"Ao ralenti"
Vocês viram, não viram?
FA
«... depois dos três impérios dos Assírios, Persas e Gregos, que já passaram, e depois do quarto, que ainda hoje dura, que é o romano, há-de haver um novo e melhor império que há-de ser o quinto e último» Padre António Vieira oquintodosimperios@gmail.com
domingo, fevereiro 26, 2006
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
sábado, fevereiro 11, 2006
AUTISMO
Ana Gomes escreveu um post no Causa Nossa, hoje publicado no Público, em resposta a um editorial de Nuno Pacheco de há dois dias. Em sua opinião, Freitas do Amaral fez bem em demarcar "responsavelmente o Governo português e Portugal do conteúdo insultuoso e do propósito estigmatizante de todos os muçulmanos visado nas caricaturas" (sic). E isto era o que o Governo dinamarquês devia ter feito e só não o fez porque, alegadamente, está refém da extrema-direita. Pois. Sobre as perseguições, violências e injúrias que os dinamarqueses e outros europeus hoje sofrem às mãos de criminosos, nem uma palavra.
Ana Gomes teve azar e um timing péssimo (o que, diga-se, não constitui novidade) porque a própria primeira página do Público encarregou-se de desmentir a sua argumentação revelando, como se desconfiava, que a recente vaga de reacções é artificial e foi previamente concertada por regimes interessados em sacudir a pressão para se democratizarem. A causa, afinal, não passou de um pretexto.
Nenhum apaziguamento, por mais subserviente e Chamberlainiano, teria valido e nenhum governo ocidental digno desse nome teria podido evitar o que quer que seja quando o que está em causa é um aproveitamento indigno (e ao retardador) de sentimentos religiosos para fins, mais do que políticos, criminosos. Ana Gomes pode demarcar-se à vontade, fazer as mais sentidas juras à tolerância e ao respeito pela diversidade, que, se hoje estivesse em Teerão perto da Embaixada de França, teria sofrido na mesma e na pele uma interpretação particular do Corão.
Diz que o que está em causa não é a liberdade de expressão e que esta não é, nem nunca foi, a questão central. Curiosamente, são as restrições a essa mesma liberdade que têm estado no âmago das exigências dos governos islâmicos e de diversos grupos terroristas. Ainda hoje o movimento caritativo Hezbollah juntou a sua serena reivindicação à de outros beneméritos. Valha-nos o Hamas, que generosamente se prontificou a mediar o conflito, e Freitas do Amaral, que imediatamente se disponibilizou para dialogar no exacto dia em que o Secretário-Geral da NATO deixou claro que sem renúncia clara à violência e o reconhecimento inequívoco de Israel não há conversa possível. Está visto que o Secretário-Geral da NATO não tem sobre si a exigência de responsabilidade e a necessidade de equilíbrio e de rigor que recaem sobre o Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa.
Numa pirueta argumentativa infeliz, Ana Gomes acomete contra “a liberdade de imprensa e o aproveitamento da liberdade de expressão pela direita, xenófoba, defensora da Europa "clube cristão", apostada em fomentar o ódio religioso” (!) com mais firmeza do que o faz contra a violência, a intolerância e a xenofobia dos muçulmanos radicais e dos Estados que as acicatam. Aí está. Afinal a culpa não é dos que matam, dos que destroem, dos que manipulam as opiniões públicas e dos que extravasam o direito à indignação mas dos cartoonistas e jornalistas da direita nostálgica das cruzadas. Pergunto-me se Ana Gomes diria o mesmo se algum grupo de cristãos reagisse da mesma forma a provocações do mesmo tipo. Aposto que não. Porque, nesse caso, era a tal direita que exigia respeito e, como está claro, ela não merece respeito nenhum.
Com uma memória espantosamente parcelar, Ana Gomes adverte o leitor para os perigos da intolerância, remetendo-o para caricaturas nazis anti-semitas fazendo vista grossa às que surgem recorrentemente no mundo islâmico (aliadas a apelos explícitos à destruição de Israel) e às que eram abundantemente difundidas pelo obscurantismo soviético. E sem se lembrar que, quanto a essas, nenhuma responsabilidade pode ser assacada aos ocidentais. São critérios. Mas muito fracos.
Para Ana Gomes, o problema está no uso da liberdade de imprensa e na falta de equilíbrio, de tolerância e de respeito pela diversidade. Equilíbrio, tolerância e respeito da diversidade à sua medida, segundo os seus critérios e aferidos pelo seu prudente arbítrio. Resta saber o que se entende por “estigmatizante” e “insultuoso”. Quem é o julgador? Ana Gomes? Deus nos livre.
Diz que o que está em causa não é a liberdade de expressão e que esta não é, nem nunca foi, a questão central. Curiosamente, são as restrições a essa mesma liberdade que têm estado no âmago das exigências dos governos islâmicos e de diversos grupos terroristas. Ainda hoje o movimento caritativo Hezbollah juntou a sua serena reivindicação à de outros beneméritos. Valha-nos o Hamas, que generosamente se prontificou a mediar o conflito, e Freitas do Amaral, que imediatamente se disponibilizou para dialogar no exacto dia em que o Secretário-Geral da NATO deixou claro que sem renúncia clara à violência e o reconhecimento inequívoco de Israel não há conversa possível. Está visto que o Secretário-Geral da NATO não tem sobre si a exigência de responsabilidade e a necessidade de equilíbrio e de rigor que recaem sobre o Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa.
Numa pirueta argumentativa infeliz, Ana Gomes acomete contra “a liberdade de imprensa e o aproveitamento da liberdade de expressão pela direita, xenófoba, defensora da Europa "clube cristão", apostada em fomentar o ódio religioso” (!) com mais firmeza do que o faz contra a violência, a intolerância e a xenofobia dos muçulmanos radicais e dos Estados que as acicatam. Aí está. Afinal a culpa não é dos que matam, dos que destroem, dos que manipulam as opiniões públicas e dos que extravasam o direito à indignação mas dos cartoonistas e jornalistas da direita nostálgica das cruzadas. Pergunto-me se Ana Gomes diria o mesmo se algum grupo de cristãos reagisse da mesma forma a provocações do mesmo tipo. Aposto que não. Porque, nesse caso, era a tal direita que exigia respeito e, como está claro, ela não merece respeito nenhum.
Com uma memória espantosamente parcelar, Ana Gomes adverte o leitor para os perigos da intolerância, remetendo-o para caricaturas nazis anti-semitas fazendo vista grossa às que surgem recorrentemente no mundo islâmico (aliadas a apelos explícitos à destruição de Israel) e às que eram abundantemente difundidas pelo obscurantismo soviético. E sem se lembrar que, quanto a essas, nenhuma responsabilidade pode ser assacada aos ocidentais. São critérios. Mas muito fracos.
Para Ana Gomes, o problema está no uso da liberdade de imprensa e na falta de equilíbrio, de tolerância e de respeito pela diversidade. Equilíbrio, tolerância e respeito da diversidade à sua medida, segundo os seus critérios e aferidos pelo seu prudente arbítrio. Resta saber o que se entende por “estigmatizante” e “insultuoso”. Quem é o julgador? Ana Gomes? Deus nos livre.
JV
MEXE, MAS POUCO
JV
Vital Moreira relata com visível regozijo a aprovação do Tratado constitucional por parte da Bélgica. E todavia mexe, diz.
É curioso como pode constituir alento para quem quer que seja a tomada de posição de um país em permanente estado de pré-desagregação, em que metade da população odeia a outra metade e que possui das mais elevadas percentagens de burocratas e de governos por km2 .
JV
domingo, fevereiro 05, 2006
Rendição
Rendo-me. Rendo-me já disse. Converto-me até se, em contrapartida, me venderes o teu petróleo e deixares que os meus filhos andem de autocarro sem haver o risco de um bombista suicída lhes roubar a vida.
Abdico das minhas liberdades. Deixarei de dizer o que penso. Guardarei para mim e até combaterei, internamente, a minha crítica inconsequente à tua forma absolutista de encarar a vida. Substituirei, de bom grado, os meus santos de altar pelos ídolos multi-culturais. Em vez da Bíblia, nada. Ou quanto muito o Corão.
Já tens o meu medo. Fica também com a minha subserviência.
Amén.
FA
Rendo-me. Rendo-me já disse. Converto-me até se, em contrapartida, me venderes o teu petróleo e deixares que os meus filhos andem de autocarro sem haver o risco de um bombista suicída lhes roubar a vida.
Abdico das minhas liberdades. Deixarei de dizer o que penso. Guardarei para mim e até combaterei, internamente, a minha crítica inconsequente à tua forma absolutista de encarar a vida. Substituirei, de bom grado, os meus santos de altar pelos ídolos multi-culturais. Em vez da Bíblia, nada. Ou quanto muito o Corão.
Já tens o meu medo. Fica também com a minha subserviência.
Amén.
FA
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
No outro dia, na SIC Notícias, a ainda rejubilante Helena Roseta defendeu o casamento homossexual com o argumento decisivo de que a lei devia reconhecer as "comunidades de afecto". Pois. Até aqui tudo normal e dentro do argumentário costumeiro. Estranho é que, para caracterizar os partidos, Roseta tenha usado a mesma expressão. Segundo a Suprema Arquitecta, os partidos deixaram de ser "comunidades de afecto" e estavam agora mais longe dos cidadãos. Afinal, em que ficamos? Há comunidades de afecto de tipo A e B? De onde lhe vem a súbita meiguice? É carinho a mais e realismo a menos.
JV
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
TERESA E HELENA
THE COLOSSEUM, JERUSALEM
CHILDREN'S MATINEE
in Life of Brian
JV
THE COLOSSEUM, JERUSALEM
CHILDREN'S MATINEE
(...)
Judith: I do feel, Reg, that any anti-imperialist group like ours must reflect such a divergence of interests within its power base.
Reg: Agreed. Francis?
Francis: Yeah. I think Judith's point of view is very valid, Reg, provided the movement never forgets that it is the inaliable right of every man...
Stan: Or woman.
Francis: ...or woman. To rid himself...
Stan: Or herself.
Francis: ...or herself.
Reg: Agreed.
Francis: Thank you brother.
Stan: Or sister.
Francis: ...or sister. Where was I?
Reg: I think you'd finished.
Francis: Oh, right.
Reg: Furthermore, it is the birthright of every man...
Stan: Or woman.
Reg: Why don't you shut up about women, Stan. You're putting us off.
Stan: Women have a perfect right to play a part in our movement, Reg.
Francis: Why are you always on about women, Stan?
Stan: I want to be one.
Reg: What?
Stan: I want to be a woman... from now on I want you all to call me Loretta.
Judith: I do feel, Reg, that any anti-imperialist group like ours must reflect such a divergence of interests within its power base.
Reg: Agreed. Francis?
Francis: Yeah. I think Judith's point of view is very valid, Reg, provided the movement never forgets that it is the inaliable right of every man...
Stan: Or woman.
Francis: ...or woman. To rid himself...
Stan: Or herself.
Francis: ...or herself.
Reg: Agreed.
Francis: Thank you brother.
Stan: Or sister.
Francis: ...or sister. Where was I?
Reg: I think you'd finished.
Francis: Oh, right.
Reg: Furthermore, it is the birthright of every man...
Stan: Or woman.
Reg: Why don't you shut up about women, Stan. You're putting us off.
Stan: Women have a perfect right to play a part in our movement, Reg.
Francis: Why are you always on about women, Stan?
Stan: I want to be one.
Reg: What?
Stan: I want to be a woman... from now on I want you all to call me Loretta.
Reg: What???
Loretta: It's my right as a man.
Judith: Well why do you want to be Loretta, Stan?
Loretta: I want to have babies.
Reg: You want to have babies?
Loretta: It's every man's right to have babies if he wants them.
Reg: But you can't have babies.
Loretta: Don't you oppress me.
Reg: I'm not oppressing you, Stan. You haven't got a womb. Where's the foetis going to gestate? You going to keep it in a box?
[Loretta starts crying.]
Judith: Here. I've got an idea. Suppose you agree that he can't actually have babies, not having a womb, which is nobody's fault... not even the Roman's, but that he can have the right to have babies.
[This seems to satisfy him.]
Francis: Good idea, Judith. We shall fight the oppressors for your right to have babies, brother. Sister, sorry.
Reg: What's the point?
Francis: What?
Reg: What's the point of fighting for his right to have babies when he can't have babies?
Francis: It is symbolic of our struggle against oppression.
Reg: Symbolic of his struggle against reality.
Loretta: It's my right as a man.
Judith: Well why do you want to be Loretta, Stan?
Loretta: I want to have babies.
Reg: You want to have babies?
Loretta: It's every man's right to have babies if he wants them.
Reg: But you can't have babies.
Loretta: Don't you oppress me.
Reg: I'm not oppressing you, Stan. You haven't got a womb. Where's the foetis going to gestate? You going to keep it in a box?
[Loretta starts crying.]
Judith: Here. I've got an idea. Suppose you agree that he can't actually have babies, not having a womb, which is nobody's fault... not even the Roman's, but that he can have the right to have babies.
[This seems to satisfy him.]
Francis: Good idea, Judith. We shall fight the oppressors for your right to have babies, brother. Sister, sorry.
Reg: What's the point?
Francis: What?
Reg: What's the point of fighting for his right to have babies when he can't have babies?
Francis: It is symbolic of our struggle against oppression.
Reg: Symbolic of his struggle against reality.
(...)
in Life of Brian
JV
BOAS NOTÍCIAS
José "Fui o primeiro a ter a ideia genial de candidatar Mário Soares à Presidência da República" Medeiros Ferreira já tem candidato para as eleições presidenciais americanas de 2008: Hillary Clinton.
Fico contente.
JV
José "Fui o primeiro a ter a ideia genial de candidatar Mário Soares à Presidência da República" Medeiros Ferreira já tem candidato para as eleições presidenciais americanas de 2008: Hillary Clinton.
Fico contente.
JV