DIE WEISSE ROSE
Quase não escrevi neste ano de 2005, fruto de trabalhos, campanhas, eleições e gripe. Assim deixei passar um aniversário que gosto de relembrar:
22 de Fevereiro de 1943 foi o dia da execução de Christoph Probst, Sophie e Hans Scoll - três jovens que tiveram a coragem de resistir e criticar o Governo Nazi alemão.

No Verão de '42, Hans Scholl and Alexander Schmorell, estudantes de medicina começaram a escrever alguns panfletos cujo nome hoje identifica o grupo todo - Die Weisse Rose, Rosa Branca. Com um amigo Willi Graf e Sophie, irmã mais nova de Hans, Jürgen Wittenstein e o professor de filosofia Kurt Huber, acreditavam que o nazismo era uma contradição do "espirito alemão".

O primeiro panfleto (em versão inglesa
aqui) mostra essa admiração pela herança cultural alemã, longe no entanto do militarismo Junker da Grande Guerra e do devir glorioso do III Reich.

É extraordinário o que leva vários estudantes e um professor da Universidade de Munique, católicos, ortodoxos russos ou ateus, a deixar a crítica privada e avançar para uma resistência activa.

Nesse Fevereiro de 1943, Hans, Alex e Willi escreveram ,nas paredes da cidade, frases contra Hitler e cobriram com cal as suásticas que encontrarm.

No dia 18 desse mês, Sophie e o seu irmão Hans levaram uma mala cheia com panfletos para a universidade. Nessa quinta-feira encheram o átrio e os corredores com os papeis proibidos. Depois, já em segurança, verificaram que ainda sobravam uns tantos na mala. Sophie, então no terceiro andar, atirou para o ar 80 ou 100 panfletos que voaram para o átrio que se encheram, entretanto, com estudantes saídos das aulas. Entre os estudantes estava Jakob Schmidt, membro do partido Nazi, que vendo a acção subversiva denunciou os irmãos Scholl à Gestapo.

Nessa mesma noite oito foram condenados à morte. Depois de comungar, Sophie foi decapitada. Tinha 21 anos. Há 62 anos.
DBH