Ainda antes do fim de ano
Mais um mito que chega ao fim em 2005: o da qualidade do sistema nacional de saúde cubano. Diziam-nos que, apesar das dificuldades, do bloqueio, com abnegação e coragem os médicos cubanos faziam das tripas coração e garantiam ao povo uma qualidade nos serviços de saúde de fazer inveja ao mundo capitalista. Afinal parece que não.
Um amigo meu, leitor deste blog por sinal, podia ter morrido por causa da negligência médica não de um mas de três médicos cubanos. Os altamente qualificados, treinados e politizados clínicos da revolução não lhe conseguiram diagnosticar, em três consultas diferentes, um "simples" pneumo-torax contraído num mergulho com garrafa. Deixaram-no até voar de regresso a casa com um pulmão colapsado à mercê de uma qualquer despressurização na cabine.
A negligência grosseira (criminosa?) dos médicos cubanos só não teve consequências mais nefastas porque, dado que os sintomas não desapareciam (o que não é de estranhar já que um pulmão não estava a funcionar!!!!!), os médicos dos HCL de quem tanta gente diz tanto mal foram rápidos no diagnóstico e eficientes na cura.
Falam, falam...
FA
«... depois dos três impérios dos Assírios, Persas e Gregos, que já passaram, e depois do quarto, que ainda hoje dura, que é o romano, há-de haver um novo e melhor império que há-de ser o quinto e último» Padre António Vieira oquintodosimperios@gmail.com
quarta-feira, dezembro 28, 2005
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Hamlet para principiantes

Enquanto o país discute os próximos projectos faraónicos e se entretém com debates improfícuos nos quais se repetem as mesmas perguntas e se desculpam os mesmos candidatos pelos mesmos excessos e incoerências, a economia recusa em dar sinais de retoma. Os sindicatos ameaçam arruinar as empresas onde os seus representados que não eles trabalham. A serra da Estrela arde em pleno Dezembro. E, mais grave que tudo isso (ou será: por causa de tudo isso?), o Benfica é levado ao colo com golos ajeitados à mão.
FA

Enquanto o país discute os próximos projectos faraónicos e se entretém com debates improfícuos nos quais se repetem as mesmas perguntas e se desculpam os mesmos candidatos pelos mesmos excessos e incoerências, a economia recusa em dar sinais de retoma. Os sindicatos ameaçam arruinar as empresas onde os seus representados que não eles trabalham. A serra da Estrela arde em pleno Dezembro. E, mais grave que tudo isso (ou será: por causa de tudo isso?), o Benfica é levado ao colo com golos ajeitados à mão.
FA
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Just another teen movie
Mais do que um combate de boxe,o debate de ontem pareceu-me mais um daqueles teen movies dos anos 80. De um lado, o geek envergonhado, bom aluno, capaz de fazer contas mas socialmente inábil. Do outro, o jock, capitão da equipa de futebol americano, namorado da chefe da claque, filho de uma das melhores famílias lá da terriola e líder de um gangue de rapazes altos, louros e musculados, que se fazem transportar em pick-ups garridas e passam os dias a aterrorizar os geeks que se lhes atravessam no caminho. Soares gosta de se ver neste último papel. Mas esquece a moral de todos esses filmes. Cavaco, pelo contrário, sabe bem quem acaba sempre por ficar com a rapariga.
From our very own FMS no Pulo do Lobo.
FA
Mais do que um combate de boxe,o debate de ontem pareceu-me mais um daqueles teen movies dos anos 80. De um lado, o geek envergonhado, bom aluno, capaz de fazer contas mas socialmente inábil. Do outro, o jock, capitão da equipa de futebol americano, namorado da chefe da claque, filho de uma das melhores famílias lá da terriola e líder de um gangue de rapazes altos, louros e musculados, que se fazem transportar em pick-ups garridas e passam os dias a aterrorizar os geeks que se lhes atravessam no caminho. Soares gosta de se ver neste último papel. Mas esquece a moral de todos esses filmes. Cavaco, pelo contrário, sabe bem quem acaba sempre por ficar com a rapariga.
From our very own FMS no Pulo do Lobo.
FA
terça-feira, dezembro 20, 2005
sexta-feira, dezembro 16, 2005
Pasta Medicinal Couto

A pergunta que anda nos teclados de toda a blogosfera: foi bonita a festa, pá?
FA

A pergunta que anda nos teclados de toda a blogosfera: foi bonita a festa, pá?
FA
quinta-feira, dezembro 15, 2005
MENOS SECTORES DE ACTIVIDADE, MENOS CAPITALISMO
Hoje de manhã, Odete Santos comentava na Sic Notícias os títulos dos jornais do dia. Instada a discorrer sobre a problemática da legalização da prostituição, lembrou qualquer coisa como o aumento de empresários do sector que na Alemanha se verificou a partir de tal medida. Bem me parecia que o problema da esquerda não são as mulheres. São os empresários.
FMS
Hoje de manhã, Odete Santos comentava na Sic Notícias os títulos dos jornais do dia. Instada a discorrer sobre a problemática da legalização da prostituição, lembrou qualquer coisa como o aumento de empresários do sector que na Alemanha se verificou a partir de tal medida. Bem me parecia que o problema da esquerda não são as mulheres. São os empresários.
FMS
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Voices of freedom that light the way
Prémio Sakharov
O regime de Fidel Castro não vai permitir que representantes do “movimento” Damas de Blanco se desloquem à Europa para receber o prémio Sakharov. As Damas de Blanco são familiares de dissidentes políticos presos em Cuba durante a Primavera Negra de 2003.
O grupos socialista no Parlamento Europeu, por seu lado, parece que não irá permitir o envio de uma delegação de euro-deputados a Cuba para fazer a entrega do prémio em mão.
FA

Prémio Sakharov
O regime de Fidel Castro não vai permitir que representantes do “movimento” Damas de Blanco se desloquem à Europa para receber o prémio Sakharov. As Damas de Blanco são familiares de dissidentes políticos presos em Cuba durante a Primavera Negra de 2003.
O grupos socialista no Parlamento Europeu, por seu lado, parece que não irá permitir o envio de uma delegação de euro-deputados a Cuba para fazer a entrega do prémio em mão.
FA
Investimentos Públicos, Desperdícios Privados
Para o Professor Vital Moreira os investimentos públicos dividem-se em despesas produtivas e despesas improdutivas. Exemplo de uma despesa produtiva será o TGV Lisboa-Madrid. Exemplo de uma despesa improdutiva, a compra de submarinos para a Marinha de Guerra.
Para além de não perceber muito bem como é que um investimento cujos prejuízos (previstos, fora os “imprevistos”!) dariam para comprar uma frota de submarinos e até, quem sabe, um porta-aviões se pode classificar de “produtivo” assalta-me uma dúvida.
E os custos com a comissão comemorativa dos 100 anos da república a que o professor preside? Se calhar há uma terceira categoria de despesas que o professor se esqueceu de analisar?
Productivity is in the eye of the beholder?
FA
Para o Professor Vital Moreira os investimentos públicos dividem-se em despesas produtivas e despesas improdutivas. Exemplo de uma despesa produtiva será o TGV Lisboa-Madrid. Exemplo de uma despesa improdutiva, a compra de submarinos para a Marinha de Guerra.
Para além de não perceber muito bem como é que um investimento cujos prejuízos (previstos, fora os “imprevistos”!) dariam para comprar uma frota de submarinos e até, quem sabe, um porta-aviões se pode classificar de “produtivo” assalta-me uma dúvida.
E os custos com a comissão comemorativa dos 100 anos da república a que o professor preside? Se calhar há uma terceira categoria de despesas que o professor se esqueceu de analisar?
Productivity is in the eye of the beholder?
FA
Ainda não chegámos a Havana
A propósito dos vôos da nova companhia aérea americana (aka CIA) e da relutância do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros (aka Freitas) em “condenar” os Estados Unidos (aka O Império) por práticas de tortura na ausência de provas nesse sentido, o Paulo Gorjão (aka O Bloguítico) vem relembrar a blogosfera “do que foi escrito nos blogues e na comunicação social quando foi conhecida a escolha de Freitas do Amaral para ministro dos Negócios Estrangeiros. Aparentemente, o Carmo e a Trindade iriam desabar nas semanas seguintes.”
E remata, “Freitas do Amaral tem aquilo que se convencionou designar sentido de Estado. Por muito que custe a alguns admitir esse facto.”
OK. Fazemos assim. A gente aceita que o Freitas tem sentido de Estado (aka olho para a política) se o Paulo aceitar que o que às vezes falta ao Freitas é o sentido do ridículo (aka vergonha na cara).
Parece-me justo.
FA
A propósito dos vôos da nova companhia aérea americana (aka CIA) e da relutância do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros (aka Freitas) em “condenar” os Estados Unidos (aka O Império) por práticas de tortura na ausência de provas nesse sentido, o Paulo Gorjão (aka O Bloguítico) vem relembrar a blogosfera “do que foi escrito nos blogues e na comunicação social quando foi conhecida a escolha de Freitas do Amaral para ministro dos Negócios Estrangeiros. Aparentemente, o Carmo e a Trindade iriam desabar nas semanas seguintes.”
E remata, “Freitas do Amaral tem aquilo que se convencionou designar sentido de Estado. Por muito que custe a alguns admitir esse facto.”
OK. Fazemos assim. A gente aceita que o Freitas tem sentido de Estado (aka olho para a política) se o Paulo aceitar que o que às vezes falta ao Freitas é o sentido do ridículo (aka vergonha na cara).
Parece-me justo.
FA
terça-feira, dezembro 13, 2005
El titiritero de Caracas
Chávez está regalando petróleo a las naciones insulares del Caribe y a Cuba y está comprando deuda argentina para contribuir al futuro político de Néstor Kirchner. El mes pasado, en Mar del Plata (Argentina), Chávez participó abiertamente en una manifestación contra el Área de Libre Comercio de las Américas (ALCA) en compañía de, entre otros, Evo Morales, el líder de los productores de coca de Bolivia, que bien podría convertirse en el próximo presidente de ese país.
De igual forma, Chávez está apoyando claramente a Daniel Ortega, el sempiterno candidato presidencial sandinista de Nicaragua, y a Shafick Handal, el igualmente sempiterno candidato del FMLN en El Salvador. Su ex embajador en México participaba abierta y ruidosamente en los mítines de la campaña presidencial del jefe de Gobierno de la Ciudad de México, Andrés Manuel López Obrador.
Parece haber un hilo conductor en gran parte de la política exterior de Chávez: provocar una gran confrontación con los Estados Unidos. (…) El reto está en evitar la confrontación que Chávez claramente desea.
Las demás naciones del hemisferio tienen un interés directo en impedir una lucha que las obligaría a tomar partido y podría amenazar sus intereses económicos y de seguridad nacional. Aunque muchas de las posturas de Chávez han encontrado apoyo en algunos países latinoamericanos, las divisiones que él y la Cuba de Castro han creado en América Latina -entre izquierda y derecha, entre los que apoyan el libre comercio y los «bolivarianos», entre los que están a favor y en contra de Estados Unidos- son artificiales en gran medida, y por supuesto no es imposible superarlas.
Ciertamente, muchos líderes latinoamericanos han intentado moderar y controlar a Chávez y han fracasado. Pero el costo de no intentarlo de nuevo podría ser muy alto. La última vez que hubo una confrontación entre líderes revolucionarios y Estados Unidos en América Central en la década de los ochenta, todos perdieron. Una nueva división del hemisferio, creada por un líder que nada en petróleo, sería mucho más desastrosa.
- Jorge Castañeda no ABC de hoje
FA
Chávez está regalando petróleo a las naciones insulares del Caribe y a Cuba y está comprando deuda argentina para contribuir al futuro político de Néstor Kirchner. El mes pasado, en Mar del Plata (Argentina), Chávez participó abiertamente en una manifestación contra el Área de Libre Comercio de las Américas (ALCA) en compañía de, entre otros, Evo Morales, el líder de los productores de coca de Bolivia, que bien podría convertirse en el próximo presidente de ese país.
De igual forma, Chávez está apoyando claramente a Daniel Ortega, el sempiterno candidato presidencial sandinista de Nicaragua, y a Shafick Handal, el igualmente sempiterno candidato del FMLN en El Salvador. Su ex embajador en México participaba abierta y ruidosamente en los mítines de la campaña presidencial del jefe de Gobierno de la Ciudad de México, Andrés Manuel López Obrador.
Parece haber un hilo conductor en gran parte de la política exterior de Chávez: provocar una gran confrontación con los Estados Unidos. (…) El reto está en evitar la confrontación que Chávez claramente desea.
Las demás naciones del hemisferio tienen un interés directo en impedir una lucha que las obligaría a tomar partido y podría amenazar sus intereses económicos y de seguridad nacional. Aunque muchas de las posturas de Chávez han encontrado apoyo en algunos países latinoamericanos, las divisiones que él y la Cuba de Castro han creado en América Latina -entre izquierda y derecha, entre los que apoyan el libre comercio y los «bolivarianos», entre los que están a favor y en contra de Estados Unidos- son artificiales en gran medida, y por supuesto no es imposible superarlas.
Ciertamente, muchos líderes latinoamericanos han intentado moderar y controlar a Chávez y han fracasado. Pero el costo de no intentarlo de nuevo podría ser muy alto. La última vez que hubo una confrontación entre líderes revolucionarios y Estados Unidos en América Central en la década de los ochenta, todos perdieron. Una nueva división del hemisferio, creada por un líder que nada en petróleo, sería mucho más desastrosa.
- Jorge Castañeda no ABC de hoje
FA
segunda-feira, dezembro 12, 2005
O Candidato e o Outro
Missão ingrata para Manuel Alegre. Forçado a discutir questões que, manifestamente, não fazem parte do que seria um debate presidencial normal. Confrontado, legitimamente, com opções que fez enquanto deputado que, de alguma maneira, fragilizam a sua auto-caracterização como candidato supra partidário. Manifestou, surpreendentemente, uma falta de preparação confrangedora para o debate com um não-candidato de discurso contestatário fácil e demagógico.
Onde ficou a questão que se impunha a Francisco Louçã quando defendeu a dissolução da Assembleia Legislativa Regional da Madeira? Dissolvida a ALR, o que faria o Presidente Louçã se o PSD-M ganhasse depois as eleições?
FA
Missão ingrata para Manuel Alegre. Forçado a discutir questões que, manifestamente, não fazem parte do que seria um debate presidencial normal. Confrontado, legitimamente, com opções que fez enquanto deputado que, de alguma maneira, fragilizam a sua auto-caracterização como candidato supra partidário. Manifestou, surpreendentemente, uma falta de preparação confrangedora para o debate com um não-candidato de discurso contestatário fácil e demagógico.
Onde ficou a questão que se impunha a Francisco Louçã quando defendeu a dissolução da Assembleia Legislativa Regional da Madeira? Dissolvida a ALR, o que faria o Presidente Louçã se o PSD-M ganhasse depois as eleições?
FA
domingo, dezembro 11, 2005
sábado, dezembro 10, 2005
Feios, Porcos e Maus
Debate interessante no Arte da Fuga a propos da vida pecaminosa da Sra. Bachelet que, ao que parece, se prepara para ser eleita Presidente do Chile. Terão os Chilenos perdido a fé, a cabeça ou será que catolicismo e machismo não são afinal irmãos inseparáveis? Vão lá ver o debate que vale a pena.
FA
Debate interessante no Arte da Fuga a propos da vida pecaminosa da Sra. Bachelet que, ao que parece, se prepara para ser eleita Presidente do Chile. Terão os Chilenos perdido a fé, a cabeça ou será que catolicismo e machismo não são afinal irmãos inseparáveis? Vão lá ver o debate que vale a pena.
FA
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Não regular bem
A propósito das competências da recém-criada Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) ver as dúvidas e as respostas quanto à regulação dos blogs neste post do Atrium.
A disposição jurídica em causa (para o que nos interessa aqui) é a seguinte:
“Estão sujeitas à supervisão e intervenção do conselho regulador todas as entidades que, sob jurisdição do Estado Português, prossigam actividades de comunicação social, designadamente
as pessoas singulares ou colectivas que disponibilizem regularmente ao público, através de redes de comunicações electrónicas, conteúdos submetidos a tratamento editorial e organizados como um todo coerente.”
Aqui no Quinto temos um problema jurisdicional interessante: i) o nosso blog, tem dias em que “vareia” e a qualidade é a que é mas é, essencialmente, escrito em português; ii) muitas vezes falamos de temas relacionados com Portugal mas muitas vezes não; iii) não conhecemos os simpáticos senhores do Blogger que nos deixam escrever aqui mas quer-nos parecer que não serão portugueses nem os seus servidores estarão em Portugal; iv) os 5 rapazes que aqui escrevem (alguns muito de vez em quando mas enfim...) são, que eu saiba, todos cidadãos portugueses mas pelo menos dois vivem fora do país e um, não tarda, terá igualmente cidadania britânica. Quid juris?
Mais do que “tratamento editorial” ou “todo coerente” (os advogados com termos destes vão ter um “field day”!) a questão essencial que importa esclarecer é a seguinte: Quem está “sob jurisdição do Estado Português”? O blog (depois se aferindo quem o possibilita do ponto de vista técnico, a quem pertence, quem é responsável pelos seus conteúdos, etc.) ou os bloggers individualmente considerados (cidadãos nacionais ou residentes no país)?
Apesar de essa ter sido uma questão criminal e não regulatória, sempre estou para ver o que se teria passado (se é que se teria passado algo) no caso do blog “Do Portugal Profundo” se o seu autor fosse anónimo, estrangeiro ou residente fora de Portugal.
Em todo o caso, e ao cuidado dos senhores da ERC enquanto pensam nestes temas que estou certo lhes tem tirado o sono, fica aqui o recado de que pelo menos a falange Inglesa do Quinto não quer ser regulada por eles. Portanto, quando eu aqui escrever, nos braços da pérfida Albion, façam p.f. como o resto das pessoas e assobiem para o lado.
FA
A propósito das competências da recém-criada Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) ver as dúvidas e as respostas quanto à regulação dos blogs neste post do Atrium.
A disposição jurídica em causa (para o que nos interessa aqui) é a seguinte:
“Estão sujeitas à supervisão e intervenção do conselho regulador todas as entidades que, sob jurisdição do Estado Português, prossigam actividades de comunicação social, designadamente
as pessoas singulares ou colectivas que disponibilizem regularmente ao público, através de redes de comunicações electrónicas, conteúdos submetidos a tratamento editorial e organizados como um todo coerente.”
Aqui no Quinto temos um problema jurisdicional interessante: i) o nosso blog, tem dias em que “vareia” e a qualidade é a que é mas é, essencialmente, escrito em português; ii) muitas vezes falamos de temas relacionados com Portugal mas muitas vezes não; iii) não conhecemos os simpáticos senhores do Blogger que nos deixam escrever aqui mas quer-nos parecer que não serão portugueses nem os seus servidores estarão em Portugal; iv) os 5 rapazes que aqui escrevem (alguns muito de vez em quando mas enfim...) são, que eu saiba, todos cidadãos portugueses mas pelo menos dois vivem fora do país e um, não tarda, terá igualmente cidadania britânica. Quid juris?
Mais do que “tratamento editorial” ou “todo coerente” (os advogados com termos destes vão ter um “field day”!) a questão essencial que importa esclarecer é a seguinte: Quem está “sob jurisdição do Estado Português”? O blog (depois se aferindo quem o possibilita do ponto de vista técnico, a quem pertence, quem é responsável pelos seus conteúdos, etc.) ou os bloggers individualmente considerados (cidadãos nacionais ou residentes no país)?
Apesar de essa ter sido uma questão criminal e não regulatória, sempre estou para ver o que se teria passado (se é que se teria passado algo) no caso do blog “Do Portugal Profundo” se o seu autor fosse anónimo, estrangeiro ou residente fora de Portugal.
Em todo o caso, e ao cuidado dos senhores da ERC enquanto pensam nestes temas que estou certo lhes tem tirado o sono, fica aqui o recado de que pelo menos a falange Inglesa do Quinto não quer ser regulada por eles. Portanto, quando eu aqui escrever, nos braços da pérfida Albion, façam p.f. como o resto das pessoas e assobiem para o lado.
FA
quinta-feira, dezembro 08, 2005
JERÓNIMO, A DIZER O MESMO DESDE 1976
Antes mesmo de promulgada, a Constituição que temos vindo a elaborar começa a ser invocada como pedra de toque da legalidade em Portugal. E ainda bem que assim é. Lamentavelmente, porém, há quem pegue na Constituição para voltar dos pés para a cabeça as suas disposições.
06.02.1976
JV
ASSIM SE VÊ A FORÇA NÃO SEI DE QUÊ
Jerónimo de Sousa explicou que os constituintes não deixaram a Constituição em cima do muro. Ainda bem. O muro caiu (em cima do PCP) e, várias revisões depois, a Constituição tem-se aproximado do lado certo. Mas ainda não chega.
JV
Jerónimo de Sousa explicou que os constituintes não deixaram a Constituição em cima do muro. Ainda bem. O muro caiu (em cima do PCP) e, várias revisões depois, a Constituição tem-se aproximado do lado certo. Mas ainda não chega.
Mário Soares, por seu lado, descobriu que a Constituição tem áreas irrealistas. Mais vale tarde que nunca.
JV
Olhe que não doutor

O persuasor escondido enganou-se na citação do GRANDE Agostinho (vénia) o que Ele (vénia) realmente disse foi: "Acredito no Quinto dos Impérios, porque senão o acto de viver era inútil.”
Nós, por evidente modéstia, não iríamos tão longe mas ficamos sensibilizados.
A Gerência

O persuasor escondido enganou-se na citação do GRANDE Agostinho (vénia) o que Ele (vénia) realmente disse foi: "Acredito no Quinto dos Impérios, porque senão o acto de viver era inútil.”
Nós, por evidente modéstia, não iríamos tão longe mas ficamos sensibilizados.
A Gerência
Há que dizê-lo com frontalidade

O Benfica mereceu ganhar ontem sobretudo por uma primeira parte de grande nível. Boa sorte no oitavos de final.
FA
PS - Isto foi para compensar “she who must be obeyed” por ontem estar “a não apoiar” o Benfica (o que é completamente diferente de estar contra o Benfica mas enfim...).

O Benfica mereceu ganhar ontem sobretudo por uma primeira parte de grande nível. Boa sorte no oitavos de final.
FA
PS - Isto foi para compensar “she who must be obeyed” por ontem estar “a não apoiar” o Benfica (o que é completamente diferente de estar contra o Benfica mas enfim...).
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Ainda o Evening Standard de hoje

Diane Abbott (Labour MP por Hackney North & Stoke Newington) questiona hoje num artigo de opinião se Condoleezza Rice é um “black role model”. Infelizmente, apesar de ser “professor of Political Science” em Stanford, “Fellow” da Academia Americana para as Artes e Ciências, de ter vencido as dificuldades inerentes às suas origens humildes e de ser, por mérito próprio, uma das dez pessoas mais poderosas do mundo, a conclusão parece ser que não.
Tirando uma admiração capilar (“I am lost in admiration to see her after 12-hour flights (…) step confidently down aircraft steps with hair so well groomed it could have come out of a commercial”) parece que o simples facto das ideias e princípios defendidos por Condi serem diferentes dos seus (de Abbott) impedem o epíteto de exemplo a seguir.
Isto diz muito. Senão dos preconceitos raciais pelo menos dos preconceitos “esquerdistas”.
FA


Diane Abbott (Labour MP por Hackney North & Stoke Newington) questiona hoje num artigo de opinião se Condoleezza Rice é um “black role model”. Infelizmente, apesar de ser “professor of Political Science” em Stanford, “Fellow” da Academia Americana para as Artes e Ciências, de ter vencido as dificuldades inerentes às suas origens humildes e de ser, por mérito próprio, uma das dez pessoas mais poderosas do mundo, a conclusão parece ser que não.
Tirando uma admiração capilar (“I am lost in admiration to see her after 12-hour flights (…) step confidently down aircraft steps with hair so well groomed it could have come out of a commercial”) parece que o simples facto das ideias e princípios defendidos por Condi serem diferentes dos seus (de Abbott) impedem o epíteto de exemplo a seguir.
Isto diz muito. Senão dos preconceitos raciais pelo menos dos preconceitos “esquerdistas”.
FA
Vespertino - Read all about it!

Capa do Evening Standard: 3-1 CAMERON - Tory new boy David floors Goliath Blair at his first Prime Minister's Questions
"This approach is stuck in the past and I want to talk about the future. He was once the future..."
"It's only our first exchange and already the Prime Minister is asking me the questions."
FA

Capa do Evening Standard: 3-1 CAMERON - Tory new boy David floors Goliath Blair at his first Prime Minister's Questions
"This approach is stuck in the past and I want to talk about the future. He was once the future..."
"It's only our first exchange and already the Prime Minister is asking me the questions."
FA
"Democracia" plena à vista

O Parlamento Venezuelano já quase só tem deputados apoiantes da revolução bolivariana (ainda me hão de explicar porque é vão repetir uma revolução que, pelos vistos, à primeira não deu bons resultados). Em breve a Constituição da Venezuela deixará de impôr qualquer limite ao número de mandatos sucessivos do Presidente (nada que o Super-Mário não se tenha também lembrado!). O poder judicial está cada vez mais na mão dos políticos. A imprensa praticamente paralizada pela censura e o medo.
Está quase lá.
FA

O Parlamento Venezuelano já quase só tem deputados apoiantes da revolução bolivariana (ainda me hão de explicar porque é vão repetir uma revolução que, pelos vistos, à primeira não deu bons resultados). Em breve a Constituição da Venezuela deixará de impôr qualquer limite ao número de mandatos sucessivos do Presidente (nada que o Super-Mário não se tenha também lembrado!). O poder judicial está cada vez mais na mão dos políticos. A imprensa praticamente paralizada pela censura e o medo.
Está quase lá.
FA
Seus marotos

Os "jovens" responsáveis pelos distúrbios em França custaram ao seu (malgré eux) país a módica quantia de 200 milhões de Euros. Isto corresponde apenas aos montantes segurados o que, obviamente, não inclui os prejuízos a bens não-segurados bem como todos os danos não-patrimoniais e os custos associados aos aumentos dos prémios de seguro que se seguirão.
Ai a juventude de hoje...
Enfim, mandamos a factura ao Sarkozy ou à Clara Ferreira Alves?
FA

Os "jovens" responsáveis pelos distúrbios em França custaram ao seu (malgré eux) país a módica quantia de 200 milhões de Euros. Isto corresponde apenas aos montantes segurados o que, obviamente, não inclui os prejuízos a bens não-segurados bem como todos os danos não-patrimoniais e os custos associados aos aumentos dos prémios de seguro que se seguirão.
Ai a juventude de hoje...
Enfim, mandamos a factura ao Sarkozy ou à Clara Ferreira Alves?
FA
Pergunta estúpida do dia
>
(imagem roubada ao Blasfémias)
Porque é que o Irão, quarto produtor mundial de petróleo e segundo maior exportador da OPEP, precisa de tecnologia nuclear?
FA

(imagem roubada ao Blasfémias)
Porque é que o Irão, quarto produtor mundial de petróleo e segundo maior exportador da OPEP, precisa de tecnologia nuclear?
FA
terça-feira, dezembro 06, 2005
Ladies and gentlemen

Já foi escolhido o próximo Primeiro Ministro Britânico. Chama-se David Cameron e é cá dos nossos.
FA

Já foi escolhido o próximo Primeiro Ministro Britânico. Chama-se David Cameron e é cá dos nossos.
FA
Venha o segundo round
Forcei-me ontem à noite a assistir ao debate entre Cavaco Silva e Manuel Alegre na SIC. Não porque pense ser capaz de me convencer a votar Cavaco (apesar dos esforços de muito boa gente!) mas mais pelo vício da política. Pela polémica vulgar. Pela retórica vazia. Pela análise exaustiva e cansativa dos comentadores de serviço. Na expectativa de ver gaffes ou mesmo amuos de circunstância (Carrillho, volta, estás perdoado!).
Desse ponto de vista o debate foi aquilo a que se pode chamar “uma verdadeira seca”. Para mim, que não faço tenções de votar em qualquer dos candidatos do arco democrático (só me apanhariam nas urnas à segunda volta para evitar que o camarada Jerónimo ou ou franciscano Louçã chegassem a Belém, e mesmo aí...), o debate não serviu para muito.
Duvido até que tenha sido esclarecedor para os eleitores interessados em escolher o seu candidato. Qualquer um deles saiu-se bem (reconheçamos que o modelo ajuda a isso) e dificilmente alguém terá mudado de opinião ontem à noite.
Em todo o caso, desde quando é que os debates servem para isso? E as audiências? E o entertenimento? Deixem vir o Super Mário que ele já vos mostra como é que se faz.
FA
Forcei-me ontem à noite a assistir ao debate entre Cavaco Silva e Manuel Alegre na SIC. Não porque pense ser capaz de me convencer a votar Cavaco (apesar dos esforços de muito boa gente!) mas mais pelo vício da política. Pela polémica vulgar. Pela retórica vazia. Pela análise exaustiva e cansativa dos comentadores de serviço. Na expectativa de ver gaffes ou mesmo amuos de circunstância (Carrillho, volta, estás perdoado!).
Desse ponto de vista o debate foi aquilo a que se pode chamar “uma verdadeira seca”. Para mim, que não faço tenções de votar em qualquer dos candidatos do arco democrático (só me apanhariam nas urnas à segunda volta para evitar que o camarada Jerónimo ou ou franciscano Louçã chegassem a Belém, e mesmo aí...), o debate não serviu para muito.
Duvido até que tenha sido esclarecedor para os eleitores interessados em escolher o seu candidato. Qualquer um deles saiu-se bem (reconheçamos que o modelo ajuda a isso) e dificilmente alguém terá mudado de opinião ontem à noite.
Em todo o caso, desde quando é que os debates servem para isso? E as audiências? E o entertenimento? Deixem vir o Super Mário que ele já vos mostra como é que se faz.
FA
domingo, dezembro 04, 2005
terça-feira, novembro 29, 2005
DEAR MISS STILL,

Se vir, do primeiro ao último disco, a Complete Series do Brideshead Revisited que adquiriu na bela Londinium e, ainda assim, se não descobrir ou transformar numa snobíssima mulher de direita, considere-se um caso irremediavelmente perdido, darling.
FMS

Se vir, do primeiro ao último disco, a Complete Series do Brideshead Revisited que adquiriu na bela Londinium e, ainda assim, se não descobrir ou transformar numa snobíssima mulher de direita, considere-se um caso irremediavelmente perdido, darling.
FMS
segunda-feira, novembro 28, 2005
sábado, novembro 26, 2005
DIREITO À INDIGNAÇÃO
Francisco Louçã criticou o uso de política rasteira pelos outros candidatos. Faz sentido. É sabido que sempre a quis só para ele.
Francisco Louçã criticou o uso de política rasteira pelos outros candidatos. Faz sentido. É sabido que sempre a quis só para ele.
sexta-feira, novembro 25, 2005
It was thirty years ago today
“E eu agora, é pá, vou almoçar, pá...” - Almirante Pinheiro de Azevedo
FA
“E eu agora, é pá, vou almoçar, pá...” - Almirante Pinheiro de Azevedo
FA
quinta-feira, novembro 24, 2005
Art and the City

Hoje de manhã fui tomar café enquanto o meu edifício era evacuado de acordo com os exercícios semenstrais de “healf and saf’dy”. Fui ali ao Art Café mesmo ao lado do “Gherkin” e do edifício do Lloyd’s of London.
Interessante a exposição “the beautiful and the damned” de Henry Hudson e Stella Vine. Gostei particularmente do quadro acima. Quem são eles?
FA

Hoje de manhã fui tomar café enquanto o meu edifício era evacuado de acordo com os exercícios semenstrais de “healf and saf’dy”. Fui ali ao Art Café mesmo ao lado do “Gherkin” e do edifício do Lloyd’s of London.
Interessante a exposição “the beautiful and the damned” de Henry Hudson e Stella Vine. Gostei particularmente do quadro acima. Quem são eles?
FA
THIS WILL DO, THANK YOU

O último de Maria Filomena Mónica é um achado irresistível neste nosso sensaborão mundo editorial. Tanto pela elegância da escrita e perspicácia das análises, como pela forma presunçosa e desabrida (numa só palavra feia: aristocrática) com que se lançou na empreitada e espicaça o voyeur que há em cada um de nós. Apenas um reparo. Na introdução, diz-se que este é um livro difícil numa sociedade "conservadora, hipócrita e católica". Se calhar. Mas eu, apelando à cultura em que a própria Maria Filomena Mónica se educou, gostaria de lembrar um ou outro exemplo em que um ambiente conservador e hipócrita* gerou o que agora a autora nos ofereceu:

*Nos dois primeiros casos, nem a palavra "católico" fica deslocada.
FMS

O último de Maria Filomena Mónica é um achado irresistível neste nosso sensaborão mundo editorial. Tanto pela elegância da escrita e perspicácia das análises, como pela forma presunçosa e desabrida (numa só palavra feia: aristocrática) com que se lançou na empreitada e espicaça o voyeur que há em cada um de nós. Apenas um reparo. Na introdução, diz-se que este é um livro difícil numa sociedade "conservadora, hipócrita e católica". Se calhar. Mas eu, apelando à cultura em que a própria Maria Filomena Mónica se educou, gostaria de lembrar um ou outro exemplo em que um ambiente conservador e hipócrita* gerou o que agora a autora nos ofereceu:



*Nos dois primeiros casos, nem a palavra "católico" fica deslocada.
FMS
terça-feira, novembro 22, 2005
sábado, novembro 19, 2005
quinta-feira, novembro 17, 2005
O MULTIPLICADOR
1 - Aumentar os impostos sobre os lucros das empresas;
2 - Aumentar os impostos sobre as pessoas singulares;
3 - Aumentar o investimento público.
Simples.
Não percebo como é que não pensámos nisso antes.
JV
Fernando Rosas acaba de dar a receita para garantir a sustentabilidade do modelo social português (o que quer que isso seja), manter os direitos adquiridos dos trabalhadores e tirar do desemprego 600.000 pessoas:
1 - Aumentar os impostos sobre os lucros das empresas;
2 - Aumentar os impostos sobre as pessoas singulares;
3 - Aumentar o investimento público.
Simples.
Não percebo como é que não pensámos nisso antes.
JV
CENAS DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA - 18

Reencontrei este magnífico e-mail que já foi objecto de um post:
Dear assistant,
You only may have arrived in Brussels after the European elections of June 2004, and therefore are relatively recent in town. With this e-mail we’d like to take the opportunity to address the gay, lesbian, bi-curious, transgender, and hetero-flexible among you to tell about the “QueerStagiaires Group”.Before you read about what QS is: we have the first annual drink this Thursday at Le Comptoir(Vieux Marché du Blé - Oud Korenmarkt), in Brussels city centre, close to Manneken Pis at 21h30.Originally this “QueerStagiaires Virtual Sub-Sommittee” was founded, in the spring of 2001, specifically for the gay and lesbian Commission stagiaires. In recent years the Group has expanded beyond the Commission, as not only stagiaires, but also young professionals from Brussels-based NGOs and companies, as well as the European Parliament and other EU institutions joined. In the past few years a diverse range of activities have been organised. Often it was simply having fun (going to pubs and parties), but other activities (culture and sports) were also organised. Our Group exists as a tool to enable young gay, lesbian, transgender, bi-curious and plainly hetero-flexible stagiaires and young professionals based in Brussels to get together, have fun and explore life.Our group’s activities are co-ordinated through the use of a Yahoo group. You can find our group on:
You are more than welcome to join us if you are interested. You will receive messages and invitations through membership in our Yahoo group.We will go for drinks on Thursdaynight at around 21h30 in “Le Comptoir” (Vieux Marché du Blé - Oud Korenmarkt), in Brussels city centre, close to Manneken Pis.
Best wishes for 2005,
The Queer Stagiaire Group
Há uns dias descobri que tinha merecido resposta de um deputado britânico:
Thank you for this email.I see that you have addressed, 'gay, lesbian, transgender, bisexual, bi-curious, and hetrosexual flexible', I am sorry to see that you have left out one important group - namely the Try-sexuals (i.e. will try anything sexual). I am not a member of this group but I do think it that we should be as inclusive as possible.
Regards,
JV
QUAL ALECRIM, QUAL MANJERONA
JV
Teixeira dos Santos promete enviar amêndoas
a Honório Novo para celebrar a boa execução orçamental. Honório Novo retorque e garante a Teixeira dos Santos um pão de ló de Ovar
se conseguir cumprir o prometido. Teixeira dos Santos agradece, diz que prefere dos molhadinhos, e oferece-se para acompanhar o pão de ló com vinho do porto
e queijo
. Que enjoo.




JV
Coitadinha da esquerda francesa (ou talvez não)
O Professor Vital afirma, com magistral clarividência, que era fácil prever que os distúrbios em França dariam vantagem à direita. Se era fácil prever isso e se toda a gente diz que era igualmente fácil prever que os distúrbios iriam acontecer, mais tarde ou mais cedo, atento o estado de degradação social e urbanística a que chegaram as “cités” criadas pelo estado socializante, então se calhar a esquerda, afinal, merece ser penalizada. Quanto mais não seja por não ver tantas evidências seguidas!
Mas isto somos nós a falar que não conhecemos o povo como o Professor Vital.
FA
O Professor Vital afirma, com magistral clarividência, que era fácil prever que os distúrbios em França dariam vantagem à direita. Se era fácil prever isso e se toda a gente diz que era igualmente fácil prever que os distúrbios iriam acontecer, mais tarde ou mais cedo, atento o estado de degradação social e urbanística a que chegaram as “cités” criadas pelo estado socializante, então se calhar a esquerda, afinal, merece ser penalizada. Quanto mais não seja por não ver tantas evidências seguidas!
Mas isto somos nós a falar que não conhecemos o povo como o Professor Vital.
FA
quarta-feira, novembro 16, 2005
Como ganhar £2,000,000 por ano e não fazer nada por Giles Smith
(post com dedicatória)

“Like you, I’m sure, I will always remember exactly what I was doing when I heard that Winston Bogarde had retired. I was reading a newspaper. One knew, of course, that the legendary Dutch stopper couldn’t go on earning for ever. But that knowledge in no way lessened the impact of the news.”
“No other player in Premiership history has put themselves about on a club’s wage bill the way Bogarde did. He was up and down that wage bill tirelessly for four seasons”
“There’s an accusation you hear levelled at foreign imports all the time: sure, they’re happy to pick up a pay packet while the sun is shining, but can they bank a salary on a wet Tuesday night in Bolton when they haven’t been picked? And, if he did nothing else, Bogarde silenced football’s cynical xenophobes with a resounding “yes, I can”. The hurly-burly of the Premiership wage bill suited his game”
“Bogarde has obviously reached the stage where he wants to move on from football and seek new challenges. There has been a suggestion that he might run “a music promotions company”. That would figure, although a more suitable proposal came up in discussion on The Times sports desk this week: farming. Under EU set-aside regulations, Bogarde could take a subsidy and get paid not to grow anything. Failing that, he would seem well placed to become a football agent”
“The least the club can do is dispel any lingering resentment by offering Bogarde the traditional tribute for services loyally rendered — a testimonial. (…) So let’s see a Chelsea XI take on a Holland XI in the big man’s honour. Of course, it would be just Bogarde’s luck not to make the squad. But that needn’t spoil the occasion. He could watch from the stands, or from home, and get the cheque sent on. And those of us in the crowd, though naturally sad not to see him, could at least console ourselves that it’s what he would have wanted.”
Artigo completo aqui.
FA
(post com dedicatória)

“Like you, I’m sure, I will always remember exactly what I was doing when I heard that Winston Bogarde had retired. I was reading a newspaper. One knew, of course, that the legendary Dutch stopper couldn’t go on earning for ever. But that knowledge in no way lessened the impact of the news.”
“No other player in Premiership history has put themselves about on a club’s wage bill the way Bogarde did. He was up and down that wage bill tirelessly for four seasons”
“There’s an accusation you hear levelled at foreign imports all the time: sure, they’re happy to pick up a pay packet while the sun is shining, but can they bank a salary on a wet Tuesday night in Bolton when they haven’t been picked? And, if he did nothing else, Bogarde silenced football’s cynical xenophobes with a resounding “yes, I can”. The hurly-burly of the Premiership wage bill suited his game”
“Bogarde has obviously reached the stage where he wants to move on from football and seek new challenges. There has been a suggestion that he might run “a music promotions company”. That would figure, although a more suitable proposal came up in discussion on The Times sports desk this week: farming. Under EU set-aside regulations, Bogarde could take a subsidy and get paid not to grow anything. Failing that, he would seem well placed to become a football agent”
“The least the club can do is dispel any lingering resentment by offering Bogarde the traditional tribute for services loyally rendered — a testimonial. (…) So let’s see a Chelsea XI take on a Holland XI in the big man’s honour. Of course, it would be just Bogarde’s luck not to make the squad. But that needn’t spoil the occasion. He could watch from the stands, or from home, and get the cheque sent on. And those of us in the crowd, though naturally sad not to see him, could at least console ourselves that it’s what he would have wanted.”
Artigo completo aqui.
FA
terça-feira, novembro 15, 2005
Eutanásia eleitoral
Aviso os meus "concidadões" que se as campanhas presidenciais (principalmente de Soares e Louçã, há que dizê-lo com frontalidade) continuarem nesta onda de populismo, oportunismo, falta de vergonha e de sentido do ridículo serei forçado a exercer o meu direito de voto contribuindo para a vitória de Cavaco Silva. Logo na primeira volta. Tudo o que ajude a não prolongar mais o sofrimento.
Depois não digam que não avisei.
FA
Aviso os meus "concidadões" que se as campanhas presidenciais (principalmente de Soares e Louçã, há que dizê-lo com frontalidade) continuarem nesta onda de populismo, oportunismo, falta de vergonha e de sentido do ridículo serei forçado a exercer o meu direito de voto contribuindo para a vitória de Cavaco Silva. Logo na primeira volta. Tudo o que ajude a não prolongar mais o sofrimento.
Depois não digam que não avisei.
FA
MOSTRO-TE O MEU SE ME MOSTRARES O TEU
JV
Depois dos argumentos sobre camas e sonos, democracias e vinganças, chegámos agora aos boletins clínicos. Soares propõe-se revelar o seu se os outros adversários também o fizerem.
Para acabar de vez com estes confrangedores excessos de transparência e permitir que se discutam coisas sérias, o melhor é fazer um abaixo-assinado nacional reconhecendo de uma vez ao Dr. Mário Soares toda a infinda série de qualidades e faculdades que ele reclama para si.
Para acabar de vez com estes confrangedores excessos de transparência e permitir que se discutam coisas sérias, o melhor é fazer um abaixo-assinado nacional reconhecendo de uma vez ao Dr. Mário Soares toda a infinda série de qualidades e faculdades que ele reclama para si.
JV
segunda-feira, novembro 14, 2005
INCOMPATIBILIDADE LÓGICA
Joana Amaral Dias tem repetido até à náusea que Soares esteve sempre do lado certo nos combates que travou. Só não percebo como é que JAD pode dizer isso e continuar militante do Bloco de Esquerda.
JV

Jerónimo de Sousa defendeu que Portugal precisa de um Presidente da República «politica e institucionalmente activo» para fazer cumprir a Constituição, considerando que até hoje nenhum chefe de Estado a cumpriu.
Alguém devia explicar ao senhor que a Constituição que ele quer cumprir já não existe.
JV
E ÁGUA BENTA
JV
O Dr. Mário Soares deixou hoje claro que a Europa precisa de vozes fortes e hoje há poucas que sejam escutadas, como acontece com a sua. Lembrou ainda que é uma personalidade conhecida em toda a Europa, quer por ministros e ex-ministros quer pelo cidadão comum, o que o torna uma voz respeitada e ouvida, sobretudo num momento de impasse como o actual na União Europeia.
Mário Soares faz lembrar aquele homem que dizia sempre muito bem de si próprio com o argumento de que, passado algum tempo, já ninguém se lembra quem foi que fez os elogios.
JV
sexta-feira, novembro 11, 2005
quinta-feira, novembro 10, 2005
Tragicomédia
Ao doloroso despertar da esquerda para a simples e iniludível realidade que o modelo social que idealizaram, programaram e implementaram acabou, esgotado, há quem chame “crise de confiança”. Como se esta realidade não fosse por um lado uma evidência e uma inevitabilidade histórica e por outro uma oportunidade de repensar o nosso modelo de sociedade.
Incapaz de se sustentar intrínsecamente, porque limitador do desenvolvimento económico, e atacado externamente, porque o mundo é cada vez mais um só e há quem queira ser mais próspero, o monstro vai morrendo lentamente. A competitividade global clama por flexibilidade e o monstro responde com conformismo. À iniciativa individual que urge apoiar alvitra subsídios. They just don’t get it.
Esta mesma esquerda sonhou com a integração e o multi-culturalismo apoiada numa concepção social politicamente correcta de régua e esquadro em punho. Perante o inevitável confronto dos desenraizados e ostracizados com a sociedade que malgré eux nunca foi deles, esta equerda fica indecisa e baralhada. Na dúvida, ataca, pateticamente, o equivalente local do único inimigo que lhe resta e que se ataca, cegamente, como se disso dependesse a sua própria existência. Em vez da responsabilidade individual dos criminosos e da responsabilidade política dos pais do monstro procuram-se antes desculpas, bodes expiatórios. Enquanto o mundo assiste e pergunta se isto está mesmo a acontecer.
Isto tudo e muito mais. Como o Luciano Amaral hoje expõe, aliás brilhantemente, no seu Editorial do DN de hoje.
FA
Ao doloroso despertar da esquerda para a simples e iniludível realidade que o modelo social que idealizaram, programaram e implementaram acabou, esgotado, há quem chame “crise de confiança”. Como se esta realidade não fosse por um lado uma evidência e uma inevitabilidade histórica e por outro uma oportunidade de repensar o nosso modelo de sociedade.
Incapaz de se sustentar intrínsecamente, porque limitador do desenvolvimento económico, e atacado externamente, porque o mundo é cada vez mais um só e há quem queira ser mais próspero, o monstro vai morrendo lentamente. A competitividade global clama por flexibilidade e o monstro responde com conformismo. À iniciativa individual que urge apoiar alvitra subsídios. They just don’t get it.
Esta mesma esquerda sonhou com a integração e o multi-culturalismo apoiada numa concepção social politicamente correcta de régua e esquadro em punho. Perante o inevitável confronto dos desenraizados e ostracizados com a sociedade que malgré eux nunca foi deles, esta equerda fica indecisa e baralhada. Na dúvida, ataca, pateticamente, o equivalente local do único inimigo que lhe resta e que se ataca, cegamente, como se disso dependesse a sua própria existência. Em vez da responsabilidade individual dos criminosos e da responsabilidade política dos pais do monstro procuram-se antes desculpas, bodes expiatórios. Enquanto o mundo assiste e pergunta se isto está mesmo a acontecer.
Isto tudo e muito mais. Como o Luciano Amaral hoje expõe, aliás brilhantemente, no seu Editorial do DN de hoje.
FA
quarta-feira, novembro 09, 2005
CONVERSAS DE ALCOVA - 4

Aumentando a confusão, Medeiros Ferreira acusou Alegre de dormir com Cavaco e declarou que com Soares ninguém dorme. Tendo em conta que esta última afirmação contradiz as do candidato, seria bom que a candidatura de Soares emitisse directrizes precisas acerca desta relevante matéria.
JV

Aumentando a confusão, Medeiros Ferreira acusou Alegre de dormir com Cavaco e declarou que com Soares ninguém dorme. Tendo em conta que esta última afirmação contradiz as do candidato, seria bom que a candidatura de Soares emitisse directrizes precisas acerca desta relevante matéria.
JV