sábado, maio 28, 2005

UM EUROPEÍSTA DO COSTUME



Para Giscard d'Estaing, se o NÃO ganhar amanhã em França, não haverá outra solução para além da convocação de novo referendo. A vontade popular que mude, que no texto não se mexe. A democracia do costume.

JV

sexta-feira, maio 27, 2005

Ah pois é! - Parte II (ou, como continuar a gastar alegremente)


135ª reunião da conferência da OPEP onde foi decidido subir o preço do petróleo por forma a confirmar a teoria socrática da contenção do deficit público.

Por outro lado, se estes senhores decidem subir o preço do petróleo o país está salvo e as decisões do Primeiro-Ministro Filósofo legitimadas.

FA

quinta-feira, maio 26, 2005

Ah pois é (ou, como não resolver o problema fingindo-se que sim)



Se os senhores da(s) tabaqueira(s) se lembram de baixar os preços do tabaco lá se vai a estratégia socrática de combate ao deficit.

FA

quarta-feira, maio 25, 2005

Chantagem e Perdão



Excelente artigo de opinião no ABC sobre um eventual “negócio” de presos por paz com a ETA.

Aos rumores deste eventual “negócio” sucede-se, hoje de manhã, mais um atentado terrorista em Madrid. Mais uma vez a ETA demonstra à saciedade qual o entendimento que tem de “diálogo”.

Zapatero não tem alternativa. O único caminho para a ETA é abandonar a luta armada e dissolver-se. O Estado de Direito e a Democracia assim o exigem.

FA

terça-feira, maio 24, 2005

Mientras tanto…

Campesinos bolivianos a caminho de Bruxelas para protestar contra os limites tirânicos ao deficit. A palavra de ordem que mais se ouviu foi: "deixem crescer o deficit!"

Na Bolívia também andam muito preocupados com o deficit Português. Tanto que até se fala em liberalizar o cultivo e comercialização de coca e nacionalizar a indústria de hidrocarbonetos para ajudar as finanças lusas.

FA
PARABÉNS !!!

Hoje faz anos um amigo que não vejo há demasiado tempo.

JV
Dever ou não dever. That is the question.



De tanto se falar no deficit, o conceito quase perdeu a sua essência. É como a banalização das imagens de morte e destruição que nos entram casa a dentro a cada Telejornal.

O deficit público está nesse ponto. Banal. Sem importância. É um contra-senso mas quanto maior o deficit mais problemático se torna do ponto de vista financeiro. Quanto mais problemático mais se fala dele, mais se discute. Quanto mais se discute, mais se banaliza, mais apetece esquecer e passar ao tema seguinte.

Afinal, todos devemos dinheiro e o Benfica é campeão. Como ouvi dizer um dia ao (saudoso?) Major Valentim Loureiro, “dever dinheiro não é crime nenhum”. Nem mais.

Não tem mal nenhum que o Estado deva mais dinheiro do que aquele que gera (rouba? confisca? locupleta?). Se o problema está em Bruxelas, então que Portugal procure um regime de excepção. A França tem a PAC, o Reino-Unido o “rebate” negociado pela Mrs. Thatcher. Portugal deveria ter, fruto da sua incompatibilidade histórica com o rigor orçamental, a possibilidade de poder arruinar alegremente as suas (nossas?) contas públicas.

FA

segunda-feira, maio 23, 2005

FRASE DO ANO

"Até a merda tem uma consistência própria, como se vê pelo benfica este ano."

Um amigo benfiquista, por email.

FMS
To the victor...



Parabéns ao Benfica, ao Pai Manuel e à Sofia. Não conseguindo (por manifesta impossibilidade genética) apoiar o “Glorioso” nas horas da contenda, importa, ainda assim, parabenizar os vencedores na hora da vitória.

Para o ano há mais!

FA
POST UM BOCADINHO RESSABIADO

Estou a ver que a vitória do Benfica já começou a estimular a criatividade dos seus adeptos.

FMS

quinta-feira, maio 19, 2005

A COR DO MELÃO

Se perguntarem, digam que não estou.

JV
Finanças públicas, vícios privados

Não, não vou falar do défice. Ainda que fosse interessante saber como é que um partido geneticamente incapaz de cortar na despesa pública vai resolver esta questão.

O que eu queria frisar é o absurdo (que certas pessoas fazem constar por aí) de pensar que o financiamento exclusivamente público (isto é do bolso dos contribuintes) poderia contribuir para o fim do “tráfico de influências”. A única maneira de isso acontecer seria se os partidos, todos eles e a nível local ou nacional, recebessem exactamente aquilo que pedissem sendo assim rapida e eficazmente atendidas pelo Orçamento do Estado todas as suas exigências financeiras.

Eu propunha, em contrapartida, o fim do financiamento público e a promoção do financiamento “publicitado”. Cada um que faça pela vida desde que diga aos cidadãos como é que faz. Não temos nada a temer do financiamento privado de partidos desde que se controle, aprofundadamente e com rigor, as contas de partidos e titulares de cargos públicos (proibindo, por exemplo, de concorrer a eleições quem não tenhas as contas em ordem).

O problema não está em saber se o Presidente da Junta licenciou a abertura do café da esquina porque o proprietário contribuiu para as obras da sede da Junta. O problema só existe se: a) o acto administrativo for ilegal – caso que os tribunais resolverão; ou, b) os eleitores não souberem da contribuição financeira do beneficiário da decisão política – um caso para a imprensa relatar e os eleitores levarem, ou não, em linha de conta nas próximas eleições.

FA
O Ano do Quase



O Quase é um animal raro que nem todos têm a sorte de poder vislumbrar muito menos de se aproximar. Creio que foi o grande aventureiro Inglês, Sir Walter Raleigh, que disse um dia que mais valia ver um Quase de vez em quando do que ganhar o campeonato nacional uma vez por outra.

O bom Sir Walter estaria a ser generoso mas, quem sabe, talvez a seguir ao ano do Quase se siga o ano do Leão.

FA

segunda-feira, maio 16, 2005

ALGUM RESPEITO, S.F.F.

São justas a homenagens que o PCP ciclicamente presta ao camarada José, principalmente se as mesmas servirem para ajudar a polir as novas gerações de comunistas. Falo a sério. Olhem para o Parlamento. Para a Festa do Avante. Para os passeios do 25 de Abril e do 1º de Maio. Reparem nas campanhas eleitorais. Há quanto tempo não vêem um comunista assim tão lavadinho, assim tão penteadinho, assim tão civilizado?



FMS
IGNORANTIA LEGIS

A frase que mais se ouve nos serviços de finanças em Portugal é "Não sabia mas devia saber". E eu hesito entre se tal diz mais sobre os contribuintes, se mais sobre a administração e seus funcionários.

FMS

sexta-feira, maio 13, 2005

Problemas que geram problemas que geram problemas...

Em Inglaterra (e País de Gales. Nunca esquecer o País de Gales!) não há violações do segredo de justiça porque a justiça funciona.

Ou será que é por não haver violações do segredo de justiça que a justiça funciona?

FA
Nem Bakhtin nem Sklovskij

João, a citação é da minha Mãe com quem discuti este tema, portanto vê lá o que dizes!

Em todo o caso, e para rematar, a distrinça fundamental a fazer entre as duas obras é de natureza lógico-linguística. São as palavras juntamente com o modo de as usar que determinam e são, por sua vez, determinadas por uma visão do mundo. Se o importante na definição da natureza do romance moderno fosse "a luta do indivíduo entregue a si mesmo com os obstáculos que vão surgindo no seu caminho e o impedem de atingir os seus objectivos e de realizar-se", então as epopeias clássicas seriam o melhor dos exemplos de romance moderno (lembro-me, assim de repente, do Ulisses de Homero, não do Joyce!). Não creio que o critério possa ser esse.

Falas também em “textos verosímeis e capazes de representar de maneira séria a realidade contemporânea” como outro critério para determinar se estamos perante um “romance moderno”. Começo a duvidar que estejamos a falar da mesma coisa. Como classificas então o “Tom Jones” do Fielding? Por um lado temos o herói (descendente do herói picaresco mas tão herói como o Crusoe) a lutar “entregue a sí mesmo” mas depois temos um texto que tanto é verosímil como depois tem “twists and turns” perfeitamente absurdos. Numas partes será “romance moderno” e noutras não?

Acho que o critério tem mesmo de ser o que já referi no meu post anterior: “o romance moderno tem uma consciência galilaica do mundo, isto é: atenta à pluralidade de linguagens sociais, e não se limitando a ser veículo duma linguagem única e correspondente mundovisão”. Deve ser mais ou menos isto que o Bakhtin explica no seu ensaio “Epopeia e Romance” (que eu nunca li, confesso!) que pelo título deve ser bem bom.

Daí que, a meu ver, a Peregrinação esteja mais perto da modernindade pela perspectiva aberta ao mundo que tem enquanto história mas fica, por outro lado, irremediavelmente enredada numa lógica formal e ideológica própria de outros géneros literários que não o romance. O Dom Quixote é o oposto. Parte do romance de cavalaria mas cedo deixa para trás a forma medieva focando, ideologicamente, o drama daquele indivíduo a várias vozes e matizes. Esse drama não precisa de ser, na minha óptica, sobre uma luta contra obstáculos reais, para ser “romance”, nem tem de encerrar uma história de relevância universal, para ser “moderno”.

FA
The Specialists

Dois antigos ministros socialistas, Jorge Coelho e Maria de Belém, pronunciaram-se sobre o “Chaparro Gate”.

Jorge Coelho diz que quando um documento chega para despacho do Ministro, a presunção é que o dossier já foi devidamente tratado pelos serviços técnicos em causa.

Maria de Belém diz, em defesa de Telmo Correia e Costa Neves, que cada Ministro defende a sua pasta e parte do princípio que os colegas de Governo acautelaram devida e legalmente os seus interesses respectivos.

Em matéria de tráfico de influências e prácticas ministeriais, não discuto com especialistas.

FA
GRANDE COISA

Toda a gente sabe que o BE engana o público há uma data de tempo.
Desde a fundação, aliás.

JV
PRESENTE DE ANOS



O jornal Público decidiu, no dia em que este blogue faz dois anos, dar-nos uma pérola de presente:

"...A conclusão que daqui se retira é que dirigentes do BE enganaram o PÚBLICO e, por essa via, os seus leitores. Tal como surge consagrado no nosso Livro de Estilo, perante uma situação desta gravidade decidimos tornar públicas quais foram as fontes que afirmaram uma coisa e fizeram outra e só estas, embora para a notícia tenham sido ouvidos outros dirigentes do BE."

Via Elba Everywehre

Obrigado Sr. Director do Público.

DBH

PS. O miúdo da fotografia poderia ser o FA ou o MBF.
E PRONTO

Andamos há dois anos nisto.

JV

quinta-feira, maio 12, 2005

Para quem acredita



Cada vela, um reencontro.
Cada rosto, uma esperança.
Cada minuto, um dom.

JV
Só não vê quem não quer

“Para perdonar es necesario que quien ha hecho mal se arrepienta, y ETA no se ha arrepentido de matar, y puesto que no va a reconocer el mal causado, si obtiene algo de vosotros significará por fin que matar ha valido la pena. Me apena —a veces me indigna, si tengo que ser totalmente sincera— veros enredaros en las palabras con que os intenta descolocar el mundo de ETA. Es la dignidad de los muertos inocentes lo que está en juego, y la dignidad de toda la sociedad.”

Brutal a carta aberta a Patxi López, presidente do PS Basco, escrita pelo punho de uma mãe que perdeu o seu filho às mãos da ETA.

FA
Olha que sim, olha que sim

O João Camilo escreveu no excelente Blue Everest o seguinte:

“Em vários jornais, não há muito tempo, referências à celebração do aniversário do D. Quixote de Cervantes. Colóquios, conferências, os rituais banais do costume. Achei piada ao facto de uma universitária latino-americana em Nova Iorque e um universitário espanhol em Portugal terem pretendido que o Dom Quixote é um livro que inicia a modernidade – ou qualquer coisa assim. Devem estar a brincar connosco. Dom Quixote é um livro genial e divertido, mas passadista. A nostalgia espanhola pela idade das nobrezas permite a sátira, mas como Auerbach já referiu com clareza suficiente, entendimento e problematização da complexidade do mundo novo é coisa que não caracteriza o romance de Cervantes. Por isso o Dom Quixote não pode competir, em lucidez e modernidade, com a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, narrativa onde a luta pela vida e a aventura arriscada por razões pessoais anunciam a sociedade que é a nossa hoje e o romance da nossa época.”

Ora eu até percebo o que o João quer dizer e onde quer chegar mas não posso concordar com ele. A Peregrinação do “Fernão, mentes? Minto.” (escrita nos finais do século XVI) pode ser um exemplo de modernidade no sentido da temática que aborda e da amplitude de horizontes que a sua narrativa encerra mas isso não chega para ser um romance moderno. Fica aquém “by a long mile” como dizem os Ingleses.

Já no Dom Quixote (escrito no início do século XVII) é brilhante a utilização de um tema antigo, bafiento e medievo (completamente o oposto do que se passa com a Peregrinação) mas escrito com uma perspectiva totalmente moderna.

Diz, quem sabe, que o Dom Quixote “inaugura a Modernidade justamente pelo modo como pega num género anterior - o romance de cavalaria - o parodia e lhe subverte as convenções, expondo assim o esgotamento desse modelo (quer a nível formal, quer a nível ideológico). É uma obra inaugural nesses dois sentidos: formal e ideológico. A essência do romance moderno consiste precisamente nessa capacidade de dialogar criticamente com os tempos, pontos de vista e ideologias diferentes, submetendo-os a uma espécie de relativização discursiva: ouvimos vários falares, várias linguagens e nenhuma é absoluta - há uma orquestração de linguagens e pontos de vista que é inédita. É por isso que se diz que o romance moderno tem uma consciência galilaica do mundo, isto é: atenta à pluralidade de linguagens sociais, e não se limitando a ser veículo duma linguagem única e correspondente mundovisão (como acontecia no universo da epopeia clássica que é monológico e homógeneo - todas as personagens falam da mesma maneira, todas partilham a mesma cosmovisão). O romance moderno abre-se à diversidade viva da cena social e dá-lhe plena expressão. E isto é o que acontece no Dom Quixote, pela primeira vez na literatura europeia.”

Diz o João, apoiado em Auerbach, que “entendimento e problematização da complexidade do mundo novo é coisa que não caracteriza o romance de Cervantes”. Não concordo. Talvez não haja complexidade (é preciso?) mas não é por isso que o “mundo novo” deixa de ser, precisamente, o cenário temático do livro. É por causa do mundo ser novo que a narrativa do Dom Quixote tem o impacto que tem. As ideias e a forma combinam-se com a linguagem e a história para demonstrar que o passado está passado e o futuro é agora.

FA
A PROPÓSITO

Para os mais nostálgicos do grande Joel Branco, com o alto patrocínio da Escola EB1 de Cetos, aqui fica esta canção.

JV
Para que conste

Eu nunca cortei um sobreiro. Pinheiros já. Sobretudo em época Natalícia há já muitos anos acompanhando o meu pai creio que num pinhal que era propriedade da família por isso acho que não conta. Acácias também. Ali para os lados de Sto. António da Caparica e portanto fora da zona da paisagem protegida. Acho eu. Figueiras também admito que sim lá para os lados de Lagos na antiga casa dos meus Avós embora não me lembre bem. Nunca peguei fogo a nenhuma mata e recolho o lixo todo sempre que vou à praia ou fazer piqueniques.

FA
Estrangeirado

Eu posso morar em Londres mas continuo a viver em Portugal.

FA

quarta-feira, maio 11, 2005

Eu até nem tenho nada contra os sobreiros

Seja no caso do Freeport ou da Herdade da Vargem Fresca, o facto é que todos os Governos tomam decisões nos seus últimos dias em funções. Não é aqui que radica o problema.

O problema, a existir, e é para isso que existe uma investigação criminal em curso, tem a ver com a eventual lesão do interesse público – seja na venda dos terrenos (nos idos da era Cavaquista) ou nas autorizações de intervenção urbanística. Do ponto de vista político, e é para isso que temos imprensa livre, a responsabilidade há de ser assacada a quem, num e noutro caso, se tenha comportado de forma eticamente reprovável ainda que tecnicamente legal.

Já agora, para que não restem dúvidas, o segredo de justiça é mesmo para ser cumprido. Vale mais que todos os sobreiros do país. E eu até gosto dos montados de sobro, do Peneireiro cinzento (Elaneus caeruleus), do Rouxinol do mato (Cercotriches galactotes), do Cartaxo (Saxicola torquata), do trigueirão (Miliaria calandra), do Alcarvão (Burhinus oedicnemus), da Carriça (Troglodytes troglodytes), do Rouxinol mais normalzinho (Luscinia megarhynchos), e da Toutinegra das valas (Sylvia melanocephalia).

Mais nada.

FA

segunda-feira, maio 09, 2005

SPOOOOOOOOOOOORTING



Percebes agora, Rodrigo, porque é que o nosso template está esverdeado?

DBH
FROM PRAGUE WITH LOVE

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Muito obrigado ao Filipe Vieira, leitor assíduo e com sentido de humor.

JV
THAT SHIP HAS SAILED

Escreve o Adolfo:

Mas continuo sem perceber porque é que os blogues de direita tendem a ficar diários intimistas em poucos meses de actividade, deixando um amplo espaço vazio.

Ahhhh! Those were the days when:"Men were real men, women were real women, and small, furry creatures from Alpha Centauri were real small, furry creatures from AlphaCentauri. Spirits were brave, men boldly split infinitives that no man had split before. Thus was the Empire forged."

DBH

sábado, maio 07, 2005

Vai lá vai

Vou responder ao JMF? Num post de 40 linhas? Com 15 links? Investir todo esse tempo com alguém que considera “puro lixo” tudo o que lê?

É já a seguir. É que é já... a seguir!

FA

sexta-feira, maio 06, 2005

Duas maneiras de ver a vida

De acordo com esta notícia da TSF, a Santa Casa estará a colocar idosos em lares sem alvará. Quem o afirma é a própria provedora Maria José Nogueira Pinto: “Muitas vezes, quando temos de dar respostas temos de tomar decisões e as decisões implicam que seja preciso alguma coragem, nomeadamente pôr pessoas em lares sem alvará e dizê-lo publicamente. Eu não posso é ter pessoas na rua.”

Entretanto a “Administração Central” responde com a habitual eficácia e dinâmica que a caracteriza. O secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, exigiu que se dê início de imediato “a uma acção de averiguação que permita confirmar a natureza deste procedimento”.

Em vez de analisar as causas da decisão difícil e controversa da Santa Casa e procurar soluções para a mesma, o Governo prefere determinar se o procedimento está correcto, se há base legal, se há competência funcional e cabimento orçamental. Enfim, todo um conjunto de questões essenciais para os idosos que correm o risco de não terem onde ficar.

FA
SIM, DIOGO,

O template já tinha as minhas cores. Mas isso é um pormenor. O que é certo e objectivo é que eu, de facto, não mudei as cores.

Aliás, acho que agora isto está muito mais bonito. Mais primaveril. Mais moderno. Mais ambientalista. Mais carrinho a electricidade. Mais desodorizante roll-on. Por mim, é de manter, pelo menos até à final.

Agora, se o SLB for campeão, quem quer que seja que se livre de tentar idêntica proeza.

Abraço.

FMS
WAKE UP

Caro FMS,

Escreves, com a superioridade moral de quem não só é do FCP como cresceu no Cavaquistão, que nunca ousaste mudar o template do NQdI para azul e branco.

E como é que o farias? Mudavas o branco para azul e o azul para branco?

DBH
CARO DIOGO,

Apesar de não perceber se já ganharam a taça ou se os festejos são levados a cabo por conta da alegria devida a final, devo dizer-te que não sinto qualquer inveja em relação ao resultado de ontem. Quanto muito, sinto alguma nostalgia dos tempos em que o Mourinho era suficiente para que o Pinto da Costa ficasse em casa com a Carolina.

Aliás, parece-me que a vitória de ontem (quer dizer, em rigor, o Sporting perdeu contra o Al Ali ou Ala Akbar ou lá como os gajos se chamam) se vai traduzir num aumento substancial da minha qualidade de vida. Pela alegria que a entidade paternal demonstrava ontem ao telefone, deve ser este fim-de-semana que terei finalmente o apartamento em Covent Garden, o castelo na Escócia e o Jaguar com motorista.

Em todo o caso, deixa-me que te diga que, não estando eu contra o esverdear do template, acho, porém, que deveria ter-me sido dada a oportunidade de me pronunciar previamente sobre o assunto. Trata-se de uma formalidade essencial que foi preterida e que daria lugar a impugnação imediata não fora o temor reverencial que me mereces.

Se bem te lembras, nos quase dois anos que leva este blog, já fui duas vezes Campeão Nacional, uma vez Vencedor da Taça Uefa e uma outra vez Campeão Europeu. E em nenhuma destas situações (em que - reforce-se - efectivamente ganhei alguma coisa) ousei mudar as cores do template para azul e branco.

Se Deus quiser ou uns contactos que tenho ajudarem, lá estaremos no dia 18, dia de aniversário da minha querida mãezinha, a pegar no caneco.

Abraço.

FMS
FEBRE CLOROFILÍACA



Hoje, o NQdI está verde de alegria. Assim como costumamos escolher lados, hoje escolhemos uma côr.

O FMS pode ficar azul de inveja, mas hoje somos pelo vinho verde, pelo caldo verde, pelo ponto verde, a via verde, o Cesário Verde, Vila Verde, Castro Verde, Cabo Verde, livros verdes, bandeiras verdes, linhas verdes, milho verde, o rapaz da camisola verde, fruta verde... só não somos pelos Verdes.

DBH

quinta-feira, maio 05, 2005

"SOFRER ATÉ AO ÚLTIMO MINUTO"



Não há direito que um clichê, como o mentioned above, continue a querer mostrar que é uma verdade.

[DBH]

terça-feira, maio 03, 2005

DE CORETO A SKATEPARK

Um amigo telefona e transmite-me a sua surpresa com a Casa da Música, nomeadamente com as excelentes condições das zonas contíguas à mesma para a prática do skate. E eu, lembrando os bons velhos tempos, imagino com entusiasmo a obra daqui a uns meses, assim todinha vandalizada e coberta de grafitti. SK8 não é crime, terrorismo urbanístico sim.

FMS

sexta-feira, abril 29, 2005

Bloco de quem?

Quem fez mal ao JMF? Tanta bílis por tão pouco? Como diz o Rodrigo, deve ser mais um caso típico de excesso de calduços nos recreios da escola.

O meu conselho é que o JMF se acalme, tome dois Alka-Seltzers e depois leia, tranquila e relaxadamente, este soberbo artigo do James Delingpole (já tem uns aninhos mas melhora cada vez que o relemos) para perceber realmente “what’s cooking”. Para perceber, igualmente, que nenhuma pessoa de Direita que se preze se deixa descrever por “essa malta”.

Bloco de Esquerda? Não consta que tenham um candidato pelo círculo de Londres e Westminster.

FA

quinta-feira, abril 28, 2005

BIG MEC

Mais do que isso, Fernando. Para criticar é preciso, antes de mais, perceber o que se critica. E o texto do Filipe Moura foi um daqueles remates transviados de 3ª divisão que embateu, estrondoso e ressonante, nos painéis publicitários da bandeirola de canto.

FMS
Le Grand Mec

Há pessoas que antes de teclar acerca de outras deviam limpar o teclado com Harpic, fumar 5 Português Suave sem filtro, telefonar ao Professor Marcelo a pedir aconselhamento e, ainda assim, optar por estar calados.

Quem é o Filipe Moura para se declarar como a “anti-matéria” de Miguel Esteves Cardoso. O Filipe, que até escreve bem e é dos melhores bloguistas do BdE, nem sequer chega a metade de “anti-matéria” do MEC. O Filipe ao pé do MEC não passa de “anti” e já é com sorte.

Da crítica do Filipe (a palavra crítica é utilizada aqui no sentido mais lato possível) pouco ou nada se extrai. Ah porque ele é monárquico e isso é coisa que me chateia. Ah porque ele gosta de comprar medicamentos na farmácia da rua dele e é um gajo retrógrado. É isto Filipe? É esta a essência da tua dissonância intelectual, ideológica e política com o MEC?

Diz-me p.f. que ias dizer mais qualquer coisa, elaborar um pouco mais o teu raciocínio para eu não deixar de vez de ler o BdE (já só sobras tu e o José Mario Silva). Eu não acho que alguém (nem mesmo o grande MEC) esteja acima das críticas dos comuns mortais. O que acho é que quem quer atacar alguém da envergadura estílistica do MEC tem antes que provar a sua própria dimensão nesse exercício crítico ou pelo menos fazer um esforço para isso. Não o fazendo a crítica não passará de um ataque mesquinho e soez como, lamento, é o caso em apreço.

FA
You say goodbye, I say hello

Cada vez mais a blogosfera é um café bem frequentado em que pomos a conversa em dia. Bem vindos!

FA
VESTE TU PRÓPRIO/A OS TEUS BARBIE & KEN!

Não tem sido fácil, ao acordar, pensar que é hipótese viável dar de caras com Manuel Maria Carrilho de calções de banho e panamá.

FMS
SMS (ou: é um gajo incomodado no seu descanso às 2.10 da manhã para isto?)

"De: NCS - Sei que não são horas de chatear ninguém e que ainda por cima a notícia não vai mudar as vossas vidas. Sim, fundei um blog em www.melancomico.blogspot.com. abraços. Thanks."

FMS
OLHA AÍ O RESPEITINHO

"Mourinho faz lembrar o Álvaro Cunhal. É sólido e impenetrável."

João Magueijo, Visão

FMS
Vender o peixe ou fazer render o peixe?



Acho que foi na Economist da semana passada que, a propósito das recentes eleições para o Governo do País Basco, se dizia a páginas tantas que a melhor saída (aliás utilizada para resolver com sucesso a questão do Québec) era acabar com o tensão autonomia/independência de uma vez por todas.

A solução proposta era um compromisso constitucional em que se assume, sem dramas nem excessos de centralismo ou nacionalismo, a possibilidade dos cidadãos da região/nação em causa poderem optar pela auto-determinação em termos a negociar com o governo central in due course. Não se sabe como. Nem quando. Nem se a coisa resulta.

O que se sabe, de certeza, é que assim se esvazia o balão de hipocrisia de que se alimenta toda a máquina autonomista e independentista (“agarrem-nos que senão declaramos a secessão”). O que se garante é que o discurso inflamado dos centralistas (“agarrem-nos que vamos a eles”) deixa de valer votos.

Só num contexto de “faz de conta” que se vive em Espanha se percebe o plano Ibarretxe que declarava, na prática, a independência do País Basco sem dizer bem o que se estava a fazer nem, tão pouco, assumir todas as consequências desse acto. Esse plano, que a infinita sapiência dos eleitores bascos arrumou de uma penada, é a antítese da proposta que entendo ser a mais razoável.

Sejamos claros, é muito duvidoso que algum dia uma maioria significativa dos bascos decida seguir o seu caminho totalmente separados do resto de Espanha. É duvidoso mas não impensável. Portanto, a possibilidade de isso poder acontecer deve ser reconhecida e assumida com naturalidade e maturidade democráticas pela Constituição Espanhola e pelo Estatuto Autonómico.

É um bocado como as Regiões Administrativas em Portugal. Não é por serem permitidas pela Constituição que se tornam um imperativo político a impôr contra a vontade dos cidadãos. Pois não senhor Primeiro-Ministro?

FA

quarta-feira, abril 27, 2005

De sinal contrário

O A380 levantou vôo.

O novo governo no País Basco nem por isso.

FA
A NOVA AMESTERDÃO NA VELHA AMESTERDÃO

Claro que Amesterdão é muito mais que sexo e drogas, Henrique. É também os Mestres do Rijks, o Van Gogh, a Universidade, as magníficas livrarias, a cultura pop no Paradiso e no Melkveg, os passeios ao longo das margens dos canais, a ausência de trânsito, o Alto Bar, o clima civilizado, yada yada yada. O meu post queria apenas brincar com a percepção errada mas generalizada que se tem da cidade e que, precisamente, esta tem muito mais para oferecer do que aquele turismo para rastafarians de subúrbio e yuppies adúlteros.

FMS

terça-feira, abril 26, 2005

SEMPRE ERAM MAIS ALGUNS FERIADOS

Para que servem as comemorações a 25 de Abril quando o que, pelos vistos, se comemora são o 26, o 27, o 28 e todos os meses seguintes de exaltação revolucionária, figuras tristes e abusos em tom festivo. Como comprova Rui Ramos (Rui Ramos, Outra Opinião, Lisboa, O Independente, 2004 - favor comprar), a data não pertence a ninguém e o processo político e militar que a potenciou, com toda a sua complexidade, não pode ser considerado "de esquerda" ou "de direita". Por isso é que, com as personagens que aparecem sempre na primeira linha, a coisa lembra mais o cerco à Constituinte do que a tomada do Terreiro do Paço.

FMS
Time is on your side

Jovens Turcos, 1909

Não sei porquê mas hoje acordei com uma música do Rod Stewart na cabeça.

FA
Generation Gap

A minha Avó ficou contente com a vitória de Ribeiro e Castro após ouvir os seus discursos. Também tinha gostado se Telmo Correia ganhasse por tudo o que lhe ouviu enquanto líder parlamentar. A minha Avó é uma eleitora do CDS desde sempre. Torceu o nariz ao Monteiro mas lá se deixou seduzir novamente por Paulo Portas. A minha Avó é do CDS da mesma maneira que é do Belenenses. Por uma crença profunda e porque o azul é a sua cor preferida.

O meu Pai não gostou do resultado. O meu Pai é um eleitor CDS relutante. Só vota “tão à Direita” quando vislumbra no partido não aquilo que ele é mas aquilo em que se pode tornar. Um partido pragmático e reformador (sem os vícios de PS ou PSD) por oposição a programático e quasi?confessional. O que Nobre Guedes disse no Congresso assusta qualquer empresário e, na política como nos negócios, a desconfiança é fatal.

Eu, apesar do meu lendário mau perder, não fico propriamente triste. Entendo a escolha que o partido fez, essencialmente, como uma reacção afectiva primária a uma manifestação de vontade inequívoca. Sei contudo que Ribeiro e Castro não terá uma liderança fácil e é bom, para ele e para o partido, que saiba repetir muitas vezes a energia e o carisma do seu primeiro discurso de Sábado e afastar-se, o mais possível, do estilo e temáticas do soporífero discurso de encerramento. Foi o líder convicto e corajoso de Sábado que o partido elegeu, não o orador sapiente e minucioso de Domingo.

FA

segunda-feira, abril 25, 2005

POST PARA OS DO NO QUINTO - II



Acabou ontem o XX Congresso do CDS. Ao contrário de um outro congresso, neste não houve tempo para os que escrevem no Quinto se encontrarem e tirarem uma fotografia. Estávamos envolvidos na escolha das moções, mais ainda nas candidaturas. Três de nós apoiámos uma candidatura e dois de nós apoiámos outra.



Acabou ontem o XX Congresso do CDS. Depois de apresentadas dez moções e três candidatos, depois de uma discussão que só pecou por ter sido curta, depois de várias horas (até às 5 da manhã) em que a madrugada não esvaziou a sala. Depois de tudo isto, acabou o XX Congresso do CDS com um novo Presidente.

Parabéns ao MBF e ao JV.

DBH

sexta-feira, abril 22, 2005

POST PARA OS DO NO QUINTO

Os autores do NQdI reunem-se este fim de semana, pela segunda vez desde a criação do blog (que fará 2 anos no próximo dia 13 de Maio). Aliás, além da época natalícia, é capaz de ser a única vez que os cinco se encontram, ao mesmo tempo, no seu País.

O FMS já deve ter aterrado, vindo de Amesterdão, o JV e MBF chegam de Bruxelas e o FA de Londres.

Bem vindos rapazes, espero que haja um barril de imperais lá para a Junqueira.

DBH
O meu país dissolvido

No Ecuador foi o Parlamento que “dissolveu” o Presidente. Assim é que é! Aqui está um precedente que ainda pode vir a ser útil ao PS a seguir às próximas eleições presidencias.

FA
Another two bite the dust

O Vicente Jorge Silva e o João Miguel Tavares também já não vão à missa este Domingo por causa da eleição do novo Papa. É reconfortante ver tanta gente genuinamente preocupada com o futuro da Igreja.

FA

PS - A quem não sabe do que estou a falar sugiro que leiam o que o Paulo escreveu aqui. Claríssimo (como não podia deixar de ser).
Onde é que vais estar no 25 de Abril?



No 25 não sei mas 24 à noite vou estar na Junta de Freguesia de Carnide para ver o maior show do musicól Português. Carapaus Azeite e Alho. Uma banda Portuguesa pois “concerteza”.

FA
Afinal havia ostras

Parece que o nome "Blasfémias" tinha mesmo razão de ser. Na polémica recente com o Acidental deu para tudo:

Para falar dos fatos às riscas, dos polos Sacoor e outros temas candentes da moda Portuguesa.

Para ver quem bebe mais chá e há quanto tempo o faz.

Para o sarcasmo crú a (des)propósito do estilo de escrita barroco da oposição.

Para manifestações de virgem ofendida enquanto se apoda o adversário de canalha culturalmente deficiente.

Para comparações de ego sitométrico.

Para apelos à serenidade enquanto se degustam queques e copinhos de leite.

O melhor de tudo no entanto foi um post, que o RAF (in)felizmente apagou, em que saía em defesa do CAA com frases do estilo: deixa lá CAA que eles são uns patifes, ou, eles até têm vergonha de fazer uma busca do nome deles no Google. Fazia lembrar o sketch do Gato Fedorento da claque politicamente correcta.

Continuem, que sempre compensa a falta de polémicas decentes. Ah que saudades do Santana e do Público on-line à borla.

FA

quinta-feira, abril 21, 2005

LSDA - Have you been experienced?

Grande post do António sobre a eleição do novo Papa. “Peregrinações a Fátima do Sérgio Souza Pinto e da Jamila Madeira acompanhados por Ana Gomes cantando gregoriano polifónico”. De facto a coisa não está fácil.

FA
TEM UM CERTO AREZINHO...

O Patrick Blese escreve que Ratzinger é um "Homem do Não". Entre os vários exemplos da negatividade de Bento XVI encontramos um inquietante "Não aos novos ares da sexualidade"...

Nem vale a pena perguntar o que são os "ares da sexualidade", sejam lá o que o Patrick quiser, o curioso é serem novos.

DBH

PS. Reparo, ao ler os comentários ao post indicado, que já outro leitor se questionou sobre isso dos "novos ares". Já a leitora Ana Sousa escreve:

"Um bocadito assustador, vejamos:
1. Nazi [Leia a história toda Ana, ele desertou do exército nazi, crime capital]
2.Adepto da palavra Não [Que chato, quase parece os mandamentos, não é?]
3. Anti tudo o que pertence a este século [tipo o Botox?]
4. 77 anos (pode perfeitamente estar a ficar senil) [wrong again, tem 78]
5. Olheiras enormes indicando que não dorme, não dorme tem preocupações, o que preocupa um homem destes? Não falando do olhar parado. [Pois, o Botox resolvia isso, se ele não fosse tão negativo]
6. Poder...muito poder... [O Papa em geral? Este Papa?]
7. bem, sem falar no nome, parece nome de pesticida.[Ah, o grande argumento, sim Senhora!]
Não sei mas este papa assusta-me um bocado. [Pois.]

quarta-feira, abril 20, 2005

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ATENÇÃO!



O NQdI tem para dar 500 kits "Faça você mesmo a sua própria Igreja", acompanhados do livro "Os dogmas de que eu gosto mais e os outros que nem por isso" da autoria de um ateu conhecido e do documentário "Nobody expects the German inquisitor" (DVD ou VHS). Escreva-nos nos próximos 30 segundos e poderá ganhar - também inteiramente grátis! - a lista dos 1.000 melhores lugares-comuns sobre Bento XVI, a.k.a., Joseph Ratzinger.
Não perca esta fantástica oferta!Um exclusivo NQdI!


JV
Cantilena

Se uma Igreja Católica incomoda muita gente,
uma Igreja Católica convicta incomoda muito mais.

FA
O MEU PAPA



O meu Papa senta-se na cadeira do Pescador. É o vigário de Cristo e, entre os títulos que lhe pertencem está o de Servo dos Servos de Deus.

Aos católicos que dizem não gostar do novo Papa, podemos apenas sugerir que sigam o pedido de Bento XVI, e rezem por ele.

E se o meu novo Papa é criticado por todos os que não acreditam na Igreja ou em Deus... Então o Espírito Santo continua em forma.

DBH

PS: Porque a Lusa, e muitos jornais, não coloca a mensagem completa de Bento XVI, aqui está:

Queridos irmãos e irmãs:

Depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram a mim, um simples, humilde trabalhador na vinha do Senhor.

Consola-me o fato de que o Senhor sabe trabalhar e atuar com instrumentos insuficientes e, sobretudo, confio em vossas orações.

Na alegria do Senhor ressuscitado, confiados em sua ajuda permanente, sigamos adiante. O Senhor nos ajudará. Maria, sua santíssima Mãe, está do nosso lado. Obrigado.
A Tenda

Que vozes dentro da Igreja veiculem nos media o seu desagrado pela eleição do Cardeal Ratzinger como Papa é um facto que se aceita com normalidade numa instituição com mais de 1 bilião de membros. Convenhamos que unanimidades num universo destes são autênticos milagres. É por isso com naturalidade que se aceitam os comentários do bispo emérito de Setúbal, do bispo das Forças Armadas e do teólogo Leonardo Boff.

Quanto aos comentadores externos à Igreja, altamente críticos da eleição do novo Papa, confesso que me deixam um pouco perplexo. Já percebemos que não querem vir para dentro da “nossa” tenda. Temos pena já que é um tenda bem catita em que cabe toda a gente. Agora, se é assim, deixem os que estão cá dentro se entenderem livremente e não se metam num debate que não é o seu.

FA

PS – Ainda não percebi porque é que em Português se diz Bento e não Benedito...

terça-feira, abril 19, 2005

CARTA AOS HOMENS



“Desejaria ter, como os primeiros Apóstolos, o dom das línguas; desejaria ter palavras que fossem espadas amorosas de verdade; desejaria ter a potência da arte, a hiperpotência da caridade, a omnipotência do milagre pra que o meu apelo, o meu derradeiro apelo, chegasse a todos os ouvidos, movesse todos os corações. Se bem que Pontífice, hoje quero ser apenas um mendigo. Peço a todos os homens uma única esmola: a de ser escutado. Escutai-me todos de qualquer raça ou país, homens e mulheres, jovens que vos debruçais ansiosos sobre o futuro, velhos já divididos entre sonhos de vida e de morte, quer vos demoreis entre as cinzas de um irrevogável ontem, quer vos deixeis chegar pelas miragens de um impossível amanhã.
(…)
Trago-vos o alegre anúncio de uma segura esperança.
(…)
Quereria poder fixar-vos, um a um, nos olhos, apertar, uma a uma, as vossas mãos, ter-vos, um a um, apoiados sobre o meu peito para que pudésseis sentir o fogo que me devora, o palpitar do meu coração. Mas porque tal milagre não é concedido a uma criatura demasiado humana como sou, peço-vos que me perdoeis se as minhas palavras entrecortadas vos levam apenas um reflexo daquela luz fulgurante que desejaria transumanar-vos.”

Celestino VI, Papa
Servo dos Servos de Deus


Cartas aos homens do Papa Celestino VI
Giovanni Papini
"QUI SIBI NOMEN IMPOSUIT BENEDICTVM XVI"



DBH
ANNUNTIO VOBIS GAUDIUM MAGNUM; HABEMUS PAPAM!



Foi escolhido o Servo dos Servos de Deus.

DBH

segunda-feira, abril 18, 2005

O MIGUEL SOUSA TAVARES É A AGUSTINA DE CORPETE DE CABEDAL, SEI LÁ

Quando me vêm com aquela célebre historieta de que a Margarida Rebelo Pinto é o MEC de saias, costumo responder duas coisas, dependendo da disposição e do calibre intelectual do interlocutor. Qundo a coisa merece pouca atenção, revelo apenas que sou o Alçada Baptista de ceroulas. Quando acho a contraparte capaz de conversão, falo-lhe da Charlie.

O artigo deste fim-de-semana no Expresso já está recortado para a posteridade.

FMS

sexta-feira, abril 15, 2005

PARA QUEM TENHA POUCO QUE FAZER NO FIM-DE-SEMANA



É só carregar no botão.
Uma ideia um tanto ou quanto neurótica, via Descontextos.

JV

quinta-feira, abril 14, 2005

XENÓFOBOS ANÓNIMOS

Olá. Eu sou o Francisco, gosto da Oriana Fallaci e prefiro italianas a iranianas, angelinas a argelinas.

Procuro ajuda.

FMS
Doutores e Engenheiros

Afinal parece que devemos começar a tratar o nosso PM por “Engenheiro Honoris?Causa” atentas as dúvidas que se adensam sobre as suas qualificações académicas. Isto nem sequer é uma teoria da conspiração como deve ser. Qualquer pessoa que analise os factos (muitos deles avançados pelo próprio visado ou em seu nome) pode comprovar que há qualquer coisa que não bate certo. (via Arte da Fuga)

“Ah e tal o PM não pode andar por aí a desmentir todos os rumores que correm sobre ele.” Pois não. Mas isto não é um rumor, são incongruências fácticas que carecem de explicação. A ausência de uma explicação inequívoca para estas incongruências é que dá azo aos rumores.

“E que mal vem ao mundo se a licenciatura do nosso PM tiver saído na farinha Amparo?” Nenhum. O que é chato é não terem dito a verdade quando se impunha. Mau mau é andarem a fazer de conta que este tema é irrelevante. Indefensável é questionarem a motivação de quem legitimamente se interroga sobre esta aparente trapalhada.

E se estivéssemos a falar das qualificações académicas de Santana Lopes?

FA

quarta-feira, abril 13, 2005

NEGROS HÁBITOS
JS Coimbra quer líder da Academia fora da "Jota"

O presidente em exercício da Concelhia de Coimbra da Juventude Socialista, Ricardo Esteves, fez uma exposição à Comissão Nacional de Jurisdição da JS em que defende a expulsão daquela estrutura de Fernando Gonçalves, militante da JS e presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC).

Esteves entende que Gonçalves "cometeu infracções disciplinares" quando, na qualidade de líder da Academia de Coimbra, anunciou que ia levar Esteves a tribunal por este ter levantado a suspeita da utilização de meios da AAC na campanha para a Concelhia da JS, a favor do outro candidato, que viria a vencer a contenda.

Confrontado com esta exposição, Fernando Gonçalves (que é militante da JS por Viseu) remeteu a questão para "os tribunais". "Eles é que vão julgar esse senhor", disse.


IN JN

Sai Tozé, entra, Sérgio, sai Sérgio, entra Jamila, sai Jamila, entra Pedro, mas a JS mantém-se um modelo de coerência institucional e de fidelidade às práticas costumeiras. Uma organização verdadeiramente conservadora.

JV
OUTROS QUE NÃO O DO ANTÓNIO

Os cartoons que se seguem estão no site Political Humor, numa série de homenagem a João Paulo II. Este post é dedicado aos que acham que no risco de um cartoon está inscrita a verdade dura da nossa sociedade. Ou qualquer coisa do género.

DBH











Bibliopatia (série: Um blogue também serve para isto)
Mindlim na sua biblioteca

No seu livro "Uma vida entre livros", o bibliófilo José Mindlin conta a seguinte história (resumida aqui):

"O empresário ensina que a mais importante qualidade de um bibliófilo não é a fortuna, ou a erudição, mas a paciência. Ele relata, para os que duvidarem, a difícil história que viveu com a primeira edição de O guarany, de José de Alencar, de 1857. O livro – que é hoje um dos tesouros de sua biblioteca – foi oferecido a amigos do empresário, nos anos 60, por um grego, que pedia por ele algo como US$ 1.000. Para desespero de Mindlin, que só veio a saber da oferta depois, nenhum dos amigos se interessou. Dez anos depois, a primeira edição da obra apareceu no catálogo de um leilão de raridades na Inglaterra. Ele fez a encomenda a um livreiro londrino, que acabou deixando o livro escapar porque o achou caro demais. Em 1977, Mindlin foi a um leilão de livros raros em Paris e lá soube que O guarany estava disponível. Na viagem de volta, já com seu tesouro no colo, pelo qual pagou muito mais do que o preço original, Mindlin pegou no sono. Ao desembarcar, não se deu conta de que deixara o livro caído no tapete do avião. A Air France o achou, três dias depois, em Buenos Aires. Foi preciso esperar mais alguns dias até o volume chegar, são e salvo, a seu destino definitivo."

Pois eu, humildemente, uso este post para tentar um jovem historiador a ceder-me três míseros livros. Não são incunábulos, nem edições princeps, apenas três livros de bolso italianos, pequenas edições baratas que já saíram do mercado. Por serem baratos, esses livros, não se conseguem encontrar. Nem com amigos em itália a procurar. Não estão nos catálogos da Bardón ou são conhecidos na Maggs. Mas fazem falta.

Serve este post, à laia de súplica, para tentar uma troca razoável com o seu presente propriatário.

DBH
QUAL É A MELHOR VERSÃO À MEIA NOITE?

Monk, Miles ou Art Blakey?

It begins to tell,
'round midnight, midnight.
I do pretty well, till after sundown,
Suppertime I'm feelin' sad;
But it really gets bad,
'round midnight.

Memories always start 'round midnight
Haven't got the heart to stand those memories,
When my heart is still with you,
And ol' midnight knows it, too.
When a quarrel we had needs mending,
Does it mean that our love is ending.
Darlin' I need you, lately I find
You're out of my heart,
And I'm out of my mind



DBH

segunda-feira, abril 11, 2005

É O "É A CULTURA, ESTÚPIDO!", ESTÚPIDOS!

HELENA MATOS é a convidada do próximo É A CULTURA, ESTÚPIDO!, que vai ter lugar no próximo dia 13 de Abril (quarta -feira), às 18.30h, no Jardim de Inverno do Teatro Municipal São Luiz.

HELENA MATOS é a Directora da Revista Atlântico, a propósito da qual falaremos de revistas de ideias e pensamento político em Portugal, numa conversa com a jornalista Anabela Mota Ribeiro.

Ricardo de Araújo Pereira apresenta e, como sempre, faz o stand-up final.

Poderá também ouvir as escolhas dos críticos e jornalistas residentes: José Mário Silva, Pedro Mexia, João Miguel Tavares, Nuno Costa Santos, Daniel Oliveira e Pedro Lomba.

Os encontros É A CULTURA, ESTÚPIDO!, organizados pelas Produções Fictícias, continuarão a realizar-se até Junho de 2005, uma vez por mês, sempre à quarta-feira, pelas 18.30h, no Jardim de Inverno do Teatro Municipal São Luiz.

FMS
POR ISSO É QUE ELA É MÁ

Sampaio diz que não é possível conceber a UE sem a França

FMS

domingo, abril 10, 2005

PARA QUÊ PERDER TEMPO COM METÁFORAS?

"I love the colorful clothes she wears
And the way the sunlight plays upon her hair
"

Good Vibrations, The Beach Boys

FMS
I BEG YOUR PARDON?

Pergunta: Dr. António Borges, o Dr. Marques Mendes cresceu aos seus olhos, durante este Congresso?
Resposta: Não, o Dr. Marques Mendes não precisa de crescer.

JV

sábado, abril 09, 2005

NO TEMPO EM QUE OS ESCRITORES SE VESTIAM ASSIM

E eram, eles próprios, figuras de estilo.





FMS
AGGIORNAMENTO

O Y fala do regresso à ribalta de Jane Fonda (novo filme, nova autobiografia, novo documentário - tudo prontinho a saír), referindo-se-lhe pelo famoso petit nom de "Hanoi Jane". É uma triste injustiça que a actriz fétiche da hippielhada, com a carreira que tem, seja lembrada essencialmente pelo seu activismo pacifóide nos anos retro. Acho que seria merecido um tratamento mais respeitoso, que, pelo menos, lembrasse os feitos mais recentes do seu percurso profissional. Proponho, a partir de agora, a alcunha "Baghdad Jane".

FMS
EXPLIQUEM AÍ

Se Pacheco Pereira não vai ao congresso do PSD por não ter sido eleito delegado ao mesmo e, consequentemente, não ter o direito de falar e votar no que quer que seja - coisa, aliás, de que faz gala -, por que razão achou por bem dizer (por exemplo, na Quadratura do Círculo) que apoiava Marques Mendes? Em que espécie de eficácia se traduz esse apoio? Quantos dos delegados que a esta hora se reunem à volta do arroz de tomate do Manjar do Marquês ponderam o sentido do seu voto ou o teor dos seus discursos com base na declaração solene de Pacheco?

FMS

sexta-feira, abril 08, 2005

O GUARDA BARNABÉ

Uma das coisas que o novo Barnabé tem que é diferente do outro, para além de gente desinteressante a mais, é a maior amplitude ideológica. Coisa aparentemente saudável, menos para o Grande Líder, a quem o bom destino da Revolução confere legitimidade para vergastar na praça pública os recrutas que se desviam da causa por insuficiente endoutrinação. Isto de juntar o rebanho é um trabalho para duros. Talvez agora o Daniel compreenda o Papa.

FMS
Nem só os blogues fazem anos

O “meu” Clube Náutico de Capibaribe fez 104 anos ontem. A prenda da Directoria do clube foi a continuidade do atacante Kuki até 2007. Já bastou ter perdido o Campeonato Pernambucano para o Santa Cruz, não estava nada a apetecer perder o Kuki para o Sport.

Hexa (ainda) é luxo!

FA

PS - Já leram este excelente artigo no Mão Invisível?
DR. STANGELOVE

"Por amor, seria capaz de ajudar alguém a morrer".

Odete Santos, in O Independente, 08.04.2005

FMS

quinta-feira, abril 07, 2005

quarta-feira, abril 06, 2005

Há títulos e títulos

Ao contrário das críticas aqui deixadas pelo o Rodrigo à falta de originalidade na escolha dos títulos das moções aos congressos partidários à direita, acho que há por aí muito título interessante e sugestivo. Senão vejamos a moção que a JP leva ao congresso do CDS com o título "Ah e tal, porque é jovem"! Também gosto do título "2009", só faltou acrescentar "a enésima Odisseia".

FA
Conversa (obviamente fictícia) em vésperas de Congresso

P: Estive a pensar e gostava que fosses subscritor da minha moção.

R: Fico muito honrado mas tenho um problema.

P: Qual é?

R: É que eu não sou militante do partido...

P: Ah. Isso de facto pode ser um problema.

R: Pois.

FA

sábado, abril 02, 2005



JV
Um auspício de vida

17. Com este espírito, caros irmãos e irmãs anciãos, enquanto faço votos de viverdes serenamente os anos que o Senhor estabeleceu para cada um, quero manifestar-vos em toda a sua profundidade os sentimentos que me animam neste derradeiro período da minha vida, depois de mais de vinte anos de ministério na sede de Pedro, e já na imediata expectativa do terceiro milénio. Apesar das limitações devidas à idade, conservo o gosto pela vida. Agradeço ao Senhor. É bonito poder gastar-se até ao fim pela causa do Reino de Deus!

Ao mesmo tempo, sinto uma grande paz quando penso no momento em que o Senhor me chamar: de vida em vida! Por isso, tenho frequentemente nos lábios, sem qualquer sentimento de tristeza, uma oração que o sacerdote recita após a Celebração eucarística: In hora mortis meae voca me, et iube me venire ad te – « na hora da minha morte, chamai-me. E mandai-me ir para Vós ». É a oração da esperança cristã, que não priva em nada de alegria a hora presente, enquanto entrega o futuro à custódia da divina bondade.

18. « Iube me venire ad te! »: este é o anseio mais profundo do coração humano, mesmo em quem não está consciente disto.

Ó Senhor da vida, fazei-nos tomar plena consciência e saborear como um dom, rico de futuras promessas, cada período da nossa vida.

Fazei que acolhamos com amor a Vossa vontade, pondo-nos cada dia nas Vossas mãos misericordiosas.

E quando chegar o momento da « passagem » definitiva, concedei-nos de enfrentá-lo com espírito sereno, sem qualquer nostalgia daquilo que deixarmos. Ao encontrar-Vos, depois de longa procura, reencontraremos todo o valor autêntico experimentado neste mundo juntamente com todos os que nos precederam no sinal da fé e da esperança.

E Vós, Maria, Mãe da humanidade peregrina, rogai por nós « agora e na hora da nossa morte ». Conservai-nos sempre unidos a Jesus, Vosso dilecto Filho e nosso irmão, Senhor da vida e da glória.

Amen.

Vaticano, 1 de Outubro de 1999.

In
Carta aos Anciãos

JV

sexta-feira, abril 01, 2005

O QUE SE ESCREVE V



EXTRA OMNES
Por Carlos HERRERA


LA senectud del silencio se ha echado como un manto sobre un hombre solo. Ese absoluto enrejado del día que deja ver el claroscuro vaticano habla de un ser humano único e incomparable que está sentado a la vera de sí mismo viendo venir su muerte. Juan Pablo asomado a la ventana, asomado al dolor. Y las voces. Dicen que si la crueldad. No es el único anciano que sufre: esas manos de lamento intentando llevarse a la cara la impotencia de la voz apagada son las mismas manos de millones de ellos que andan transitando por crepúsculos con cicatrices. No; no tendría por qué ser más confortable la última llama de Juan Pablo apartado éste de sus aposentos espirituales. Entiendo la fortaleza digna de un hombre que no quiere evitar la fotografía de su martirio y que quiere decirle al mundo que él está donde tiene que estar. La Iglesia no tropezará por unos cuantos días, meses, gobernándose al ralentí: después de dos mil años en los que se sucedieron tantos sobresaltos, la sede de San Pedro podrá aguantar los días y las noches de un Papa que habla con los gestos.

Hay algo en el secreto de su lenta lágrima que me llama a sentirme solidario más allá de la Fe: se adelgaza la vida de un hombre de sangre definitiva y alta mientras se muerden los labios aquellos que le odian y yo mismo, peregrino de las dudas, me acuerdo del «non abbiate paura» con el que nos invitó a no tener miedo aquella lejana mañana de su primera misa de pontificado. Después vino lo que vino: reconciliación con los judíos, acercamiento al Islam, caída irremisible del Muro, críticas a la explotación capitalista y viajes de este a oeste y de norte a sur para engrasar los goznes de un tercer milenio a punto de ser abierto. La misma anchura de espalda que exhibió para acarrear los desafíos de su tiempo es la que muestra ahora para asomarse a un balcón y contener el grito que le ronda por esos meandros del dolor que cubren su vieja geografía de hombre. Puede que Wojtila esté buscando celosías por las que escaparse hacia luces de ceniza definitiva y volver a la infancia de sables y rosas, pero sabe que mientras no arrecie la lluvia última, decisiva, los tormentos que le rondan son una forma de hacerse como todos. «Allá donde el viejo se aquieta y se detiene, nace el viento más frío», escribió el poeta. Quienes quieren, en virtud de una piedad confusa, retirarle al frío silencio de la ausencia, no quieren comprender que el mundo, precisamente ahora, requiere de gargantas donde pueda morderse la amargura toda. Un Papa con un hilo de voz descolorida es una forma más de horizontalizar una Iglesia excesivamente aupada en símbolos de púrpura ajena. «Sólo nos falta la miseria para ser invencibles», escribió Kadaré cuando glosaba las noches descoloridas como cobertores viejos y los días manchados como sábanas usadas: veía venir la muerte al paso lento de los atardeceres que se echan a mano.

El polaco que llegó del marxismo, del que invitó a conocer «el alma verdadera en la crítica a las alienaciones del mercado», está llamado en breve a ser piedra o mármol. Pocos días después de que un abrazo de tierra le abarque el sueño, alguien pronunciará las palabras históricas «Extra Omnes» -que no quede nadie-. El que venga ya sabe lo que le espera: desafíos que van de la secularización o la falta de vocaciones a las diversas doctrinas que elaborar sobre los pasos de gigante que da la ciencia día a día. Si andan finos en la elección, tendrán mucho ganado. Mientras tanto, quedémonos con la horma del coraje que se agazapa tras los ojos abiertos de un hombre vestido de blanco.

JV


O QUE SE ESCREVE IV

¡Juan Pablo II TE QUIERE TODO EL MUNDO!
Unidos en la oración y en la Eucaristia.

JV
O QUE SE ESCREVE III

O PONTÍFICE E A PONTE:

posted by FNV

Admito outras interpretações ( o sacrifício, a reabilitação da velhice, o valor da vida que só a Deus pertence,etc), até porque me falta a fé específica para as interpretar, mas a minha, gostaria que fosse esta: um velho Papa, dedicado à edificação de uma ponte sagrada, diz às gentes reunidas na planície das imagens que a sua tarefa é tão ingente e incompleta, que ainda não pode morrer.

In Mar Salgado
O QUE SE ESCREVE II
Lessons of a Pontiff's Twilight

GEORGE WEIGEL

During the weeks of his illness, all sorts of seemingly pressing questions have been raised: Would the pope ever consider abdication? What would happen if he were to become gravely incapacitated for a long time?

The questions are not without interest. But they miss the more compelling point in this drama. The world is watching a man live out, to the end, one of the convictions that has shaped his life and his impact on history: the conviction that the light of Easter is always preceded by the darkness of Good Friday — not just on the calendar but also in the realm of the spirit.

Contemporary Western culture doesn't have much truck with suffering. We avoid it if possible. We sequester it when it becomes unavoidable: How many of us will die at home? Embracing suffering is a concept alien to us. And yet suffering embraced in obedience to God's will is at the center of Christianity. The Christ whose passion more than a billion and a half Christians commemorate this week is not portrayed in the Gospels as someone to whom suffering just happened — a prophet with the typical prophet's run of bad luck. The Christ of the Gospels reaches out and embraces suffering as his destiny, his vocation — and is vindicated in that self-sacrifice on Easter.

That is what John Paul II, not a stubborn old man but a thoroughly committed Christian disciple, has been doing this past month: bearing witness to the truth that suffering embraced in obedience and love can be redemptive.

A few days ago in Rome, when I asked Nigerian Cardinal Francis Arinze what this phase of the remarkable pontificate of John Paul II meant, the cardinal suggested that the pope, from his hospital bed, was putting some serious questions on the world's agenda: Does suffering mean anything, or is it simply an absurdity? Does the suffering contribute anything to the rest of us? Is there dignity in old age?

In Cardinal Arinze's mind, the example of John Paul II offered an answer to those questions. Yes, suffering can have meaning. Yes, that suffering can teach the rest of us: It reminds us that we cannot control our lives, and it elicits a compassion that ennobles us. Moreover, the cardinal suggested, John Paul II, in his weakness and suffering, was a tremendous encouragement to the elderly, the sick, the disabled and the dying, who find strength and hope in his example.

(...)

As Hanna Suchocka, the former Polish prime minister, described the pope to me recently, "He is living his via crucis," his way of the cross. It's not something the world has watched a pope do for a very long time. We should recognize it for what it is, and be grateful for the example.

In catholiceducation.org
DBH
O QUE SE ESCREVE I



The Blessed Sounds of Silence
Pope John Paul II, teacher.
By Marc A. Thiessen

For the first time in his 26-year pontificate, Pope John Paul II failed to come to his window Easter Monday, unable to deliver even a silent blessing to the crowd in St. Peter's Square. The day before, he did appear with an Easter Sunday address in hand — but when he opened his mouth, he was unable to speak. A tearful crowd watched as he tried repeatedly, in obvious pain, to deliver his prepared blessing, before slumping back into his chair — banging his fist in clear frustration.

But the pilgrims gathered at St. Peter's — and millions more watching across the world — received greater spiritual nourishment from his silent Easter witness than they ever could have from the text of his remarks. They know that, far from burdening on the Church, this time when John Paul is physically weakest may well be the greatest of his papacy.

Here is why: The principal task of the pope is not the effective management of the Church bureaucracy — it is to serve as an effective witness for Christ in the world. John Paul does this more eloquently today, through his silent suffering, than he ever did with words. It does not really matter if he can use his voice intelligibly — or at all. By carrying on, despite his afflictions, he stands as a living rebuke to our utilitarian culture — and a living witness to the value of every life, especially the elderly and infirm.

In National Review On-Line

DBH
Nesta altura não tenhamos medo



Nesta altura não quero ouvir o fórum tsf, não quero ver as peças televisivas há meses preparadas, não quero ouvir os testemunhos apologéticos ou semeados de "mas"...

Nesta altura acompanhamos, pela primeira vez na história, o final da vida de um Papa. Com todo o seu sofrimento, humano como o nosso, o servo dos servos de Deus vive com muita dificuldade. Mas vive. E com a sua vida mostra-nos que a fragilidade física não diminui a dignidade humana.

Nesta altura em que rezo, rezamos. Uma Igreja.

DBH
Navarro: «Il Papa è sempre cosciente»



Ha subito uno shock settico e un collasso cardiocircolatorio ma è cosciente, lucido e sereno. Alle 6 ha concelebrato la Messa»

CITTÀ DEL VATICANO - «Il Papa è sempre consciente e in mattinata ha voluto seguire le 14 stazioni della Via Crucis, come ha sempre fatto ogni venerdì da quanto è sacerdote, e alla lettura di ciascuna si è fatto il segno della croce». La ha affermato il portavoce vaticano Joaquin Navarro Valls alle 12,30 confermando che le condizioni sono «stazionarie ma di notevole gravità». «Il Santo Padre continua a essere lucido e pienamente cosciente della gravità della sue condizioni e poco fa ha chiesto che gli fossero letti brani delle Sacre scritture». La pressione arteriosa del pontefice è instabile, ha conferato Navarro Valls. La sala stampa della Santa Sede rimarrà aperta tutta la notte, ha aggiunto il portavoce vaticano. «Ha deciso lui di non ricoverarsi al gemelli» ha aggiunto Navarro rispondendo alla domanda di un giornalista. Fonti ufficiali del Vaticano aveva già in precedenza smentito che il Papa fosse entrato in coma. La notizia dell'improvvisa perdita di conoscenza del pontefice si era diffusa poco prima delle 10,30.

Poco dopo le 7, il portavoce vaticano Joaquin Navarro Valls aveva letto il bollettino del mattino. «Le condizioni del Papa sono molto gravi. Il Santo Padre, che è assistito da cinque medici e due infermieri, ha subito uno shock settico e un collasso cardiocircolatorio. Comunque è cosciente, lucido e sereno».

(in Corriere)

DBH