quarta-feira, junho 30, 2004



Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

P.S.: Neste dia especial, uma sentida homenagem aos que se enxofram sempre que é cantada (e divulgada) esta canção.

JV

terça-feira, junho 29, 2004

Quem conta um conto...

Já houve imensos casos nas democracias ocidentais em que o primeiro-ministro mudou no decorrer de uma legislatura sem que tivessem sido convocadas eleições antecipadas. Algumas vezes isso aconteceu fruto de mudanças ao nível dos partidos de Governo (mudanças internas nos partidos em coligação, cisões, fusões) outras vezes por causas mais pessoais (demissões, mortes, rotatividade).

Para lá da lógica da luta do poder pelo poder (a única que parece imperar em Portugal - desenganem-se os mais idealistas), os argumentos a pesar são de um lado a legitimidade de um Parlamento eleito pelos cidadãos e do outro a legitimidade de um PM que não foi a votos nas legislativas.

Só isto. E não é pouco.

FA

PS – Obrigado ao Bruno pela achega. Já agora, porque é que nunca fazemos planos para estas eventualidades? Vendiam-se menos jornais é certo mas ao menos poupava-se a paciência aos cidadãos.
Mas que objectivos que nós somos

O JMF reage ao nosso post “Nunca digas nunca” de uma maneira... objectiva.

1º facto – o Governo provisório do Iraque não é eleito. O JMF aponta este facto, faz o paralelo com Saddam Hussein, não se congratula com a tomada de posse do primeiro governo não autoritário no Iraque em mais de 30 anos mas não quer dizer nada com isto. Foi só um facto. Objectivo. A maldade é toda nossa que queremos ver maldade na sua análise tão... objectiva.

2º facto – o JMF não comemora tomadas de posse de governos provisórios não eleitos. Pronto. É lá com ele. Eu, como não conheço governos provisórios que tenham sido eleitos (ou não se chamariam provisórios), celebro mais este passo na construção de um país livre e democrático. Também o celebraram, como ouvi hoje a um repórter da BBC, um punhado de iraquianos nas ruas e, muito mais importante que as fotografias para as televisões, ficaram contentes e esperançados muitos iraquianos em suas casas ansiosos pela melhoria da segurança que lhes devolva finalmente o seu país. Os iraquianos não se podem dar ao luxo de fazer como o JMF e ter uma postura tão... objectiva.

3º facto – não estou nada nervoso.

FA

segunda-feira, junho 28, 2004

Ás, Manilha e Rei

A Esquerda quer eleições antecipadas exactamente pelas mesmas razões que a Direita as não quer. Uma quer o poder que não tem. A outra pretende manter o poder que lhe resta. Estão bem uns para os outros e querer ver virtudes onde não as há é pura ingenuidade do observador.

O que dizer então dos méritos de cada uma das posições?

A Esquerda tem obviamente o trunfo da legitimidade política. Vale o que vale. Na minha opinião vale bastante e pode, como qualquer trunfo que se preze, ser jogado a qualquer altura. Agora, forçando eleições antecipadas. Ou daqui a dois anos se as não houver em clamando pela violação da vontade popular. É óbvio que vale mais agora do daqui a dois anos quando se calhar o baralho já tiver mudado e o trunfo for outro. Por isso é que a Esquerda está desesperada por jogar o seu Ás agora.

É justamente por isso mesmo que a Direita resiste. A Direita tem o trunfo da legitimidade constitucional. Vale poucochinho aos olhos dos media e dos nossos analistas políticos mas (salvo uma revolução ou golpe de Estado) permite exigir que se complete um ciclo, que se respeite uma legislatura, que uma maioria parlamentar tenha o seu governo e faça o seu trabalho. Permite-lhe por exemplo dizer que a convocação de eleições viola os resultados eleitorais de há dois anos e que interrompe um ciclo político antes da sua conclusão desvirtuando as regras do jogo. A Direita vai destrunfar nesta toada até que o Às da Esquerda saia sem causar grandes estragos podendo então prosseguir com o seu próprio jogo.

O PR é o árbitro. Garante último da Constituição e, consequentemente, mais sensível em teoria ao trunfo jurídico da Direita do que ao trunfo político da Esquerda. Mas o Rei é assim mesmo, vale pouco e pode ser levado no meio de uma mão mal jogada pelo parceiro de mesa.

FA
Nunca digas nunca

O inefável JMF afirma hoje a propósito da transição de poderes no Iraque que “para já, não há nada para comemorar” dado que o poder terá sido entregue “a um grupo de iraquianos - tão eleitos quanto o seu antecessor Saddam”.

Para além de ficarmos a saber que para o JMF não há qualquer diferença entre Saddam Hussein (um dos mais violentos ditadores do século XX) e o governo provisório (cujo objectivo é a estabilidade democrática do país), ficamos também a saber que o JMF não só não celebrou a queda do regime sanguinário de Saddam como também não celebra um dos passos mais marcantes no penoso caminho da democratização do Iraque. Tudo bem, cada um celebra o que lhe convém de acordo com a sua agenda política.

Pela minha parte ficarei surpreendido se os iraquianos, aqueles que viveram sob o jugo de Saddam Hussein durante dezenas de anos, não vierem a celebrar esta data num futuro não muito distante assim que o seu país conseguir ultrapassar os problemas de segurança com que se debate. Por seu lado, o JMF, que nunca sofreu com a ditadura de Saddam Hussein, nunca celebrará nada que possa advir da ocupação Americana do Iraque. Ainda que bom. Ainda que democrático. Ainda que represente uma mudança para melhor.

FA
Agora a sério

O Durão Presidente da CE? Santana a PM? Eleições antecipadas, PR ao barulho e remodelação governamental? Então mas e o futebol? O Figo nas primeiras páginas dos jornais. O Ricardo entrevistado na revista do Expresso. Já não se fazem campeonatos da Europa como antigamente é o que é...

FA

domingo, junho 27, 2004

MEDIA POWER

Jantar com uma amiga. Toca o telefone e ela atende:

Do outro lado - "Sabes alguma coisa?"

Resposta pronta - "Achas que se soubesse estaria agora a falar contigo?"

Ah a ingratidão dos média...
DBH
E A NOSSA ESQUERDA NACIONALISTA?



Não escreve uma palavra sobre isto:

O Exército israelita matou o líder das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do movimento laico Fatah, na Cisjordânia. Nayaf Abu Sharkh estava entre os seis activistas palestinianos assassinados durante um ataque das tropas hebraicas em Nablus, naquele que é o terceiro dia de raides israelitas mortíferos na zona (...)

Sharkh tinha sido nomeado há dois meses como chefe da facção cisjordana das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, responsáveis por vários dos atentados mais mortíferos contra cidadãos israelitas nesta segunda Intifada (revolta palestiniana que começou a 28 de Setembro de 2000), muitos dos quais elaborados em cooperação com os movimentos radicais islâmicos Hamas e Jihad.

As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa são formadas de grupos armados autónomos, que recrutam apoiantes entre os membros da Fatah, movimento laico fundado por Yasser Arafat.


(in PÚBLICO)

E ainda:
"The terrorists killed include Jafer el-Massari, the commander of Hamas' military wing (Izzadin El Kassam) and Fadi Bagit, the commander of the Islamic Jihad's El-Quds (Jerusalem) Platoons."
(in JP)
DBH

terça-feira, junho 22, 2004

UM DIA

Há uma quase inexplicável dimensão de optimismo em todo este pessimismo que me assola a existência. Quase. O pessimismo é uma prisão antropológica de que não me consigo libertar. Mas também não quero. Porque, para além do maravilhoso conforto que é não esperar a Perfeição em todas as esquinas, et pour cause, todos os prazeres, por mais pequenos e simples, são motivo para agradecer os dias em que acordamos. Como cantava a menina Sophie Ellis Baxtor, nos tempos de vocalista-indie-pré-cançonetista-pop-armada-em-Madonna, "a pessimist is never disappointed". Há, por assim dizer, uma adesão pragmática à inevitabilidade. Mas há algo mais, algo que não se diz, mas que se sente. James Lasdun, publicado recentemente no TLS, anda lá perto:



"To a Pessimist

It's true, the chances
that good luck won't stop dropping in your lap
are as they are of most things: mostly against;
that whether looked at from this or the far side of fences,
the grass is basically ashes,
and that half-full or -empty, the best laid glass
invariably smashes.

But before you bury
your head in a dune of Zoloft,
remember, speaking of odds, the sheer oddness
of being brought into this sunlit, sublunary
existence's bosom
out of the black, like some ancient ironwood's
improbable blossom.

To be born, to have hollowed
this singular passage, the exact
outline of yourself, through the rock of ages,
argues, does it not, that one might be allowed
if not to aspire
to outright happiness, then at least to resist abject despair?

Your house will fall down, for sure,
followed - who knows? - by the sky itself,
but not today, and probably not tomorrow,
and bear in mind also, that despite the law
that returns must diminish,
the gods, when they act at all, have been known to bless
as well as to punish."


Pois. Um dia a casa vem a baixo. Mas não é hoje. É só um dia.

FMS
GOD SHAVE THE KING



Não tenhamos medo.

FMS
GOD SAVE THE KING



Tenhamos medo. Tenhamos muito medo.

FMS

One way or the other

Cheira-me que sexta-feira vou estar com gripe.

Ou eu vou estar farto de bifes ou os bifes vão estar fartos de tugas.

FA

segunda-feira, junho 21, 2004

E QUEM DISSER QUE NÃO É ROTO

O maradona está para a rapaqueca assim como o Pipi está para a sarapitola. Tratam-se por tu.

FMS
BEM-VINDO

"Laugh at the tears you're crying
Smile while your head explodes
Y'don't have to take this lying down
So blow your nose baby
And just get your fingers clicking
To the rhythm and the rhyme
Otherwise you'll just be kicking around
And that's a crime

How can you talk that way
On such a lovely day?
When sunshine comes your way
It's time to make some hay

I fall for this season every time
When it's hot and everybody smiles
I can't help myself
I'm in love with the summertime
Even when I get hay-fever I find
I may sneeze but I don't really mind
As long as I'm in love with the summertime

Oh stop your belly-aching
We all know what it's like
There ain't a pill I haven't taken I guess
But that's alright baby
'Cause your daddy's car is waiting
To take us to the sea
She feels like celebrating life
And so should we

How can you talk that way
On such a lovely day?
When sunshine comes your way
It's time to make some hay

I fall for this season every time
When it's hot and everybody smiles
I can't help myself
I'm in love with the summertime
Even when I get hay-fever I find
I may sneeze but I don't really mind
As long as I'm in love with the summertime
CLAP YOUR HANDS!"

(Clap clap!)


The Pop Singer's Fear of the Polen Count, The Divine Comedy.


Praia da Barra, Ílhavo.

FMS
"ALJUBARROTAR": EXPRESSÃO QUE A NOSSA LÍNGUA DEVIA ABRAÇAR

Adoro Espanha, o seu povo, as suas cidades e a sua cultura (pronto, lá se vão metade dos leitores deste blog). Mas ando desde ontem com esta na cabeça. Dada a euforia suplementar que o facto da vitória de ontem ter sido sobre a Espanha veio introduzir nos festejos, não seria bem pensado acrescentar aos verbos portugueses o magnífico "aljubarrotar"? Assim, de cada vez que derrotássemos Espanhóis, fosse na bola, no berlinde, no rali das tascas ou numa qualquer guerra fraticida, já tínhamos expressão adequada e específica. Porque são nossos irmãos, os Espanhóis merecem ser tratados de modo diferente, para melhor. Mesmo quando os aljubarrotamos sem dó nem piedade. Fica à consideração de quem de direito.

FMS
ORTODOXIA: Sexta-Feira. Os últimos suspiros da tarde. Um fim de semana de ócio à espera no Algarve suportável. Paragem obrigatória no Arts & Letters Daily para abastecimento. Chego ao destino e espalho as folhas à minha frente: um artigo de Michael Lind na Speccie sobre Churchill, outro sobre Leo Strauss, um de Chris Hitchens sobre Reagan, uma recensão de "Waugh Abroad", a crítica de Fukyuama à biografia que Bruce Caldwell escreveu de Hayek, outra a um livro de Roger Scruton sobre o countryside inglês e, finalmente, a análise de uma obra qualquer chamada "Watching the English: the hidden rules of English behaviour". Não foram más, as escolhas. Mas a minha ortodoxia, às vezes, assusta-me.
FMS
Para compensar a euforia

Nem Aljubarrota, nem Olivença. Nem Iberismo, nem Eurocentrismo. Foi só um jogo de futebol.

Jogámos bem? Sim. Mas... muito porque a Espanha deixou jogar. Eu bem sofri nos quase quarenta minutos que mediaram o golo do Nuno Gomes quando finalmente os Espanhóis acordaram e o final da partida quando os corações Portugueses descansaram. O melhor exemplo para mim de que ainda há muito a fazer é o facto do melhor jogador em campo ter sido o Ricardo Carvalho em vez do Deco, do Figo ou mesmo do Gomes.

Dito isto, adorava ter estado aí para festejar na rua até altas horas! Venha o próximo!

FA
DÚVIDA (CO)EXISTENCIAL



Eu sei que, actualmente, a minha percepção da realidade e das grandes questões anda perigosamente mediada pelo futebol (e a forma como aljubarrotámos ontem os Espanhóis também não ajuda o regresso à normalidade). Mas já agora: quando a Palestina for um Estado independente, poderá participar no Campeonato da Europa? A vizinha Israel pode, não é? E aí, por quem torcerão o Bloco de Esquerda e o PCP? Cederão finalmente à futebolização da política? Ou será a politização do futebol? Fica a angústia.

FMS
OLÉ!



FMS

sexta-feira, junho 18, 2004

NÃO DESISTIR


Pode, de facto, trazer resultados.
Até já.
DBH
Já se sabe

Que o PS ganhou as eleições.
Que Ferro é um erro de casting.
Que Pina Moura acha o mesmo.
Que Pedroso volta às lides.
Que Sócrates está na dúvida.
Que Lamego está na corrida.
Que Costa vai para a Europa.
Que Gomes idem aspas.
Que Vitorino troca as contas.
Que Tozé faz render o peixe.
Que Soares (jr.) avança mesmo.
Que Soares (sr.) acha Ferro um aproveitador.
Que Coelho está mudo e quedo.
Que Alegre defende o líder.
Que Roseta ataca o aparelho.
Que Lello se fecha em copas.
Que Narciso está a pedi-las.

JV
Fair play



O JMF do Terras do Nunca provoca o MacGuffin: “o que está a dar, entre a malta da direita inteligente, é fechar o blogue”. Eu não respondo pelo MacGuffin mas, por mim, não fecho o Quinto por três razões: primeiro porque o blog não é (só) meu; 2º porque somos da direita não inteligente; 3º porque, assim sendo, temos que nos aguentar para assegurar o “level playing field” com os blogs da esquerda.

Agora se me desculpam vou apanhar um leão à Escócia.

FA

quinta-feira, junho 17, 2004

PARABÉNS: O Aviz fez um ano no dia de centenário do Bloomsday. Yes.
FMS
What's on a footballer's mind - 1



FA
Relativismos à parte

Já não fazíamos um link aos nossos amigos relativos há...... há demasiado tempo. Não sei como. Continua a ser uma das minhas visitas obrigatórias. Para perceberem porquê basta ir ver. Tem de tudo: futebol, actualidade, cultura e, como não podia deixar de ser, política. Até têm uma fotografia do Futre no seu estilo inconfundível!

FA

quarta-feira, junho 16, 2004

POIS, O FESTIVAL DA SARDINHA

Diz este senhor:
"Incidentes como os que aconteceram em Albufeira acontecem todos os verões no mediterrâneo e não têm relação directa com o futebol, por isso vamos deixar a polícia portuguesa fazer o seu trabalho" (in Público)
DBH
A BANDEIRADA



- Say, your country looks like it has just been liberated!
(comentário de um amigo dinamarquês ao chegar a Guimarães)
DBH
Obviamente, Sim!

"¿Está usted de acuerdo con dejar sin efecto el mandato popular otorgado mediante elecciones democráticas legítimas al ciudadano Hugo Rafael Chávez Frías, como presidente de la República Bolivariana de Venezuela para el actual período presidencial?"

FA
Quem é quem

É uma história de nada. Tem a sua piada pelo caricato que é protestar contra quem não se conhece e pela conclusão lógica que também não saberiam contra o que é que protestavam.

FA
ABRAMOVICH, EAT THIS!

Estou a sentir-me fortemente assediado.

FMS

segunda-feira, junho 14, 2004

FIM DE SEMANA AZIAGO



FMS
…and Bob’s your uncle

É preciso fazer como dizia o Mike Bassett: jogar em 4-4-f*§#ing 2. Já agora tirem o Couto e o Rui Costa e metam o Carvalho e o Deco. Se o Figo estrebuchar muito tirem-no também.

Já estou mesmo a ver, andámos a gastar uma batelada de dinheiro com uns estádios porreiros, hipotecámos o Rossio e a Rua Augusta como quem brinca ao Monopólio, mandámos vir disto e daquilo como quem tem os bolsos fundos, sonhámos com o império da bola no pé. Tudo para que os Espanhóis, a quem ganhámos a organização do torneio, viessem ganhar o Euro a nossa casa e à nossa custa.

Convenhamos que teria a sua piada.

FA

Post Scriptum - Eleições? Que eleições?

sexta-feira, junho 11, 2004

MENOS UM

Avelino Ferreira Torres condenado a três anos de prisão e perda de mandato

FMS
Dúvida metódica

O Barnabé nasceu hoje! Viva o Barnabé! Como o Daniel Oliveira admite, "foi concebido há exactamente nove meses".

Será que podemos portanto pedir ao barnabé para que apague todos os seus posts colocados até aos 3 meses de "gravidez" em sinal de coerência? Sempre se poupavam uns MBs ao servidor! :)

FA
OH NÃO!...

A Inês é uma blawgger!

FMS
THE WORLD IS FULL OF CRASHING BORES



O calor e o sol fazem-me resvalar perigosamente para os limites do recomendável. Visto cores imprevistas, em combinações inusitadas. Dias há em que pareço um dandy oitocentista. Ainda não cheguei ao ponto do lírio branco na lapela, mas - confesso - gosto do excesso. Do paradoxo visual (e não só). Daquela coisa da "arte pela arte". Recentemente, um amigo mais espirituoso e menos inspirado achou-me parecido com o Roberto Leal. Ainda lhe falei do Wilde, mas em vão. Se, como o velho Oscar tentou provar em The Decay of Lying, é a Vida que imita a Arte; se todos vemos e vivemos a realidade influenciados pelas manifestações artísticas, então não há muito a fazer. A cada um ocorre as que conhece melhor.

FMS
COMUNICADO

Não quero nem devo dramatizar, nem tão pouco fazer do PPM um mártir, mas a verdade é que o PPM também deve fazer parte dos partidos que não cuidam da sua figura. Provavelmente, não mede o ridículo há muito tempo. A sua morte já está prevista.

FMS
EU É MAIS CÃES:

Brigitte Bardot foi condenada por escritos incitadores de violência racista e xenófoba.

Brigitte Bardot é uma conhecida defensora irredutível dos "direitos" dos animais.

Brigitte Bardot confirma uma tradição que vem de longe e uma característica que desconfio há muito ser bem humana: o nosso coração é pequeno demais e não dá para tudo.

FMS
COSTAS LARGAS: Como se esperava, a morte de Reagan serviu de pretexto para o descarregar de velhos preconceitos e para ajustes de contas antigas. Agora, o senhor é até responsável pelo alastrar do HIV. Pelo menos é o que diz a esquerda paranóica e fraudulenta, herdeira da que, à época, gravitando em torno de Foucault e demais arautos do politicamente correcto de São Francisco, ridicularizava os alertas oficiais como puras invenções conspirativas da Administração contra o estilo de vida alternativo da trupe, célebre por pensar a existência nos intervalos de serões homoeróticos e festins sado-masoquistas.
FMS
Adiante

Não querendo esperar por Domingo para comentar resultados eleitorais e com vontade de seguir adiante nos comentários e na vida "bloguística", faço já um link para os resultados eleitorais das eleições locais no Reino Unido.

Ouvi dizer que já se aceitam apostas sobre a continuidade de Blair à frente do Partido Trabalhista.

'coz the times they are a changing!

FA

quarta-feira, junho 09, 2004

Morte em campanha

A vida tem este grande problema, acaba. Perante esta inevitabilidade, face à trágica fragilidade da condição humana, qualquer comentário é supérfluo, superficial até mesmo incoveniente.

A morte de Sousa Franco não escapa à regra. Levanta ainda, para além destas considerações mais emocionais acerca da nossa existência, questões políticas importantes em vésperas de um acto eleitoral também ele importante. A esse respeito importa apenas referir que aquilo que foi a pessoa tem de ser diferenciado daquilo que foi o seu combate político.

O que resta é o decoro e o comedimento que a situação impõe.

FA

terça-feira, junho 08, 2004

A HUMILDADE NÃO PASSOU POR AQUI

O BE pede dois eurodeputados. Dois! Pede a quem? A quem está farto, a quem quer bater em alguém.

Presumindo que o companheiro de lista de Miguel Portas não seja o conhecido padeiro de arquivo, resta saber donde vem tanto entusiasmo, tanto povo, tanta ambição.

O BE começou como uma união de forças políticas marginais com base eleitoral numa federação de indignações.

O sucesso, desde então, é o crescimento, adubado por jornalistas amigos, da única pessoa que traz credibilidade ao estilo noite-da-folha. Não há dúvida que o sucesso é apenas de uma pessoa - Francisco Louçã. O BE é Francisco Louçã, e ele agradece a identificação.

Louçã é o trunfo para as massas. É indignado e moralista (longe da simpatia porreira de Miguel Portas, que os seus apaniguados adoram) mas é sério e honesto. É quase um pequeno salazar troskista, visto que vem moralizar o sistema, doa a quem doer. E disto o povo gosta.

Mas ganhando o volátil apoio das massas pode perder a base inicial de alternativos, anarquistas, etc... Por uma razão: Ambição.

Francisco Louçã é ambicioso com o poder mediático que tem. Não quer ser ministro, quer antes ser importante, incontornável.

Francisco Louçã quer ser cabeça de cartaz em Porto Alegre.
Pode haver quem ache graça, mas haverá quem não lhe perdoe.

DBH





Vida malvada

Acho mal dar a mesma comenda aos Xutos e à Maria de Lurdes Modesto. Sei lá, não se arranjava nada melhorzinho que a Ordem de Mérito? Uma Rua talvez ou então uma Praceta? Um OBE ou KBE?

Enfim, “adeus às praias cheias de gente, e um beijo p’ra quem fica”...

FA
"DEPRESSA, É UMA OPORTUNIDADE ÚNICA NA VIDA!"



Pois. Preciso de paciência. Ou de acertar as minhas prioridades. Ou pôr o Eric Clapton a gritar para o sol:

Oh baby, won’t you give me one more chance?
Won’t you give me one more chance?

Well, the sun won’t shine and it refuse to rain,
And I bang my heard, but I feel no pain.
Then I tell myself that I could start anew,
But I know darn well it all depends on you.


DBH

segunda-feira, junho 07, 2004

sábado, junho 05, 2004

MAIS ALGUNS "ELOGIOS"...NA LINGUAGEM DO PS!

Ora aí vão mais uns "elogios" feitos ontem pelo PS e publicados hoje no Público:

"Tinha de acontecer. A velha história da manta de João de Deus Pinheiro chegou à campanha do PS. Os socialistas bem andaram a dizer que não entrariam em insultos pessoais - só em "respostas políticas". (...) Cândido Teixeira, dirigente da UGT e da Tendência Sindical Socialista (TSS), ontem um dos oradores num almoço de campanha com sindicalistas na Moita (margem sul de Lisboa).(...) Ontem, na Moita, no meio de um discurso a atirar para o errático (para não dizer completamente delirante), o sindicalista Cândido Teixeira decidiu recordar a história. Fê-lo dizendo que o conselho de administração da TAP "já tinha dado ordens" para "substituir tudo o que eram mantas por cobertores electrónicos". Acontece que o sindicalista não se ficou pela piada da manta. Disparou também, para grande divertimento do auditório, contra Celeste Cardona, ministra da Justiça, e contra João Almeida, o jovem dirigente e deputado do CDS-PP(...)De Celeste Cardona, recordou o seu passado como funcionária administrativa da Lisnave, no pós 25 de Abril. Nessa altura - contou - a actual ministra chegou a "embrulhar-se numa bandeira da Rússia e a dizer 'esta é a minha bandeira'". (...) O mesmo já tinha acontecido com uma referência ao "jovem João [Almeida]", sob a forma de apelo: "Não o deixem ir de fraldas para a política, ao jovem João."

Mas isto, é claro, são elogios...


MBF

ONDE PÁRA O HOUAISS?



"Gosto particularmente de ler dicionários. A minha última paixão, em matéria de dicionários, chama-se Houaiss. Esperei por ele uns bons seis anos. Sempre que ia a uma bienal do livro, no Rio de Janeiro ou em São Paulo, perguntava pelo Houaiss. "Sai para o ano", respondiam-me imperturbáveis os responsáveis pelo projecto, e, para manterem aceso o meu interesse, agitavam factos e números: mais de 228 mil verbetes, extensos grupos de sinónimos e antónimos, levantamentos de homónimos, parónimos, colectivos, informações de gramática e uso, bem como da origem de cada palavra; é o primeiro dicionário a registar a data em que a palavra entrou na língua, etc. e tal.

Finalmente, há alguns meses, o embaixador do Brasil em Berlim, Roberto Abdenur, ofereceu-me um exemplar (três quilos e seiscentos gramas em papel bíblia!), e pude assim confirmar a justeza da publicidade. Mais recentemente pedi a uma amiga que me enviasse, de São Paulo, a versão electrónica do Houaiss. Não me desiludiu.

Conheci o António Houaiss há muitos anos, numa ocasião em que veio a Lisboa defender o Acordo Ortográfico. Fiquei imediatamente seduzido pelo esplendor do seu português, o rigor, a riqueza, o entusiasmo com que aquele frágil velhinho carioca, filho de imigrantes libaneses, falava a nossa língua. Ouvir o António Houaiss discursar era uma alegria para a alma. Lembro-me de Natália Correia (a falta que ela faz a Portugal!), aos gritos, numa das salas da Assembleia da República:

"Ajoelhem-se! Ajoelhem-se diante da erudição deste homem! Aprendam como se fala a nossa língua!"


[José Eduardo Agualusa]


Mais uma água tónica?
DBH

sexta-feira, junho 04, 2004

AS FORÇAS DO CAPITALISMO: José Eduardo Agualusa lamentou, no Fórum TSF de hoje, a estagnação do modelo da Feira do Livro de Lisboa e respectivos sucedâneos que por aí nascem. Gostava de um evento renovado, assente em estruturas duradouras, que apelasse às outras áreas culturais, promovendo concertos, declamações, projecções e demais festividades para o miolo. O escritor tem razão, mas um sítio desses já existe. Foi criado por trotskistas e é fruto do capitalismo. Chama-se FNAC.
FMS
DIZ-ME QUE DICIONÁRIO USAS, DIR-TE-EI QUEM ÉS



DBH
LIVRO DE VISITAS


Ontem tive visitas. Uma delas olhava à volta, sem mostrar o que lhe passava pela cabeça. Disse muito menos do que tudo o que pensava. Sobre abat-jours invertidos, por exemplo. Foi pena, talvez da próxima vez.

Lembrei-me de uma frase:
"O facto é que a poesia não são os livros na biblioteca (...) é o encontro do leitor com o livro"
(Borges, 1977)

DBH
UMA DUVIDA

Dizer que Sousa Franco perdeu a cabeça e que ao PS falta vergonha na cara tambem sao insultos que realçam deficiencias fisicas?

JV
(num computador sem acentos)
GANHAR? O PS NÃO MERECE

No decorrer desta campanha eleitoral, o PS elegeu o CDS-PP como alvo. Percebe-se : quer dividir a coligação governamental. Sousa Franco prestou-se ao serviço : independente, como diz ser, não ameaça a família socialista e desempenha o papel que ninguém com dois dedos de testa se proporia levar por diante. É lá com ele !

Mas, o PS tem-se fartado de falar no Grupo político onde o CDS-PP está integrado no Parlamento Europeu. Falam dele com tanta regularidade, quanto com falta de rigor e má-fé. Para mal dos pecados de Sousa Franco, está escrito, em vários documentos do CDS-PP, que o seu posicionamento ideológico começa onde acaba a esquerda e termina onde começa a extrema-direita. De resto, a sua já rica História de 30 anos fala por si. É, ainda assim, democraticamente triste ver Sousa Franco prestar-se a tão desprezível papel. E não venha dizer que foi a coligação quem começou com os ataques pessoais. Recordo, para dar apenas um exemplo, aquilo que Sousa Franco disse há já cerca de um mês sobre a lista da coligação. Para o efeito, não vá o Diabo tecê-las, socorro-me do «Correio da Manhã» de 10 de Maio e cito ipsis verbis: «O cabeça de lista do PS para as europeias acusou ontem a coligação PSD/CDS-PP de querer eleger pessoas apenas para ocuparem lugares. "Não sei se para jogarem golfe ou se para irem para a praia", criticou Sousa Franco …». Mas, isto, claro, não é insulto nem ataque pessoal. Na linguagem do PS, há-de ser um elogio. O pobre do João Almeida, esse, é que teve de pedir desculpa a todos os carecas portugueses – foi esta a única alusão a uma deficiência física que teve a infelicidade de pronunciar. Não posso usar o velho aforismo português do «não lembra ao …», não porque tenha medo de levar nas orelhas, mas porque, de facto, só a ele lembra! Adiante…

O PS ataca, mas tem-se esquecido deliberadamente de referir que, no Grupo político onde está integrado o CDS-PP, está também o partido que governa a Irlanda e que preside agora, neste preciso momento, à União Europeia. Na lógica socialista, a União Europeia é então presidida pela extrema-direita. Os disparates ficam com quem os diz, com quem os faz.

Ora, a Irlanda é só o país, o Estado Membro da União Europeia, que todos consideram como o grande exemplo a seguir – à semelhança do que na Era A.S.F. (Antes de Sousa Franco ou, o que significa o mesmo, Antes dos Socialistas Fugitivos) aconteceu com Portugal. Nós também fomos um exemplo a seguir… nessa Era. Mas, se a Irlanda é um exemplo, é-o porque, para além de ter seguido políticas correctas e adequadas ao país, soube precaver-se no tempo das vacas gordas criando uma almofada financeira, ao ponto de lhe permitir viver sem sobressaltos em tempos de maiores dificuldades. Ou seja, exactamente o contrário do que sucedeu em Portugal, quando o governo foi socialista. Hoje, a Irlanda apresenta-se como contribuinte líquido da União Europeia e é o segundo Estado Membro em termos de riqueza nacional per capita.

Por isso eu sei por que é que o PS se esquece deliberadamente da Irlanda. Mas, também sei que nunca a Irlanda teve um Primeiro-Ministro socialista, nunca os socialistas governaram a Irlanda. É bom que os portugueses saibam disto e que daí retirem a devida ilação: a sorte da Irlanda é que nunca foi governada por socialistas. É uma conclusão forçada? Pode ser, mas é um facto. E contra factos… Estando justamente no Grupo político onde também está o partido que governa a Irlanda, o CDS-PP foi também o único partido português que, ainda antes de ser governo e a convite do partido do governo irlandês, enviou àquele país altos e qualificados quadros políticos e técnicos para estudarem o sucesso irlandês, que já nessa altura era patente. Para rematar e só para que os portugueses também saibam, no Parlamento Europeu os socialistas irlandeses só têm um deputado! Repito, para evitar quaisquer dúvidas e esquecimentos deliberados : no Parlamento Europeu, o PSE só tem um deputado irlandês.

Eis as verdadeiras razões por que o PS se esquece deliberadamente de dizer que o CDS-PP está no Grupo daqueles que governam a Irlanda e insiste em falar do Senhor Fini que – digam-no também – está no governo em Itália, é Vice-Primeiro-Ministro de Itália e foi membro respeitado, à esquerda e à direita, da Convenção para o futuro da Europa. Os verdadeiros fascistas – que ainda os há em Itália – esses estão, como o PS muito bem sabe, contra o partido do Senhor Fini. A neta de Mussolini, por exemplo, concorre directamente contra ele.

Seguramente num laivo de ingenuidade, pus ainda a hipótese de saber se seria por ignorância que o PS se estaria a esquecer do caso irlandês. Achei, no entanto, esquisito, desconhecerem o mais antigo e sólido aliado do CDS (depois de se tornar PP) no Parlamento Europeu e conhecerem outras delegações nacionais do Grupo político onde está integrado o CDS-PP. Concluí, então, que só por má-fé é que o PS podia estar a acusar o CDS-PP. Até porque, o Senhor Le Pen – esse, para o PS, insigne democrata –, não está no Grupo do CDS-PP. Como também não está neste Grupo, o Senhor Haider – para os mais incautos, aquele que governou em coligação um país, a Áustria, que Portugal, num momento de rara arrogância e de inopinada ingerência, quis expulsar da União Europeia, quando exerceu a Presidência. Estava o PS no governo! O mesmo Senhor Haider que, ironia das ironias, está hoje coligado com os socialistas austríacos na Caríntia. Pois é, … que maçada!

Como se vê, o raciocínio do PS para além de injusto, é falacioso. E se digo que é revelador da má-fé com que o PS encarou, desde o início, estas eleições europeias, é porque qualquer outro adjectivo que possa usar para qualificar semelhante ataque ao CDS-PP, correrá o risco de ser imediatamente apelidado de insulto. Portanto, fico-me pela demonstrada má-fé.

E pronto. Quanto à questão do Grupo onde o CDS-PP se insere no Parlamento Europeu, estamos conversados. Já agora, e apenas a talhe de foice, o CDS-PP também não foi expulso do PPE por causa de qualquer anti-europeísmo. Um dia, pode ser que me apeteça escrever sobre isso…

Eis a simples verdade dos factos que o PS, indecente e indecorosamente, teima em não querer reconhecer, preferindo contribuir para a confusão política e para o tal pântano de que António Guterres bem falava – e conhecia! - e que o levou a fugir da liderança do PS e a abandonar a governação do país. É por causa desse pântano, que continua a ser irresponsavelmente alimentado pelo PS, que os portugueses estão como estão e vivem como vivem. Se outras razões não existissem, esta chegaria para que o PS não merecesse ganhar.

MBF

quinta-feira, junho 03, 2004

Feira do Livro

Toca a comprar este livro que, para além de ser do irmão de uma amiga minha, é boa literatura de Verão.

FA
BREVE ESCLARECIMENTO

Escrevo aqui No Quinto e, ultimamente, também no Acidental. O Quinto é a minha casa, minha e do FMS, do FA, do MBF e do JV. o Acidental é a casa do Paulo Pinto Mascarenhas, que faz o favor de me aturar de vez em quando.

Assim, querida Charlotte, pode continuar a ser moderna e conservadora ao mesmo tempo.

DBH
BREAKING NEWS



Resigned
DBH
A QUERER FAZER CARREIRINHAS



Os insultos da campanha têm sido muito comentados nos blogs.

Mas um dos fenómenos mais interessantes da blogosfera é a facilidade com que se ataca figuras públicas. Presumo que, quem o faz, são muitas vezes os que gostavam de ser convidados para jantar ou beber um café com as mesmas figuras que atacam.

Dizer que o Pacheco Pereira é desonesto é fácil. Num blog. Não porque seja difícil encontrar o Abrupto, nas múltiplas conferências em que participa, mas porque cara a cara a verve insolente baixa à garagem.

Aqui No Quinto já insultámos, nomeadamente as gravatas de Ferro Rodrigues, pelo que há uma ano atrás establecemos uma regra interna: Só escrevemos o que diríamos na cara. Do Ferro ou do Daniel Oliveira.

Mas há pior. Há os que suam ódios, que transformam os saudáveis "pet hates" em perversões. Tentam esconder, mas vê-se o rabo de fora. Tentam disfarçar mas não enganam.

"Quanta tara, quanto vício
Quanto enfarte do miocárdio
Quanto medo, quanto pranto
Quanta paixão, quanto luto!... "
(VM)

São os que gostavam de ser surfistas mas, em vez de terem carreiras, continuam a fazer carreirinhas.
DBH

quarta-feira, junho 02, 2004

UM LIBERAL TARDIO

Por vezes, é onde menos esperamos que encontramos o conforto de quem pensa como nós:

"As maravilhas da engenharia social também dão nisto. Criar um mundo melhor e mais justo não é torná-lo mais simétrico".

Celso Martins, in Barnabé
UNIÃO FASCISTA EUROPEIA II


(um fascista e um socialista traidor)

Segundo o PS, o CDS é um partido de extrema-direita porque está no mesmo grupo europeu que os "pós-fascistas" italianos.

Resta lembrar que no mesmo grupo, UEN, está o partido do primeiro ministro da Irlanda. Que é o actual presidente da União Europeia. A Europa é de extrema-direita?

DBH
UNIÃO FASCISTA EUROPEIA



O CDS faz parte do grupo UEN, onde estão os deputados europeus "pós-fascistas". Logo é um partido de extrema direita.

O PS faz parte do grupo PSE, onde estão os socialistas austríacos que se coligaram, numa região, com o partido de Haider. Logo são Nazis?

DBH
SOUSA FRANCO-ATIRADOR


" antigo ministro das Finanças ficou ofendido com a observação do líder da Juventude Popular, João Almeida, acerca da sua deficiência física."


Sousa Franco continua ofendido. Tem todo o direito. As explicações ou pedidos de desculpa não apagam o que foi dito.

Repito, o que foi dito.

Mas Sousa Franco não tem o direito de inventar ou confundir as pessoas. A não ser que considere a "careca e óculos esquisitos" como deficiência física.

Mas, nesse caso, o número de pessoas com deficiência não deve ser apenas 633.000.

Além do mais, quem dera às 633.000 pessoas com deficiência que os seus problemas, integração e habilitação fossem tão simples como ser careca. Ou tão simples de resolver como mudar de óculos.

O tentar misturar situações graves, que todos conhecem e não nos passa pela cabeça comentar, e o que foi, de facto, dito é pura instrumentalização política.

Não. O problema sério é que o PS já percebeu que radicalizou uma questão menor e agora, como sempre, ensaia uma fuga prá frente. E atirar o barro à parede, a ver se pega.
DBH
CENAS DA VIDA (QUASE) CONJUGAL

Querido, este Rogério Alves é o Portas do Direito!

FMS
OFENDIZADO


Sousa Franco sentiu-se insultado. E nós acreditamos em Sousa Franco, porque ele é um homem honrado.

Sousa Franco foi descrito como um Senhor careca de óculos esquisitos. E nós sabemos que, apesar de não haver outra forma de descrever Sousa Franco num discurso, isto foi excessivo.

Sousa Franco foi descrito como perseguido por dois cobradores do fraque. E isto não ofendeu Sousa Franco.

Sousa Franco pretendeu um pacto para acabar com os insultos na campanha. E foi aceite por Deus Pinheiro. Sousa Franco disse que nunca responderia aos insultos. E nós acreditámos em Sousa Franco, porque ele é um homem honrado.

Sousa Franco sentiu-se ofendido. Três dias e um pedido de desculpas depois. Mas ele é um homem honrado, por isso deve ser verdade.

Sousa Franco, o do Pacto, o que não responderia, chamou ao CDS de racista, xenófobo e no caminho para o fascismo.

Um, dois, três insultos. Vindos do partido que chama palermas à coligação, que escreve manifestos anti-portas, que quer extirpar o tumor, que se caga para o segredo de justiça. 3 insultos 3, um dia depois de pedir um Pacto, no dia em que soube da explicação de João Almeida.

Quem é que está nervoso? Sousa Franco é um homem honrado, mas o Partido que o acolhe (nestas eleições) pretendeu que ele fosse uma vítima. Já que não tem imagem simpática, teria que ser coitado. E Sousa Franco, que é um homem honrado, caiu no estratagema: foi ofendizado.

DBH

Escola da vida

Hoje aprendi que ser careca e usar óculos são traços específicos de uma raça humana.

Fiquei a saber também que sou de extrema-direita.

Estamos sempre a apender. Obrigado pelos ensinamentos Prof. Sousa Franco.

FA

terça-feira, junho 01, 2004

O FANTASMA DA BLOGOSFERA



Não é prova cabal, mas é, ainda assim, indício suficientemente forte para acreditar que o João Miranda não é só mito urbano e que, inclusivamente, terá mesmo existência física.

FMS