura de alguns dos blogs que mais recentemente linkaram aqui para o Quinto.
Em primeiro lugar estes rapazes (um deles o irmão mais novo de um dos meus melhores amigos de infância) que cometeram a imprudência de nos colocar na sua bússola... Não deixem de se orientar por eles!
Depois este blog sublime do FCC.
Este também não está nada mau não senhor. Não deixem de o visitar para uma revista de imprensa altamente alternativa.
Já o Telejornal remete-nos para uma realidade ela mesmo alternativa.
O último link proposto é uma actualização. A Isabel teve alguns problemas técnicos por isso fica aqui o recado para irem lá acertar o vosso relógio por um tempo diferente (desta vez com hífen).
Bom ano e boas leituras.
FA
PS - Bendito Technorati!!
sexta-feira, janeiro 02, 2004
RECUPERAR O TEMPO PERDIDO À MANEIRA:
O título do meu post anterior é uma alusão ao prefácio do "Escrítica Pop", intitulado, precisamente, "À MANEIRA DE UM POST À MANEIRA", e que me remete para essa expressão tão maravilhosa e arqueologicamente típica dos anos 80: "à maneira". Muito me admira que o actual revivalismo eighties não tenha ainda recuperado a moda. Eu cá, desde ontem que não paro de dizer "à maneira". Como, pela idade, a expressão me liga mais aos Ministars do que aos Faíscas, decidi recuperar o tempo perdido:
O Porsche amarelo do Futre era à maneira.
O penteado da Manuela Moura Guedes era mesmo à maneira.
Os caracóis do David Hasselhof eram muito à maneira.
O bigodinho do Rui Veloso ficava-lhe à maneira.
A peúga branca do Zé Cid era muitíssimo à maneira.
O director narigudo daquele semanário que saía às Sextas era bem à maneira.
E então aquele candidato do PPM às Europeias, orelhudo e sempre de lacinho? Esse gajo sim, era mesmo mesmo à maneira.
FMS
O título do meu post anterior é uma alusão ao prefácio do "Escrítica Pop", intitulado, precisamente, "À MANEIRA DE UM POST À MANEIRA", e que me remete para essa expressão tão maravilhosa e arqueologicamente típica dos anos 80: "à maneira". Muito me admira que o actual revivalismo eighties não tenha ainda recuperado a moda. Eu cá, desde ontem que não paro de dizer "à maneira". Como, pela idade, a expressão me liga mais aos Ministars do que aos Faíscas, decidi recuperar o tempo perdido:
O Porsche amarelo do Futre era à maneira.
O penteado da Manuela Moura Guedes era mesmo à maneira.
Os caracóis do David Hasselhof eram muito à maneira.
O bigodinho do Rui Veloso ficava-lhe à maneira.
A peúga branca do Zé Cid era muitíssimo à maneira.
O director narigudo daquele semanário que saía às Sextas era bem à maneira.
E então aquele candidato do PPM às Europeias, orelhudo e sempre de lacinho? Esse gajo sim, era mesmo mesmo à maneira.
FMS
À MANEIRA DE UM POST À MANEIRA: O meu Corsazito teve uma manhã para nunca mais esquecer. Trezentos quilómetros a tremer com o baixo do Peter Hook em volume nada civilizado. A culpa é do Miguel Esteves Cardoso e do seu "Escrítica Pop", que comecei esta noite a devorar com fervor insaciável. O livro, uma colectânea da produção (ao nível da crítica musical) do meu all time hero, entre 80 e 82, conhecia-o apenas como mito. Um mito que se desvaneceu e, assim, se concretizou. Mais do que crítica, o livro apresenta um cronismo pop, que, se ainda hoje nos surge como inacreditavelmente fresco e entusiasmante, imagino o que deveria ter sido na altura, quando o rock português dava os primeiros passos e a crítica vigente andava entre o tédio e a sensaboria. No "Escrítica Pop" está o MEC todinho: a graça, a inteligência, o ritmo, o enciclopedismo e aquela maneira única de escrever, a meio caminho entre o tom ingénuo e pueril e o pregão implacável e definitivo, polvilhado por um impressionante name dropping que deve ter feito as delícias dos melómanos da era pré-partilha de ficheiros na internet. Quando o "Escrítica" saiu pela primeira vez, eu não tinha ainda largado a chupeta. Mas, ao lê-lo, uma torrente de memórias assola-me o espírito e humidifica-me os olhos. Assim como o Pedro Adão e Silva, também eu não sei se vivo bem com o facto de não conseguir repetir os momentos de novidade radical em que ouvi pela primeira vez os Smiths, os Blur, os New Order, os Joy Division, os Oasis, os Ride, os Stone Roses, os Happy Mondays, os Strokes, os Thrills, os Jam, os Undertones, os Specials, os Madness, os Buzzcocks, os Pulp, o Revolver dos Beatles, os Kinks, o Burt Bacharach (ai mãezinha, que me derreto!), os Who e tantos outros three chord wonders. O MEC tocou-me no ponto fraco. Este gajo faz-me chorar, pá.
FMS
FMS
ADENDA AO MEU POST DESTA NOITE ("TRÊS PERGUNTAS..."): Segundo ouvi a Sic-Notícias noticiar esta manhã, das cartas anónimas que "envolvem" Sampaio e Gama constam igualmente, ao bem conhecido estilo "Muito Mentiroso", outros nomes ligados ao PSD e ao PP. Se só aqueles dois foram revelados (ignoro por quem, mas, certo certo é que, depois de deduzida acusação, a defesa passa a ter acesso ao processo), parece-me claro que as ditas revelações aproveitam essencialmente à defesa e a todos os que lucram com a estratégia de vitimização do PS. Vá lá, não me lixem.
FMS
FMS
New Year Resolutions
Não escrever sobre o caso Casa Pia.
Descobrir quem é “o meu pipi”.
Ter mais tempo para ler o António.
Não maçar os leitores com posts sobre aviação comercial.
Promover Boris Johnson a figura mítica da Direita (e de caminho comprar a t-shirt).
Cumprir um dos objectivos acima enunciados... se me apetecer.
That’s all folks. Como dizia o Eddie Murphy no filme Trading Places: “Merry New Year!!!”
FA
Não escrever sobre o caso Casa Pia.
Descobrir quem é “o meu pipi”.
Ter mais tempo para ler o António.
Não maçar os leitores com posts sobre aviação comercial.
Promover Boris Johnson a figura mítica da Direita (e de caminho comprar a t-shirt).
Cumprir um dos objectivos acima enunciados... se me apetecer.
That’s all folks. Como dizia o Eddie Murphy no filme Trading Places: “Merry New Year!!!”
FA
TRÊS PERGUNTAS A PROPÓSITO DAS NOVAS REVELAÇÕES DE NOMES LIGADOS AO PS QUE CONSTAM DO PROCESSO CASA PIA:
1. Depois de deduzida acusação, quem é que passou a ter acesso ao processo? Quem é que tem passado os últimos dias a consultá-lo e a contar à comunicação social como tem corrido a consulta do mesmo (que nem sequer tem um índice)?
2. Se, como já se viu, o facto de só nomes ligados ao PS serem revelados contribui claramente para descredibilizar a acusação. É impensável que só nomes socialistas constem de um processo desta natureza. É algo tão óbvio que os autores das cartas anónimas não poderiam ignorar esse resultado. Sendo assim, a quem aproveitam as ditas revelações? À acusação? Ao Governo? Ao Dr. Portas e aos seus temíveis assessores? Ao No Quinto dos Impérios? Não me parece...
3. O Daniel Oliveira acha que o Procurador João Guerra é um "doido varrido" (ver o Barnabé de ontem). O Daniel é dirigente do Bloco de Esquerda. Será que a posição oficial do Bloco de Esquerda é a de que o processo Casa Pia está entregue a um "doido varrido"? Para um partido que quer trilhar o caminho da moderação e da aproximação ao centro governativo, não está nada mal. Não senhor.
FMS
1. Depois de deduzida acusação, quem é que passou a ter acesso ao processo? Quem é que tem passado os últimos dias a consultá-lo e a contar à comunicação social como tem corrido a consulta do mesmo (que nem sequer tem um índice)?
2. Se, como já se viu, o facto de só nomes ligados ao PS serem revelados contribui claramente para descredibilizar a acusação. É impensável que só nomes socialistas constem de um processo desta natureza. É algo tão óbvio que os autores das cartas anónimas não poderiam ignorar esse resultado. Sendo assim, a quem aproveitam as ditas revelações? À acusação? Ao Governo? Ao Dr. Portas e aos seus temíveis assessores? Ao No Quinto dos Impérios? Não me parece...
3. O Daniel Oliveira acha que o Procurador João Guerra é um "doido varrido" (ver o Barnabé de ontem). O Daniel é dirigente do Bloco de Esquerda. Será que a posição oficial do Bloco de Esquerda é a de que o processo Casa Pia está entregue a um "doido varrido"? Para um partido que quer trilhar o caminho da moderação e da aproximação ao centro governativo, não está nada mal. Não senhor.
FMS
quinta-feira, janeiro 01, 2004
DAR UM BIGODE AOS AMERICANOS:
O repórter de imagem português da CBS, Mário Rui de Carvalho, tem, muito justamente, distribuído entrevistas e recebido louvores um pouco por todo o lado. Ao contrário de muitos emigrantes, não tem vergonha da sua nacionalidade e, quer esteja nos States, no Iraque ou na Somália, leva sempre consigo o verdadeiro símbolo da Portugalidade.
Os outros levariam a Bandeira ou o Queijo da Serra, mas o nosso Mário não. Com a câmara de filmar vai o seu frondoso e orgulhoso bigode, o traço mais idiossincrático do Ser Português.
Duvido que as famosas rações de combate idealizadas pelos americanos levem em linha de conta as dificuldades acrescidas que se lhes põem por tão adverso obstáculo. Ainda assim, Mário Rui de Carvalho mantém-se fiel aos seus princípios.
Num tempo em que já nem a selecção de futebol dá um bigode aos americanos, o nosso homem da CBS é um exemplo a seguir. Sr. Presidente, para quando uma medalhinha?
FMS
O repórter de imagem português da CBS, Mário Rui de Carvalho, tem, muito justamente, distribuído entrevistas e recebido louvores um pouco por todo o lado. Ao contrário de muitos emigrantes, não tem vergonha da sua nacionalidade e, quer esteja nos States, no Iraque ou na Somália, leva sempre consigo o verdadeiro símbolo da Portugalidade.
Os outros levariam a Bandeira ou o Queijo da Serra, mas o nosso Mário não. Com a câmara de filmar vai o seu frondoso e orgulhoso bigode, o traço mais idiossincrático do Ser Português.
Duvido que as famosas rações de combate idealizadas pelos americanos levem em linha de conta as dificuldades acrescidas que se lhes põem por tão adverso obstáculo. Ainda assim, Mário Rui de Carvalho mantém-se fiel aos seus princípios.
Num tempo em que já nem a selecção de futebol dá um bigode aos americanos, o nosso homem da CBS é um exemplo a seguir. Sr. Presidente, para quando uma medalhinha?
FMS
"ROCK" IN RIO:
Pelo que me é dado a conhecer, o cartaz do Rock in Rio Lisboa tem sido elaborado por duas vias: a da ganância desmesurada (aliada ao flagrante mau gosto) dos promotores do evento; e uma votação em que os clientes da Vodafone que têm tempo para enviar mensagens escolhem os artistas que querem ver por cá na próxima Primavera.
Não admira, portanto, que, entre os nomes confirmados, se encontrem os favoritos da tribo poluente (os Metallica) e essas lendas vivas do rock, Alejandro Sanz e Ivete Sangalo. A minha noção de rock é bastante lata, mas ainda assim apelo a que o nome do festival seja alterado de Rock in Rio para "Rock" in Rio.
A menina Ivete, devo dizê-lo, até seria capaz de me fazer deslocar para a ver, se, de todos os seus muitos atributos, tivesse escolhido outros que não os musicais para ganhar a vida.
Como não é assim, prevejo que, por altura de Maio/Junho, e se os estudantes de Coimbra não cometerem a senilidade de suspender a Queima, boa música só à beira do Mondego.
Lá, pelo menos, temos sempre como certo o grande King Barreiros & Seu Acordeão Mágico.
FMS
Pelo que me é dado a conhecer, o cartaz do Rock in Rio Lisboa tem sido elaborado por duas vias: a da ganância desmesurada (aliada ao flagrante mau gosto) dos promotores do evento; e uma votação em que os clientes da Vodafone que têm tempo para enviar mensagens escolhem os artistas que querem ver por cá na próxima Primavera.
Não admira, portanto, que, entre os nomes confirmados, se encontrem os favoritos da tribo poluente (os Metallica) e essas lendas vivas do rock, Alejandro Sanz e Ivete Sangalo. A minha noção de rock é bastante lata, mas ainda assim apelo a que o nome do festival seja alterado de Rock in Rio para "Rock" in Rio.
A menina Ivete, devo dizê-lo, até seria capaz de me fazer deslocar para a ver, se, de todos os seus muitos atributos, tivesse escolhido outros que não os musicais para ganhar a vida.
Como não é assim, prevejo que, por altura de Maio/Junho, e se os estudantes de Coimbra não cometerem a senilidade de suspender a Queima, boa música só à beira do Mondego.
Lá, pelo menos, temos sempre como certo o grande King Barreiros & Seu Acordeão Mágico.
FMS
PÃO E CIRCO:
Viseu passou de ano debaixo de um nevoeiro tão cerrado, que o fogo de artifício preparado pela Câmara Municipal para entreter a turba festiva se perdeu de vista. A oposição ao executivo camarário tem verberado com intensidade assinalável este esbanjamento de dinheiros públicos. Sem sucesso aparente, como seria de esperar no Cavaquistão do Dr. Fernando Ruas.
É por isso que a sabotagem divina de ontem me parece tão maravilhosa. Os Concelhos do Distrito de Viseu, que conheço bem por dever de ofício (partidário), abraçaram recentemente a moda das passagens de ano oficiais na rua. Viseu, como é sabido, não é Faro nem é o Funchal. Para além de que, em grande parte do Distrito, enquanto os senhores autarcas dispendem dezenas de milhares de contos para a populaça se divertir à chuva e ao frio, existem milhares de crianças que, diariamente, percorrem a pé os quilómetros que separam as suas casas das escolas sem aquecimento. O dinheiro - dizem os senhores autarcas - não é o suficiente para fazer as redes de transportes públicos chegar a todos os que precisam, nem para prover às escolas mais do que umas quantas semanas de aquecimento por ano.
Sei que este tipo de discurso resvala facilmente para o mais bacoco dos populismos. E eu sou - dizem - um hedonista incorrigível. Mas quando a coisa mete dinheiros públicos, não há muito que saber: primeiro vem o pão e só depois, se puder ser, vem o circo.
FMS
Viseu passou de ano debaixo de um nevoeiro tão cerrado, que o fogo de artifício preparado pela Câmara Municipal para entreter a turba festiva se perdeu de vista. A oposição ao executivo camarário tem verberado com intensidade assinalável este esbanjamento de dinheiros públicos. Sem sucesso aparente, como seria de esperar no Cavaquistão do Dr. Fernando Ruas.
É por isso que a sabotagem divina de ontem me parece tão maravilhosa. Os Concelhos do Distrito de Viseu, que conheço bem por dever de ofício (partidário), abraçaram recentemente a moda das passagens de ano oficiais na rua. Viseu, como é sabido, não é Faro nem é o Funchal. Para além de que, em grande parte do Distrito, enquanto os senhores autarcas dispendem dezenas de milhares de contos para a populaça se divertir à chuva e ao frio, existem milhares de crianças que, diariamente, percorrem a pé os quilómetros que separam as suas casas das escolas sem aquecimento. O dinheiro - dizem os senhores autarcas - não é o suficiente para fazer as redes de transportes públicos chegar a todos os que precisam, nem para prover às escolas mais do que umas quantas semanas de aquecimento por ano.
Sei que este tipo de discurso resvala facilmente para o mais bacoco dos populismos. E eu sou - dizem - um hedonista incorrigível. Mas quando a coisa mete dinheiros públicos, não há muito que saber: primeiro vem o pão e só depois, se puder ser, vem o circo.
FMS
O BOM CAMINHO
Estas coisas notam-se sem querer. O Ano novo é uma altura de esperança, que tudo melhore, que melhore qualquer coisinha...
O Barnabé acabou o ano de 2003 a citar a Bíblia. Começamos 2004 com mais esta esperança de conversão!
DBH
Estas coisas notam-se sem querer. O Ano novo é uma altura de esperança, que tudo melhore, que melhore qualquer coisinha...
O Barnabé acabou o ano de 2003 a citar a Bíblia. Começamos 2004 com mais esta esperança de conversão!
DBH