PESADELO NA JANGADA DE PEDRA
JV
«... depois dos três impérios dos Assírios, Persas e Gregos, que já passaram, e depois do quarto, que ainda hoje dura, que é o romano, há-de haver um novo e melhor império que há-de ser o quinto e último» Padre António Vieira oquintodosimperios@gmail.com
quinta-feira, março 31, 2005
quarta-feira, março 30, 2005
FINALMENTE
I've heard so much about you, dear.
Rui Ramos! Vasco Rato! Luciano Amaral! Paulo Tunhas! João Marques de Almeida!
Entre muitos outros, incluindo His Lordship!
Sai esta Quinta com o Público.
(via O Acidental)
FMS
I've heard so much about you, dear.
Rui Ramos! Vasco Rato! Luciano Amaral! Paulo Tunhas! João Marques de Almeida!
Entre muitos outros, incluindo His Lordship!
Sai esta Quinta com o Público.
(via O Acidental)
FMS
Wednesday afternoon fever
Esta notícia da TSF (segundo a qual estarei com febre) confirma o que já se sabia. O Reino Unido atrai os emigrantes portugueses. Acho que há dois factores essenciais para isso.
Em primeiro lugar a segurança social britânica é bastante generosa: dá casa (em bons sítios) a quem aparece e subsídios a quem (na realidade) não merece. Isto atrai os Portugueses preguiçosos.
Em segundo lugar a economia do Reino Unido está a crescer e há emprego e bons salários para gente com múltiplas ou nenhumas qualificações. Isto atrai os Portugueses trabalhadores.
Seja como for 300 mil já impõe respeito e, se as coisas correrem bem, faremos aqui um novo Portugal. Ou será uma nova França? Seja como for, os "bifes" nem sabem o que os espera! Londres a segunda cidade Portuguesa já!
FA
Esta notícia da TSF (segundo a qual estarei com febre) confirma o que já se sabia. O Reino Unido atrai os emigrantes portugueses. Acho que há dois factores essenciais para isso.
Em primeiro lugar a segurança social britânica é bastante generosa: dá casa (em bons sítios) a quem aparece e subsídios a quem (na realidade) não merece. Isto atrai os Portugueses preguiçosos.
Em segundo lugar a economia do Reino Unido está a crescer e há emprego e bons salários para gente com múltiplas ou nenhumas qualificações. Isto atrai os Portugueses trabalhadores.
Seja como for 300 mil já impõe respeito e, se as coisas correrem bem, faremos aqui um novo Portugal. Ou será uma nova França? Seja como for, os "bifes" nem sabem o que os espera! Londres a segunda cidade Portuguesa já!
FA
BOA PIADA
Em declarações à TSF, o presidente da concelhia de Lisboa do PS afirma que a prioridade do partido é libertar a cidade da "política do show-off". Por isso, apresenta a candidatura de Manuel Maria Carrilho, esse taciturno eremita. O que lhe faltou dizer, presumo, é que se a prioridade fosse libertar Lisboa da sensaboria e da falta de humor, ele próprio seria o candidato.
FMS
Em declarações à TSF, o presidente da concelhia de Lisboa do PS afirma que a prioridade do partido é libertar a cidade da "política do show-off". Por isso, apresenta a candidatura de Manuel Maria Carrilho, esse taciturno eremita. O que lhe faltou dizer, presumo, é que se a prioridade fosse libertar Lisboa da sensaboria e da falta de humor, ele próprio seria o candidato.
FMS
Posso assinar por baixo?
“Portugal não tem um problema de imagem. Portugal está esmagado sob uma imagem e uma representação histórica e cultural. Esse peso protege-o, do mal e do bem. Quando se fala de padrões novos de criminalidade ou de transformação comportamental, fala-se disso. Mas é mais: para ser sustentado, o desenvolvimento do país precisa de ser fundado em realidade. O discurso político precisa de se libertar rapidamente dos equívocos e abrigos fáceis da linguagem e acertar o passo com a realidade e a necessidade do país, mesmo que para isso tenha que fazer sacrifícios. O primeiro e mais difícil deles é aceitar o princípio da mudança.”
in Notas da Frente
FA
“Portugal não tem um problema de imagem. Portugal está esmagado sob uma imagem e uma representação histórica e cultural. Esse peso protege-o, do mal e do bem. Quando se fala de padrões novos de criminalidade ou de transformação comportamental, fala-se disso. Mas é mais: para ser sustentado, o desenvolvimento do país precisa de ser fundado em realidade. O discurso político precisa de se libertar rapidamente dos equívocos e abrigos fáceis da linguagem e acertar o passo com a realidade e a necessidade do país, mesmo que para isso tenha que fazer sacrifícios. O primeiro e mais difícil deles é aceitar o princípio da mudança.”
in Notas da Frente
FA
terça-feira, março 29, 2005
segunda-feira, março 28, 2005
O POVO É QUE SABE
Se se confirmarem as sondagens mais recentes e a França disser, de facto, NÃO à Constituição Europeia, teremos em Portugal, num só ano, dois referendos sobre o aborto. Não há realmente fome que não dê fartura.
FMS
Se se confirmarem as sondagens mais recentes e a França disser, de facto, NÃO à Constituição Europeia, teremos em Portugal, num só ano, dois referendos sobre o aborto. Não há realmente fome que não dê fartura.
FMS
quinta-feira, março 24, 2005
O PAÍS REVISITADO
Não se preocupem. Eles voltam, seja de que forma for. Enquanto isso, alguns continuam por aí a falar de música, de surf e de outras minudências ainda mais importantes.
Até já.
FMS
Não se preocupem. Eles voltam, seja de que forma for. Enquanto isso, alguns continuam por aí a falar de música, de surf e de outras minudências ainda mais importantes.
Até já.
FMS
segunda-feira, março 21, 2005
A Queda do Imperio
Goa vale a pena. Vale a pena pela historia e cultura. Por ser uma India diferente. Por ser uma restia do que fomos. Sobretudo porque daqui a uma ou duas geracoes pouco restara de Portugal para alem das pedras.
FA
PS - Ja agora o Instituto Camoes podia distribuir uns teclados como deve de ser aos Internet Cafes de Panjim e arredores!!!
Goa vale a pena. Vale a pena pela historia e cultura. Por ser uma India diferente. Por ser uma restia do que fomos. Sobretudo porque daqui a uma ou duas geracoes pouco restara de Portugal para alem das pedras.
FA
PS - Ja agora o Instituto Camoes podia distribuir uns teclados como deve de ser aos Internet Cafes de Panjim e arredores!!!
sexta-feira, março 18, 2005
É tudo perfeitamente normal
O Ministro das Finanças diz que na impossibilidade de se conter a despesa pública os impostos terão que subir. O Primeiro-Ministro diz que os impostos não vão subir e reforça a ideia de que o importante é conter a despesa pública. Os comentadores da praxe dizem que é perfeitamente normal que, caso a despesa pública não seja contida os impostos tenham que subir e que, assim sendo, os discursos de Primeiro Ministro e Ministro das Finanças são perfeitamente compatíveis.
Ficamos a saber que, com toda a certeza, a despesa pública não será contida, os impostos irão mesmo subir e o Ministro das Finanças será dos primeiros a ir à vida numa próxima remodelação.
Tudo perfeitamente normal portanto.
FA
O Ministro das Finanças diz que na impossibilidade de se conter a despesa pública os impostos terão que subir. O Primeiro-Ministro diz que os impostos não vão subir e reforça a ideia de que o importante é conter a despesa pública. Os comentadores da praxe dizem que é perfeitamente normal que, caso a despesa pública não seja contida os impostos tenham que subir e que, assim sendo, os discursos de Primeiro Ministro e Ministro das Finanças são perfeitamente compatíveis.
Ficamos a saber que, com toda a certeza, a despesa pública não será contida, os impostos irão mesmo subir e o Ministro das Finanças será dos primeiros a ir à vida numa próxima remodelação.
Tudo perfeitamente normal portanto.
FA
Advogado do diabo
O Presidente Jorge Sampaio admite regressar à advocacia após terminar o seu mandato.
Não sei até que ponto o PR terá pensado seriamente nisso ou se considerou todas as consequências desse acto. Pela minha parte recorreria, sem pestanejar, ao seus serviços de assistência jurídica. Não tanto pela consideração que possa ter pela sua envergadura de causídico (que é, aliás, muita) mas sobretudo, e como é óbvio, pela enorme notoriedade e influência que o seu mandato como supremo magistrado da res publica lhe otorgou. Notoriedade e influência que, ainda que involuntariamente, se propõe agora a utilizar em prol dos seus clientes contra outros cidadãos.
O Presidente foi, como é tradição, de “todos os Portugueses”. O Advogado, como também é tradição, só será de quem lhe conseguir pagar os avultados honorários.
FA
PS – a ausência dos últimos dias deveu-se a uma gripe que, não sendo das galinhas, deu azo a muita canja das ditas até se curar.
O Presidente Jorge Sampaio admite regressar à advocacia após terminar o seu mandato.
Não sei até que ponto o PR terá pensado seriamente nisso ou se considerou todas as consequências desse acto. Pela minha parte recorreria, sem pestanejar, ao seus serviços de assistência jurídica. Não tanto pela consideração que possa ter pela sua envergadura de causídico (que é, aliás, muita) mas sobretudo, e como é óbvio, pela enorme notoriedade e influência que o seu mandato como supremo magistrado da res publica lhe otorgou. Notoriedade e influência que, ainda que involuntariamente, se propõe agora a utilizar em prol dos seus clientes contra outros cidadãos.
O Presidente foi, como é tradição, de “todos os Portugueses”. O Advogado, como também é tradição, só será de quem lhe conseguir pagar os avultados honorários.
FA
PS – a ausência dos últimos dias deveu-se a uma gripe que, não sendo das galinhas, deu azo a muita canja das ditas até se curar.
Advogado do diabo
O Presidente Jorge Sampaio admite regressar à advocacia após terminar o seu mandato.
Não sei até que ponto o PR terá pensado seriamente nisso ou se considerou todas as consequências desse acto. Pela minha parte recorreria, sem pestanejar, ao seus serviços de assistência jurídica. Não tanto pela consideração que possa ter pela sua envergadura de causídico (que é, aliás, muita) mas sobretudo, e como é óbvio, pela enorme notoriedade e influência que o seu mandato como supremo magistrado da res publica lhe otorgou. Notoriedade e influência que, ainda que involuntariamente, se propõe agora a utilizar em prol dos seus clientes contra outros cidadãos.
O Presidente foi, como é tradição, de “todos os Portugueses”. O Advogado, como também é tradição, só será de quem lhe conseguir pagar os avultados honorários.
FA
PS – a ausência dos últimos dias deveu-se a uma gripe que, não sendo das galinhas, deu azo a muita canja das ditas até se curar.
O Presidente Jorge Sampaio admite regressar à advocacia após terminar o seu mandato.
Não sei até que ponto o PR terá pensado seriamente nisso ou se considerou todas as consequências desse acto. Pela minha parte recorreria, sem pestanejar, ao seus serviços de assistência jurídica. Não tanto pela consideração que possa ter pela sua envergadura de causídico (que é, aliás, muita) mas sobretudo, e como é óbvio, pela enorme notoriedade e influência que o seu mandato como supremo magistrado da res publica lhe otorgou. Notoriedade e influência que, ainda que involuntariamente, se propõe agora a utilizar em prol dos seus clientes contra outros cidadãos.
O Presidente foi, como é tradição, de “todos os Portugueses”. O Advogado, como também é tradição, só será de quem lhe conseguir pagar os avultados honorários.
FA
PS – a ausência dos últimos dias deveu-se a uma gripe que, não sendo das galinhas, deu azo a muita canja das ditas até se curar.
Advogado do diabo
O Presidente Jorge Sampaio admite regressar à advocacia após terminar o seu mandato.
Não sei até que ponto o PR terá pensado seriamente nisso ou se considerou todas as consequências desse acto. Pela minha parte recorreria, sem pestanejar, ao seus serviços de assistência jurídica. Não tanto pela consideração que possa ter pela sua envergadura de causídico (que é, aliás, muita) mas sobretudo, e como é óbvio, pela enorme notoriedade e influência que o seu mandato como supremo magistrado da res publica lhe otorgou. Notoriedade e influência que, ainda que involuntariamente, se propõe agora a utilizar em prol dos seus clientes contra outros cidadãos.
O Presidente foi, como é tradição, de “todos os Portugueses”. O Advogado, como também é tradição, só será de quem lhe conseguir pagar os avultados honorários.
FA
PS – a ausência dos últimos dias deveu-se a uma gripe que, não sendo das galinhas, deu azo a muita canja das ditas até se curar.
O Presidente Jorge Sampaio admite regressar à advocacia após terminar o seu mandato.
Não sei até que ponto o PR terá pensado seriamente nisso ou se considerou todas as consequências desse acto. Pela minha parte recorreria, sem pestanejar, ao seus serviços de assistência jurídica. Não tanto pela consideração que possa ter pela sua envergadura de causídico (que é, aliás, muita) mas sobretudo, e como é óbvio, pela enorme notoriedade e influência que o seu mandato como supremo magistrado da res publica lhe otorgou. Notoriedade e influência que, ainda que involuntariamente, se propõe agora a utilizar em prol dos seus clientes contra outros cidadãos.
O Presidente foi, como é tradição, de “todos os Portugueses”. O Advogado, como também é tradição, só será de quem lhe conseguir pagar os avultados honorários.
FA
PS – a ausência dos últimos dias deveu-se a uma gripe que, não sendo das galinhas, deu azo a muita canja das ditas até se curar.
FRACTURA DE IMAGINAÇÃO
Como de costume, sempre que o PSD está na oposição, lá aparece um candidato a presidente da JSD com vontade de a transformar numa sucursal do Bloco. O processo não é novo, não tem dado grandes resultados, mas é notícia garantida. Fica bem em período eleitoral.
Desta vez é Daniel Fangueiro: é preciso confrontar os jovens sociais-democratas com questões fracturantes como a despenalização das drogas leves ou o aborto; a JSD fará uma "reflexão interna profunda" sobre essas matérias e, se houver consenso em relação a elas, então "defendê-las-emos acerrimamente perante o partido". Note-se a clareza e a convicção do discurso.
Como de costume, sempre que o PSD está na oposição, lá aparece um candidato a presidente da JSD com vontade de a transformar numa sucursal do Bloco. O processo não é novo, não tem dado grandes resultados, mas é notícia garantida. Fica bem em período eleitoral.
Desta vez é Daniel Fangueiro: é preciso confrontar os jovens sociais-democratas com questões fracturantes como a despenalização das drogas leves ou o aborto; a JSD fará uma "reflexão interna profunda" sobre essas matérias e, se houver consenso em relação a elas, então "defendê-las-emos acerrimamente perante o partido". Note-se a clareza e a convicção do discurso.
Quererá o candidato Daniel Fangueiro reeditar também este momento histórico da JSD?
Uma coisa é certa. Ombreando com a JS e com a rapaziada do BE, podemos contar com a JSD de Fangueiro para dar aos jovens aquilo que eles mais querem: fracturas. Outros que se preocupem com as facturas.
JV
quinta-feira, março 17, 2005
É A IDADE, ESTÚPIDO!
O "É a Cultura, Estúpido!" atingiu a fase adulta. Começou subversivo, dessacralizando a Cultura, falando dos blogs, achincalhando os tiques e as poses da intelectualice, para acabar assim, vergado à situação de José Gil e de Prado Coelho. O "É a Cultura" quis crescer, mas envelheceu. Institucionalizou-se. Engordou. Afrancesou-se. E ontem, aborreceu-me.
FMS
O "É a Cultura, Estúpido!" atingiu a fase adulta. Começou subversivo, dessacralizando a Cultura, falando dos blogs, achincalhando os tiques e as poses da intelectualice, para acabar assim, vergado à situação de José Gil e de Prado Coelho. O "É a Cultura" quis crescer, mas envelheceu. Institucionalizou-se. Engordou. Afrancesou-se. E ontem, aborreceu-me.
FMS
CENAS DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA - 6
Enquanto os irlandeses aproveitaram o dia para desejar a todos um "Happy St. Patrick's day", um palerma com pretensões a engraçado escreveu isto:
vive la Saint Oignon !!!!
Je suis membre de l'Eglise du Saint Oignon dont nous célébrons le culte aujourd'hui également ! il s'agit d'éplucher un kilo d'oignon chaque matin pour provoquer des larmes et ainsi laver son âme ! on ne se fait pas clouer sur une croix à la sortie de la messe. Il n'y a pas non plus d'inscription ni de Pape; bon appétit à ceux qui vont maintenant à la cantine bien à vous,
ap
De ir às lágrimas.
JV
Enquanto os irlandeses aproveitaram o dia para desejar a todos um "Happy St. Patrick's day", um palerma com pretensões a engraçado escreveu isto:
vive la Saint Oignon !!!!
Je suis membre de l'Eglise du Saint Oignon dont nous célébrons le culte aujourd'hui également ! il s'agit d'éplucher un kilo d'oignon chaque matin pour provoquer des larmes et ainsi laver son âme ! on ne se fait pas clouer sur une croix à la sortie de la messe. Il n'y a pas non plus d'inscription ni de Pape; bon appétit à ceux qui vont maintenant à la cantine bien à vous,
ap
De ir às lágrimas.
JV
terça-feira, março 15, 2005
O JACOBINISMO MOSTRA AS PATINHAS
Uma coisa que dá pelo nome de Associação Cívica República e Laicidade resolveu fazer queixa à PGR porque um padre apelou a que os cristãos votassem numa "ética que não seja indigna deles próprios".
Para estes anti-clericais de pacotilha, a liberdade de expressão pára à porta das igrejas.
Já vi este filme em qualquer lado.
JV
Uma coisa que dá pelo nome de Associação Cívica República e Laicidade resolveu fazer queixa à PGR porque um padre apelou a que os cristãos votassem numa "ética que não seja indigna deles próprios".
Para estes anti-clericais de pacotilha, a liberdade de expressão pára à porta das igrejas.
Já vi este filme em qualquer lado.
JV
OIL FOR FOOD (FOR THOUGHT)
Confrontada com mudanças inexplicáveis no Médio Oriente, a imprensa europeia esforça-se por provar que nada disto tem a ver com aquela espécie de “efeito dominó” que a Administração americana quis espoletar com a intervenção e democratização do Iraque. Em edição recente, o Independent tentou demonstrar que Bush não tinha, de facto, atingido os seus objectivos de redesenhar o mapa político da região. O que é uma evolução. Ainda não há muito, o Independent era um pouco mais preguiçoso na análise. Era tudo uma questão de petróleo e pronto.
FMS
Confrontada com mudanças inexplicáveis no Médio Oriente, a imprensa europeia esforça-se por provar que nada disto tem a ver com aquela espécie de “efeito dominó” que a Administração americana quis espoletar com a intervenção e democratização do Iraque. Em edição recente, o Independent tentou demonstrar que Bush não tinha, de facto, atingido os seus objectivos de redesenhar o mapa político da região. O que é uma evolução. Ainda não há muito, o Independent era um pouco mais preguiçoso na análise. Era tudo uma questão de petróleo e pronto.
FMS
PRINCÍPIOS
Assisto ao “Eixo do Mal” e constato desiludido que o Daniel, outrora o mais impoluto dos cronistas, o mais implacável dos moralistas, acha que pouco importam, seja para o for, as barbaridades defendidas por Freitas do Amaral em letra impressa, publicada e largamente difundida. Pelos vistos, para aquele que foi um dia o mais coerente dos comentaristas, devemos esquecer todos os dislates e avaliar o Professor pela sua actuação no governo a cujo programa jurou fidelidade.
Apesar de tudo, reconheço alguma lógica ao raciocínio. O que me entristece é que, por detrás deste apelo ao sangue frio do povo amedrontado, parece estar o desejo secreto de que Freitas modere o verbo e a heterodoxia diplomática.
O Daniel vive em compromisso permanente com princípios rigorosos. Um deles é nunca ter que dar razão à direita.
FMS
Assisto ao “Eixo do Mal” e constato desiludido que o Daniel, outrora o mais impoluto dos cronistas, o mais implacável dos moralistas, acha que pouco importam, seja para o for, as barbaridades defendidas por Freitas do Amaral em letra impressa, publicada e largamente difundida. Pelos vistos, para aquele que foi um dia o mais coerente dos comentaristas, devemos esquecer todos os dislates e avaliar o Professor pela sua actuação no governo a cujo programa jurou fidelidade.
Apesar de tudo, reconheço alguma lógica ao raciocínio. O que me entristece é que, por detrás deste apelo ao sangue frio do povo amedrontado, parece estar o desejo secreto de que Freitas modere o verbo e a heterodoxia diplomática.
O Daniel vive em compromisso permanente com princípios rigorosos. Um deles é nunca ter que dar razão à direita.
FMS
sexta-feira, março 11, 2005
Falemos da Bola
Ao contrário do que se diz na Bola online, o Boro não é uma equipa “fraquinha”. Não percebo como é que um jornalista desportivo pode fazer uma afirmação destas. Das duas uma ou é ignorante da matéria que trata (e devia ser despedido por incompetência) ou então está apostado em desvalorizar o resultado e a exibição do Sporting (e devia ser despedido por parcialidade).
Isto é ainda mais incompreensível se compararmos este comentário infeliz com a afirmação no mesmo jornal (versão impressa) em que se afirma aquilo que toda a gente minimamente informada sabe: o Boro é uma das equipas do top-half da Premier League e conta com jogadores de inegável valia. Mais do que capazes de ganhar 2-0 em Alvalade.
FA
Ao contrário do que se diz na Bola online, o Boro não é uma equipa “fraquinha”. Não percebo como é que um jornalista desportivo pode fazer uma afirmação destas. Das duas uma ou é ignorante da matéria que trata (e devia ser despedido por incompetência) ou então está apostado em desvalorizar o resultado e a exibição do Sporting (e devia ser despedido por parcialidade).
Isto é ainda mais incompreensível se compararmos este comentário infeliz com a afirmação no mesmo jornal (versão impressa) em que se afirma aquilo que toda a gente minimamente informada sabe: o Boro é uma das equipas do top-half da Premier League e conta com jogadores de inegável valia. Mais do que capazes de ganhar 2-0 em Alvalade.
FA
quarta-feira, março 09, 2005
SUCH A LITTLE THING MAKES SUCH A BIG DIFFERENCE
"We know of an ancient radiation
That haunts dismembered constellations
A faintly glimmering radio station"
E Cake? Já que não escrevem sobre eles vão ao menos passar alguma música?
DBH
"We know of an ancient radiation
That haunts dismembered constellations
A faintly glimmering radio station"
E Cake? Já que não escrevem sobre eles vão ao menos passar alguma música?
DBH
terça-feira, março 08, 2005
WOMEN'S LIB
So much fuss, to-day, about women's lib, when the real issue should a-been about women's lip.
«Eu costumava pensar que era um mau começo ter nascido mulher; agora penso que nada há de melhor. É como ter um aleijão e servir-se dele para vencer na vida.»
[Agustina Bessa-Luís, 2003, Os Espaços em Branco, Lisboa: Guimarães Editores, p. 293] via I., que continua colhendo doce fruito às escondidas.
So much fuss, to-day, about women's lib, when the real issue should a-been about women's lip.
«Eu costumava pensar que era um mau começo ter nascido mulher; agora penso que nada há de melhor. É como ter um aleijão e servir-se dele para vencer na vida.»
[Agustina Bessa-Luís, 2003, Os Espaços em Branco, Lisboa: Guimarães Editores, p. 293] via I., que continua colhendo doce fruito às escondidas.
MENSAGEM DE H. L. MENCKEN PARA O DIA DAS MULHERES
Dedicado, em re-retribuição, a His Lordship.
"Misogynist: A man who hates women as much as women hate one another".
"When women kiss it always reminds one of prize fighters shaking hands".
"Women have simple tastes. They get pleasure out of the conversation of children in arms and men in love".
"If women believed in their husbands they would be a good deal happier and also a good deal more foolish".
"Bachelors know more about women than married men; if they didn't they'd be married too".
"Men have a much better time of it than women. For one thing, they marry later; for another thing, they die earlier".
"The only really happy folk are married women and single men".
"Love is an emotion that is based on an opinion of women that is impossible for those who have had any experience with them".
Ainda assim, vejamos:
"I am convinced that the average woman, whatever her deficiencies, is greatly superior to the average man. The very ease with which she defies and swindles him in several capital situations of life is the clearest of proofs of her general superiority. She did not obtain her present high immunities as a gift from the gods, but only after a long and often bitter fight, and in that fight she exhibited forensic and tactical talents of a truly admirable order. There was no weakness of man that she did not penetrate and take advantage of. There was no trick that she did not put to effective use. There was no device so bold and inordinate that it daunted her".
"Men will keep on pursuing women until hell freezes over, and women will keep luring them on. If the latter enterprise were abandoned, in fact, the whole game of love would play out, for not many men take any notice of women spontaneously. Nine men out of ten would be quite happy, I believe, if there were no women in the world, once they had grown accustomed to the quiet. Practically all men are their happiest when they are engaged upon activities -- for example, drinking, gambling, hunting, business, adventure -- to which women are not ordinarily admitted. It is women who seduce them from such celibate doings. The hare postures and gyrates in front of the hound. The way to put an end to the gaudy crimes that the suffragist alarmists talk about is to shave the heads of all the pretty girls in the world, and pluck out their eyebrows, and pull their teeth, and put them in khaki, and forbid them to wriggle on dance-floors, or to wear scents, or to use lip-sticks, or to roll their eyes".
"There will never be any decay of that agreeable adventurousness which now lies at the bottom of all transactions between the sexes. Women may emancipate themselves, they may borrow the whole bag of masculine tricks, and they may cure themselves of their present desire for the vegetable security of marriage, but they will never cease to be women, and so long as they are women they will remain provocative to men. Their chief charm today lies precisely in the fact that they are dangerous, that they threaten masculine liberty and autonomy, that their sharp minds present a menace vastly greater than that of acts of God and the public enemy -- and they will be dangerous forever. Men fear them, and are fascinated by them. They know how to show their teeth charmingly; the more enlightened of them have perfected a superb technique of fascination. It was Nietzsche who called them the recreation of the warrior -- not of the poltroon, remember, but of the warrior. A profound saying. They have an infinite capacity for rewarding masculine industry and enterprise with small and irresistible flatteries; their acute understanding combines with their capacity for evoking ideas of beauty to make them incomparable companions when the serious business of the day is done, and the time has come to expand comfortably in the interstellar ether".
FMS
Dedicado, em re-retribuição, a His Lordship.
"Misogynist: A man who hates women as much as women hate one another".
"When women kiss it always reminds one of prize fighters shaking hands".
"Women have simple tastes. They get pleasure out of the conversation of children in arms and men in love".
"If women believed in their husbands they would be a good deal happier and also a good deal more foolish".
"Bachelors know more about women than married men; if they didn't they'd be married too".
"Men have a much better time of it than women. For one thing, they marry later; for another thing, they die earlier".
"The only really happy folk are married women and single men".
"Love is an emotion that is based on an opinion of women that is impossible for those who have had any experience with them".
Ainda assim, vejamos:
"I am convinced that the average woman, whatever her deficiencies, is greatly superior to the average man. The very ease with which she defies and swindles him in several capital situations of life is the clearest of proofs of her general superiority. She did not obtain her present high immunities as a gift from the gods, but only after a long and often bitter fight, and in that fight she exhibited forensic and tactical talents of a truly admirable order. There was no weakness of man that she did not penetrate and take advantage of. There was no trick that she did not put to effective use. There was no device so bold and inordinate that it daunted her".
"Men will keep on pursuing women until hell freezes over, and women will keep luring them on. If the latter enterprise were abandoned, in fact, the whole game of love would play out, for not many men take any notice of women spontaneously. Nine men out of ten would be quite happy, I believe, if there were no women in the world, once they had grown accustomed to the quiet. Practically all men are their happiest when they are engaged upon activities -- for example, drinking, gambling, hunting, business, adventure -- to which women are not ordinarily admitted. It is women who seduce them from such celibate doings. The hare postures and gyrates in front of the hound. The way to put an end to the gaudy crimes that the suffragist alarmists talk about is to shave the heads of all the pretty girls in the world, and pluck out their eyebrows, and pull their teeth, and put them in khaki, and forbid them to wriggle on dance-floors, or to wear scents, or to use lip-sticks, or to roll their eyes".
"There will never be any decay of that agreeable adventurousness which now lies at the bottom of all transactions between the sexes. Women may emancipate themselves, they may borrow the whole bag of masculine tricks, and they may cure themselves of their present desire for the vegetable security of marriage, but they will never cease to be women, and so long as they are women they will remain provocative to men. Their chief charm today lies precisely in the fact that they are dangerous, that they threaten masculine liberty and autonomy, that their sharp minds present a menace vastly greater than that of acts of God and the public enemy -- and they will be dangerous forever. Men fear them, and are fascinated by them. They know how to show their teeth charmingly; the more enlightened of them have perfected a superb technique of fascination. It was Nietzsche who called them the recreation of the warrior -- not of the poltroon, remember, but of the warrior. A profound saying. They have an infinite capacity for rewarding masculine industry and enterprise with small and irresistible flatteries; their acute understanding combines with their capacity for evoking ideas of beauty to make them incomparable companions when the serious business of the day is done, and the time has come to expand comfortably in the interstellar ether".
FMS
segunda-feira, março 07, 2005
Foto de família
Imagem via Política Pura.
É óbvio que é despropositado o envio da fotografia do Professor Freitas do Caldas para o Rato. Um partido político não é uma família (apesar de poder defender os valores da família!) onde se escondem, por embaraço, os antepassados que nos desonram.
Como o Adolfo deixa claríssimo aqui, foi o Professor Freitas que mudou habilmente de rumo ao sabor das conveniências políticas e das alianças de circunstância. A chegada a Minstro num Governo PS seria caricata se não fosse trágica atentas as recentes tomadas de posição em assuntos como o Médio Oriente e a política externa dos EUA.
A fotografia que está no Caldas (ou em trânsito nas mãos dos CTT!) é do fundador de um partido neo-liberal, reformista e de valores. O senhor Ministro que está nas Necessidades é outro.
FA
Imagem via Política Pura.
É óbvio que é despropositado o envio da fotografia do Professor Freitas do Caldas para o Rato. Um partido político não é uma família (apesar de poder defender os valores da família!) onde se escondem, por embaraço, os antepassados que nos desonram.
Como o Adolfo deixa claríssimo aqui, foi o Professor Freitas que mudou habilmente de rumo ao sabor das conveniências políticas e das alianças de circunstância. A chegada a Minstro num Governo PS seria caricata se não fosse trágica atentas as recentes tomadas de posição em assuntos como o Médio Oriente e a política externa dos EUA.
A fotografia que está no Caldas (ou em trânsito nas mãos dos CTT!) é do fundador de um partido neo-liberal, reformista e de valores. O senhor Ministro que está nas Necessidades é outro.
FA
In a nutshell
Já andava há algum tempo à espera de uma observação deste género para abordar um tema que me é caro: o “estrangeiradismo”. O Rui Costa Pinto não tem culpa nenhuma mas, como teve o condão de me relembrar a temática, cá vai disto.
Lembro-me do Herman José dizer que era difícil ser humorista em Portugal porque os Portugueses têm pouca capacidade para rir de sí próprios. Não acho que o Herman tenha desenvolvido muito mais esta sua observação mas, para mim, isso prende-se sobretudo com uma intrínseca falta de distanciamento da nossa própria realidade. As coisas em Portugal vivem-se demasiado intensamente. O tema do dia facilmente se torna no tema da semana ou do mês. Os mais ínfimos detalhes são analisados, esmiuçados, triturados e (mal) digeridos. Vive-se em permanente estado de indigestão de nós próprios. É como aquelas pastilhas elásticas que já não sabem a nada mas que insistimos em mastigar.
O RCP não me conhece mas não hesitou em me apodar de “estrangeirado” pelo meu desabafo (provocação?) perante as inconsequentes medidas demagógicas de um político de vão de escada que em qualquer lado da Europa ocidental não teria mais que um minuto de tempo de antena por ano (dois minutos vá). Repare o RCP que não estou aqui a discutir a quem cabe a responsabilidade por esse estado de coisas (isso é outro debate que podemos ter a seu tempo). É apenas um dado objectivo.
Estrangeirado. Cheira a insulto. Misto de leproso e convencido. Como se a objectividade que advém do simples facto de se estar de fora incomodasse. Se calhar é porque incomoda mesmo. É como o árbitro que marca penálti contra a nossa equipa. Mesmo que seja evidente que foi penálti, insistimos em chamar nomes ao árbitro por ter visto o que não nos convinha.
FA
Já andava há algum tempo à espera de uma observação deste género para abordar um tema que me é caro: o “estrangeiradismo”. O Rui Costa Pinto não tem culpa nenhuma mas, como teve o condão de me relembrar a temática, cá vai disto.
Lembro-me do Herman José dizer que era difícil ser humorista em Portugal porque os Portugueses têm pouca capacidade para rir de sí próprios. Não acho que o Herman tenha desenvolvido muito mais esta sua observação mas, para mim, isso prende-se sobretudo com uma intrínseca falta de distanciamento da nossa própria realidade. As coisas em Portugal vivem-se demasiado intensamente. O tema do dia facilmente se torna no tema da semana ou do mês. Os mais ínfimos detalhes são analisados, esmiuçados, triturados e (mal) digeridos. Vive-se em permanente estado de indigestão de nós próprios. É como aquelas pastilhas elásticas que já não sabem a nada mas que insistimos em mastigar.
O RCP não me conhece mas não hesitou em me apodar de “estrangeirado” pelo meu desabafo (provocação?) perante as inconsequentes medidas demagógicas de um político de vão de escada que em qualquer lado da Europa ocidental não teria mais que um minuto de tempo de antena por ano (dois minutos vá). Repare o RCP que não estou aqui a discutir a quem cabe a responsabilidade por esse estado de coisas (isso é outro debate que podemos ter a seu tempo). É apenas um dado objectivo.
Estrangeirado. Cheira a insulto. Misto de leproso e convencido. Como se a objectividade que advém do simples facto de se estar de fora incomodasse. Se calhar é porque incomoda mesmo. É como o árbitro que marca penálti contra a nossa equipa. Mesmo que seja evidente que foi penálti, insistimos em chamar nomes ao árbitro por ter visto o que não nos convinha.
FA
GOOD SPORT, OLD BOY
Quando vejo alguém a correr penso, imediata e inconscientemente, que deve ser um ladrão. Se é um grupo que corre acho logo que é um gang, se vestem cores coloridas e trazem bonés na cabeça, ou um pelotão de tropas, se veste azul-cinzento e cabeças ao frio. Hoje ao atravessar Monsanto pelas nove da manhã, vi nada menos que um total de 17 indivíduos a praticar corrida ao lado da estrada. Às nove da manhã, repito, e num dia de semana.
Escrevo este post porque nunca é demais avisar, os concidadãos, para os perigos que se escondem nas estradas de Lisboa.
DBH
Quando vejo alguém a correr penso, imediata e inconscientemente, que deve ser um ladrão. Se é um grupo que corre acho logo que é um gang, se vestem cores coloridas e trazem bonés na cabeça, ou um pelotão de tropas, se veste azul-cinzento e cabeças ao frio. Hoje ao atravessar Monsanto pelas nove da manhã, vi nada menos que um total de 17 indivíduos a praticar corrida ao lado da estrada. Às nove da manhã, repito, e num dia de semana.
Escrevo este post porque nunca é demais avisar, os concidadãos, para os perigos que se escondem nas estradas de Lisboa.
DBH
domingo, março 06, 2005
sexta-feira, março 04, 2005
Alívio e preocupação
Quando leio notícias destas fico tão contente de não viver em Portugal. Depois lembro-me de todos os familiares e amigos que ainda lá vivem.
FA
Quando leio notícias destas fico tão contente de não viver em Portugal. Depois lembro-me de todos os familiares e amigos que ainda lá vivem.
FA
…from the corner of my mind!!!
No Abrupto tem-se falado de bibliotecas e alfarrábios (olha a deixa Diogo!). Queria deixar para a posteridade a minha memória de infância das tardes de Outono passadas na Biblioteca do Palácio Galveias. Quando se entrava, palácio adentro, virava-se à direita. Lá ao fundo do corredor, onde através das vidaraças se viam os pavões nos jardins imaculadamente conservados por um jardineiro muito velhinho que nunca mais vi, havia do lado direito duas salas onde funcionava a biblioteca infantil.
Foi lá que li todos os livros do Michel Vaillant mas também os livros d’Os Cinco que me faltavam na colecção mais os do Clube dos Sete. Li concerteza muito Tintin e Asterix e gosto de pensar que terei lido mais alguma coisa para além de Enyd Blyton e BD. Talvez não.
Do que me lembro muito bem são das fichas de leitura que a funcionária pedia às crianças para preencher apesar dos livros estarem todos perfeitamente acessíveis em estantes. Vim a descobrir mais tarde que essas fichas eram as mesmas que eram utilizadas na Biblioteca “dos adultos”. Não admira que nunca tenha lido/preenchido nenhuma até ao fim. Ao contrário dos livros.
FA
No Abrupto tem-se falado de bibliotecas e alfarrábios (olha a deixa Diogo!). Queria deixar para a posteridade a minha memória de infância das tardes de Outono passadas na Biblioteca do Palácio Galveias. Quando se entrava, palácio adentro, virava-se à direita. Lá ao fundo do corredor, onde através das vidaraças se viam os pavões nos jardins imaculadamente conservados por um jardineiro muito velhinho que nunca mais vi, havia do lado direito duas salas onde funcionava a biblioteca infantil.
Foi lá que li todos os livros do Michel Vaillant mas também os livros d’Os Cinco que me faltavam na colecção mais os do Clube dos Sete. Li concerteza muito Tintin e Asterix e gosto de pensar que terei lido mais alguma coisa para além de Enyd Blyton e BD. Talvez não.
Do que me lembro muito bem são das fichas de leitura que a funcionária pedia às crianças para preencher apesar dos livros estarem todos perfeitamente acessíveis em estantes. Vim a descobrir mais tarde que essas fichas eram as mesmas que eram utilizadas na Biblioteca “dos adultos”. Não admira que nunca tenha lido/preenchido nenhuma até ao fim. Ao contrário dos livros.
FA
QUASE FAMOSOS NO EUROPA
A Europa não é só um velho e respeitável continente que acabou comandado por um ex-maoísta convertido ao mercado. É também uma bonita casa de diversão nocturna, ali ao Cais do Sodré, onde os Quase Famosos – sim, os autores de um blog quase anónimo - organizam uma festarola, na sexta-feira, 11 de Março, a partir das 22.30.
Promete-se tudo, inclusive a possibilidade de tentar uma coreografia “Jennifer Lopez” ao som dos Einstürzende Neubaten. Estará afixada em frente ao gira-discos uma minuciosa lista de músicas que não se podem pedir. O resto – ou seja, o sapateado e as lantejoulas - é convosco.
Para ganharem o direito a entrar, só terão de citar integralmente a letra do terceiro tema do primeiro álbum dos Felt e dizer o nome do xilofonista que colaborou com John Zorn no concerto de Zurique (17 de Fevereiro de 91). A partir daí, o céu – neste caso, a bola de espelhos e os focos – é o limite.
Será proibido falar de política, de bola e da vida sexual frustrada dos DJ’s de serviço.
Os Quase Famosos,
Cristóvão Gomes
Eduardo Nogueira Pinto
Francisco Mendes da Silva
Nuno Costa Santos
Pedro Adão e Silva
Ricardo Esteves Correia
FMS
A Europa não é só um velho e respeitável continente que acabou comandado por um ex-maoísta convertido ao mercado. É também uma bonita casa de diversão nocturna, ali ao Cais do Sodré, onde os Quase Famosos – sim, os autores de um blog quase anónimo - organizam uma festarola, na sexta-feira, 11 de Março, a partir das 22.30.
Promete-se tudo, inclusive a possibilidade de tentar uma coreografia “Jennifer Lopez” ao som dos Einstürzende Neubaten. Estará afixada em frente ao gira-discos uma minuciosa lista de músicas que não se podem pedir. O resto – ou seja, o sapateado e as lantejoulas - é convosco.
Para ganharem o direito a entrar, só terão de citar integralmente a letra do terceiro tema do primeiro álbum dos Felt e dizer o nome do xilofonista que colaborou com John Zorn no concerto de Zurique (17 de Fevereiro de 91). A partir daí, o céu – neste caso, a bola de espelhos e os focos – é o limite.
Será proibido falar de política, de bola e da vida sexual frustrada dos DJ’s de serviço.
Os Quase Famosos,
Cristóvão Gomes
Eduardo Nogueira Pinto
Francisco Mendes da Silva
Nuno Costa Santos
Pedro Adão e Silva
Ricardo Esteves Correia
FMS
quinta-feira, março 03, 2005
DO MEU CORREDOR
Olha lá, "linkamos-te" permanentemente e tu nem te dás ao trabalho de ressuscitar a tua lista?
JV
Olha lá, "linkamos-te" permanentemente e tu nem te dás ao trabalho de ressuscitar a tua lista?
JV
DIE WEISSE ROSE
Quase não escrevi neste ano de 2005, fruto de trabalhos, campanhas, eleições e gripe. Assim deixei passar um aniversário que gosto de relembrar:
22 de Fevereiro de 1943 foi o dia da execução de Christoph Probst, Sophie e Hans Scoll - três jovens que tiveram a coragem de resistir e criticar o Governo Nazi alemão.
No Verão de '42, Hans Scholl and Alexander Schmorell, estudantes de medicina começaram a escrever alguns panfletos cujo nome hoje identifica o grupo todo - Die Weisse Rose, Rosa Branca. Com um amigo Willi Graf e Sophie, irmã mais nova de Hans, Jürgen Wittenstein e o professor de filosofia Kurt Huber, acreditavam que o nazismo era uma contradição do "espirito alemão".
O primeiro panfleto (em versão inglesa aqui) mostra essa admiração pela herança cultural alemã, longe no entanto do militarismo Junker da Grande Guerra e do devir glorioso do III Reich.
É extraordinário o que leva vários estudantes e um professor da Universidade de Munique, católicos, ortodoxos russos ou ateus, a deixar a crítica privada e avançar para uma resistência activa.
Nesse Fevereiro de 1943, Hans, Alex e Willi escreveram ,nas paredes da cidade, frases contra Hitler e cobriram com cal as suásticas que encontrarm.
No dia 18 desse mês, Sophie e o seu irmão Hans levaram uma mala cheia com panfletos para a universidade. Nessa quinta-feira encheram o átrio e os corredores com os papeis proibidos. Depois, já em segurança, verificaram que ainda sobravam uns tantos na mala. Sophie, então no terceiro andar, atirou para o ar 80 ou 100 panfletos que voaram para o átrio que se encheram, entretanto, com estudantes saídos das aulas. Entre os estudantes estava Jakob Schmidt, membro do partido Nazi, que vendo a acção subversiva denunciou os irmãos Scholl à Gestapo.
Nessa mesma noite oito foram condenados à morte. Depois de comungar, Sophie foi decapitada. Tinha 21 anos. Há 62 anos.
DBH
Quase não escrevi neste ano de 2005, fruto de trabalhos, campanhas, eleições e gripe. Assim deixei passar um aniversário que gosto de relembrar:
22 de Fevereiro de 1943 foi o dia da execução de Christoph Probst, Sophie e Hans Scoll - três jovens que tiveram a coragem de resistir e criticar o Governo Nazi alemão.
No Verão de '42, Hans Scholl and Alexander Schmorell, estudantes de medicina começaram a escrever alguns panfletos cujo nome hoje identifica o grupo todo - Die Weisse Rose, Rosa Branca. Com um amigo Willi Graf e Sophie, irmã mais nova de Hans, Jürgen Wittenstein e o professor de filosofia Kurt Huber, acreditavam que o nazismo era uma contradição do "espirito alemão".
O primeiro panfleto (em versão inglesa aqui) mostra essa admiração pela herança cultural alemã, longe no entanto do militarismo Junker da Grande Guerra e do devir glorioso do III Reich.
É extraordinário o que leva vários estudantes e um professor da Universidade de Munique, católicos, ortodoxos russos ou ateus, a deixar a crítica privada e avançar para uma resistência activa.
Nesse Fevereiro de 1943, Hans, Alex e Willi escreveram ,nas paredes da cidade, frases contra Hitler e cobriram com cal as suásticas que encontrarm.
No dia 18 desse mês, Sophie e o seu irmão Hans levaram uma mala cheia com panfletos para a universidade. Nessa quinta-feira encheram o átrio e os corredores com os papeis proibidos. Depois, já em segurança, verificaram que ainda sobravam uns tantos na mala. Sophie, então no terceiro andar, atirou para o ar 80 ou 100 panfletos que voaram para o átrio que se encheram, entretanto, com estudantes saídos das aulas. Entre os estudantes estava Jakob Schmidt, membro do partido Nazi, que vendo a acção subversiva denunciou os irmãos Scholl à Gestapo.
Nessa mesma noite oito foram condenados à morte. Depois de comungar, Sophie foi decapitada. Tinha 21 anos. Há 62 anos.
DBH
What we got here is failure to communicate…
Não podia ficar calado perante a onda de contestação ao anúncio do padre Nuno Serras Pereira no Público que, de acordo com o cânone 915, está impedido de dar a sagrada comunhão “a todos aqueles católicos que manifestamente têm perseverado em advogar, contribuir para, ou promover a morte de seres humanos inocentes”.
O que o cânone citado prescreve (e que a todos os católicos obriga) é o seguinte: “Não serão admitidos à sagrada comunhão os excomungados e os interditos, depois da aplicação ou declaração da pena, e outros que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto”.
Nenhum católico pode deixar de qualificar como “pecado grave manifesto” a defesa de, a contribuição para ou a promoção da morte de seres humanos inocentes. Dito isto, o padre Nuno parece querer atribuir a certas práticas médicas ou contraceptivas o epíteto de “morte de seres humanos inocentes”. Eu não concordo.
Este debate está muito longe de ser pacífico. Dentro e fora da Igreja Católica. Dentro, e é para aí que o anúncio é primordialmente dirigido ou então seria uma manobra de diversão inconsequente, são os católicos que têm que fazer esse debate. A Igreja é, indiscutivelmente, o último reduto da dignidade humana em muitos aspectos éticos e, consequentemente, não podemos nem devemos agir com leviandade nessa discussão. Não há respostas fáceis para perguntas difíceis.
O padre Nuno, para quem não o conhece, é uma figura que assusta e cativa ao mesmo tempo. Tem o desprendimento material de um Franciscano aliado a um compromisso inquebrantável com a doutrina de um Opus Dei à mistura com o carisma de um Jesuíta. Está-se nas tintas para o que pensem dele. Interessa-lhe somente uma coisa: salvar vidas. Tanto as dos pecadores como as dos nascituros. Apenas e só isso. Com a simplicidade ao alcance apenas de quem sabe muito bem o que anda a fazer neste mundo. Não é medievo, nem primário. É radical.
É óbvio que o padre Nuno (como qualquer outro padre católico) não vai saber, nas esmagadora maioria das circunstâncias, se as pessoas que lhe aparecem à frente para comungar estão ou não em estado de graça para receber a sagrada comunhão. Como qualquer padre católico vai ter de confiar na consciência individual de quem lhe aparece à frente naquilo que é um importantíssimo (o maior?) dos sacramentos.
Assim sendo o alcance prático do anúncio é quase nulo. O alcance ideológico esse é brutal como se pode ver pela reacção que causou. É mais uma peça do debate que eu enunciei acima. Pessoalmente preferia ter esse debate fora dos jornais.
FA
PS – Já sei que vou levar do JV, nesta matéria (como noutras) muito mais corajoso que eu.
Não podia ficar calado perante a onda de contestação ao anúncio do padre Nuno Serras Pereira no Público que, de acordo com o cânone 915, está impedido de dar a sagrada comunhão “a todos aqueles católicos que manifestamente têm perseverado em advogar, contribuir para, ou promover a morte de seres humanos inocentes”.
O que o cânone citado prescreve (e que a todos os católicos obriga) é o seguinte: “Não serão admitidos à sagrada comunhão os excomungados e os interditos, depois da aplicação ou declaração da pena, e outros que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto”.
Nenhum católico pode deixar de qualificar como “pecado grave manifesto” a defesa de, a contribuição para ou a promoção da morte de seres humanos inocentes. Dito isto, o padre Nuno parece querer atribuir a certas práticas médicas ou contraceptivas o epíteto de “morte de seres humanos inocentes”. Eu não concordo.
Este debate está muito longe de ser pacífico. Dentro e fora da Igreja Católica. Dentro, e é para aí que o anúncio é primordialmente dirigido ou então seria uma manobra de diversão inconsequente, são os católicos que têm que fazer esse debate. A Igreja é, indiscutivelmente, o último reduto da dignidade humana em muitos aspectos éticos e, consequentemente, não podemos nem devemos agir com leviandade nessa discussão. Não há respostas fáceis para perguntas difíceis.
O padre Nuno, para quem não o conhece, é uma figura que assusta e cativa ao mesmo tempo. Tem o desprendimento material de um Franciscano aliado a um compromisso inquebrantável com a doutrina de um Opus Dei à mistura com o carisma de um Jesuíta. Está-se nas tintas para o que pensem dele. Interessa-lhe somente uma coisa: salvar vidas. Tanto as dos pecadores como as dos nascituros. Apenas e só isso. Com a simplicidade ao alcance apenas de quem sabe muito bem o que anda a fazer neste mundo. Não é medievo, nem primário. É radical.
É óbvio que o padre Nuno (como qualquer outro padre católico) não vai saber, nas esmagadora maioria das circunstâncias, se as pessoas que lhe aparecem à frente para comungar estão ou não em estado de graça para receber a sagrada comunhão. Como qualquer padre católico vai ter de confiar na consciência individual de quem lhe aparece à frente naquilo que é um importantíssimo (o maior?) dos sacramentos.
Assim sendo o alcance prático do anúncio é quase nulo. O alcance ideológico esse é brutal como se pode ver pela reacção que causou. É mais uma peça do debate que eu enunciei acima. Pessoalmente preferia ter esse debate fora dos jornais.
FA
PS – Já sei que vou levar do JV, nesta matéria (como noutras) muito mais corajoso que eu.
MAIS UMA PERGUNTA
No DN de hoje, Jorge "quem se mete com o PS, leva" Coelho assina um artigo caridoso que tem por título:
Uma pergunta à direita e agora?
Atrevo-me a perguntar-lhe (como já fiz a outra personagem):
Jorge para quando a pontuação
JV
P.S.: Vinda de quem vem, a teorização acerca da deriva populista chega a comover ...
No DN de hoje, Jorge "quem se mete com o PS, leva" Coelho assina um artigo caridoso que tem por título:
Uma pergunta à direita e agora?
Atrevo-me a perguntar-lhe (como já fiz a outra personagem):
Jorge para quando a pontuação
JV
P.S.: Vinda de quem vem, a teorização acerca da deriva populista chega a comover ...
quarta-feira, março 02, 2005
VIEGAS A DIRECTOR DO DN, JÁ.
A escolha da Olivedesportos na venda da Lusomundo Media foi uma opção acertada. A coisa fica em mãos portuguesas e evita-se uma ainda maior concentração dos media. Espera-se é que o Sr. Oliveira, em defesa do bom nome da instituição que dirige, obrigue todos os seus jornalistas a entregar os cartões, no caso de serem sócios de outra agremiação desportiva que não o invencível colosso azul e branco do Porto.
É tudo uma questão de lealdade orgânica.
FMS
A escolha da Olivedesportos na venda da Lusomundo Media foi uma opção acertada. A coisa fica em mãos portuguesas e evita-se uma ainda maior concentração dos media. Espera-se é que o Sr. Oliveira, em defesa do bom nome da instituição que dirige, obrigue todos os seus jornalistas a entregar os cartões, no caso de serem sócios de outra agremiação desportiva que não o invencível colosso azul e branco do Porto.
É tudo uma questão de lealdade orgânica.
FMS
No reino dos Príncipes
O número dois do nosso Supremo Tribunal de Justiça (candidato a número um por sinal), veio a terreiro dizer que a culpa dos atrasos na justiça em Portugal se deve aos advogados. Utilizam manobras dilatórias, diz ele. Abusam dos recursos, garante. Utilizam expedientes vários para empatar, acusa.
Gostava de saber quantas vezes o Sr. Juiz Nunes da Cruz agiu contra advogados que procedem dessa forma (litigância de má-fé) prevista e punida nos códigos de processo. Gostava de saber também quantas vezes o Sr. Juiz Nunes da Cruz deixou de cumprir os prazos previstos para os juízes nesses mesmos códigos e lavrou nos autos a desculpa “excesso de serviço”.
Gostava, mas algo me diz que não vou saber. Porquê? Porque, ao contrário dos advogados, os juízes em Portugal funcionam em roda livre. Educam-se, treinam-se e fiscalizam-se a eles próprios. Não cumprem prazos, não têm clientes, não são responsáveis nem responsabilizados. E depois? Depois passam as culpas, que também são suas, para outros que encaram como um empecilho na sua sacro-santa tarefa de ministrar a sua justiça à sua maneira.
Choca-me que este Sr. Juiz seja o número dois do Supremo. Assusta-me deveras que possa vir a ser o número um.
FA
O número dois do nosso Supremo Tribunal de Justiça (candidato a número um por sinal), veio a terreiro dizer que a culpa dos atrasos na justiça em Portugal se deve aos advogados. Utilizam manobras dilatórias, diz ele. Abusam dos recursos, garante. Utilizam expedientes vários para empatar, acusa.
Gostava de saber quantas vezes o Sr. Juiz Nunes da Cruz agiu contra advogados que procedem dessa forma (litigância de má-fé) prevista e punida nos códigos de processo. Gostava de saber também quantas vezes o Sr. Juiz Nunes da Cruz deixou de cumprir os prazos previstos para os juízes nesses mesmos códigos e lavrou nos autos a desculpa “excesso de serviço”.
Gostava, mas algo me diz que não vou saber. Porquê? Porque, ao contrário dos advogados, os juízes em Portugal funcionam em roda livre. Educam-se, treinam-se e fiscalizam-se a eles próprios. Não cumprem prazos, não têm clientes, não são responsáveis nem responsabilizados. E depois? Depois passam as culpas, que também são suas, para outros que encaram como um empecilho na sua sacro-santa tarefa de ministrar a sua justiça à sua maneira.
Choca-me que este Sr. Juiz seja o número dois do Supremo. Assusta-me deveras que possa vir a ser o número um.
FA
terça-feira, março 01, 2005
A DESPACHAR EXPEDIENTE
As boas vindas ao Insurgente.
Os parabéns ao João Miranda.
Temos links novos: A Mão Invisível, O Sinédrio, o Acho Eu, o Teorema de Pitágoras, A Arte da Fuga.
O Babugem, leitura diária desde há muito, só agora foi acrescentado, pondo cobro a uma situação inexplicável de omissão.
Outra omissão indesculpável: The Conservative Philosopher. E reparem: os autores não assinam sob pseudónimo. São eles mesmo. Scruton, Kekes e toda aquela malta afim.
FMS
As boas vindas ao Insurgente.
Os parabéns ao João Miranda.
Temos links novos: A Mão Invisível, O Sinédrio, o Acho Eu, o Teorema de Pitágoras, A Arte da Fuga.
O Babugem, leitura diária desde há muito, só agora foi acrescentado, pondo cobro a uma situação inexplicável de omissão.
Outra omissão indesculpável: The Conservative Philosopher. E reparem: os autores não assinam sob pseudónimo. São eles mesmo. Scruton, Kekes e toda aquela malta afim.
FMS
A Graçola
“O Papa já bebe sozinho por uma palhinha. Os médicos estão em crer que, a partir de amanhã, poderá começar a gatinhar sem amparo alheio” – Nuno Sousa, in Barnabé
Que isto é de mau gosto e de uma insensibilidade desumana atento o estado de saúde precário do Papa acho que poucos discutirão. Em todo o caso o certo é que a liberdade de expressão tem que permitir o mau gosto e o gaúdio de meia dúzia de selvagens que se divertem a fazer pouco de um octagenário que sofre da doença de Parkinson.
Dito isto, da mesma maneira que o Nuno é livre de escrever o que entende, eu sou livre de não querer discutir com os ditos selvagens este ou qualquer outro tema. Para mim o Sr. Nuno Sousa (que ainda agora tinha começado) acabou. Mal.
FA
“O Papa já bebe sozinho por uma palhinha. Os médicos estão em crer que, a partir de amanhã, poderá começar a gatinhar sem amparo alheio” – Nuno Sousa, in Barnabé
Que isto é de mau gosto e de uma insensibilidade desumana atento o estado de saúde precário do Papa acho que poucos discutirão. Em todo o caso o certo é que a liberdade de expressão tem que permitir o mau gosto e o gaúdio de meia dúzia de selvagens que se divertem a fazer pouco de um octagenário que sofre da doença de Parkinson.
Dito isto, da mesma maneira que o Nuno é livre de escrever o que entende, eu sou livre de não querer discutir com os ditos selvagens este ou qualquer outro tema. Para mim o Sr. Nuno Sousa (que ainda agora tinha começado) acabou. Mal.
FA
A Graçola
“O Papa já bebe sozinho por uma palhinha. Os médicos estão em crer que, a partir de amanhã, poderá começar a gatinhar sem amparo alheio” – Nuno Sousa, in Barnabé
Que isto é de mau gosto e de uma insensibilidade desumana atento o estado de saúde precário do Papa acho que poucos discutirão. Em todo o caso o certo é que a liberdade de expressão tem que permitir o mau gosto e o gaúdio de meia dúzia de selvagens que se divertem a fazer pouco de um octagenário que sofre da doença de Parkinson.
Dito isto, da mesma maneira que o Nuno é livre de escrever o que entende, eu sou livre de não querer discutir com os ditos selvagens este ou qualquer outro tema. Para mim o Sr. Nuno Sousa (que ainda agora tinha começado) acabou. Mal.
FA
“O Papa já bebe sozinho por uma palhinha. Os médicos estão em crer que, a partir de amanhã, poderá começar a gatinhar sem amparo alheio” – Nuno Sousa, in Barnabé
Que isto é de mau gosto e de uma insensibilidade desumana atento o estado de saúde precário do Papa acho que poucos discutirão. Em todo o caso o certo é que a liberdade de expressão tem que permitir o mau gosto e o gaúdio de meia dúzia de selvagens que se divertem a fazer pouco de um octagenário que sofre da doença de Parkinson.
Dito isto, da mesma maneira que o Nuno é livre de escrever o que entende, eu sou livre de não querer discutir com os ditos selvagens este ou qualquer outro tema. Para mim o Sr. Nuno Sousa (que ainda agora tinha começado) acabou. Mal.
FA
HABITUEM-SE
O novo Governo não será revelado pela imprensa. Será-o apenas nos blogs. Nem que seja para putativos ministeriáveis desfilarem orgulho e desprendimento.
FMS
O novo Governo não será revelado pela imprensa. Será-o apenas nos blogs. Nem que seja para putativos ministeriáveis desfilarem orgulho e desprendimento.
FMS
MELHOR ACTOR CARREGA PIANOS
É quando se atribui o óscar a desempenhos como o de Morgan Freeman que a tradução portuguesa da categoria se revela em todo o seu esplendoroso ridículo. Em todo o caso, a versão original também não terá a mais adequada das formulações. Pela centralidade narrativa da personagem de Freeman, pela sua densidade dramática e profundidade psicológica, pela forma como este transporta o filme às costas, "supporting" é apenas eufemismo simpático. Melhor ficaria como "Best Actor in a Bearing Role".
FMS
É quando se atribui o óscar a desempenhos como o de Morgan Freeman que a tradução portuguesa da categoria se revela em todo o seu esplendoroso ridículo. Em todo o caso, a versão original também não terá a mais adequada das formulações. Pela centralidade narrativa da personagem de Freeman, pela sua densidade dramática e profundidade psicológica, pela forma como este transporta o filme às costas, "supporting" é apenas eufemismo simpático. Melhor ficaria como "Best Actor in a Bearing Role".
FMS